domingo, março 06, 2005

A nossa habitual xenofobia.

"O antigo inspector-geral do Trabalho, Inácio Mota da Silva, disse ontem que o Governo português não tem apostado na fiscalização e na punição dos empresários que contratam imigrantes ilegais, permitindo assim que o mercado informal continue a chamar trabalhadores estrangeiros irregulares. "A imigração ilegal não acaba enquanto houver uma economia informal" em Portugal, afirmou.Para o antigo inspector-geral do Trabalho, a legislação, por mais restritiva que seja à entrada de imigrantes, não consegue, por si, evitar os fluxos migratórios, uma vez que na maior parte das vezes estes obedecem a factores transnacionais, como as redes de traficantes de mão-de-obra, que estão fora do controlo dos países receptores.

"Os caminhos estreitos abertos pelos governos para a entrada de imigrantes estão vazios. Os imigrantes preferem vir pelas auto-estradas clandestinas" construídas pelas "empresas de subcontratação", ávidas de mão-de-obra barata, afirmou Mota da Silva. E acrescentou: "Estas empresas, pequenas empresas, fornecem depois os grandes mafiosos portugueses. Sim, porque nós também temos mafiosos. Não temos que ter medo do nome. Alguns até são bem vistos pela opinião pública, porque o poder económico permite-lhes passar uma boa imagem", lamentou. Mota da Silva estima que existam em Portugal entre 70 mil e 100 mil imigrantes ilegais, a maioria dos quais estão empregados, acabando por provocar o desemprego dos trabalhadores com a sua situação regularizada
."

Público

1/ Se são essas empresas que financiam os partidos como podem combatê-las?

2/ Se esses imigrantes ilegais e as essas empresas não pagam impostos, nem contribuem para a segurança social, como pode ser afirmado que contribuem para o desenvolvimento do país?

3/ Se esses imigrantes ilegais tiram emprego aos outros imigrantes com a situação regularizada, como pode ser afirmado que é necessário virem mais?

4/ Porque se fala agora tanto em regularizar-se a situação dos imigrantes ilegais que cá estão? Para serem substituídos por mais ilegais e poderem receber o subsídio de desemprego?

Claro que as nossas afirmações são um mero exercício xenófobo que será prontamente atacado pelos habituais defensores de imigrantes “accionistas” de pequenas empresas.

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