Expresso do Texas 3.
Falta de meios na PSP
João Dias
Sindic. Ferroviário da Revisão
Porque há insegurança na linha?
Devido à ineficácia do modelo de policiamento e à falta de meios da PSP em termos humanos e materiais. No final de 2003 propusemos à CP um policiamento fixo nas estações mais perigosas, entre Benfica e Amadora. Afinal, acabaram com os polícias gratificados que ficavam em permanência nas estações e contrataram seguranças privados, mas esses elementos nem sequer podem dar ordem de detenção, não têm qualquer tipo de arma e a sua actuação é muito limitada. Só podem comunicar e alertar a polícia.
Qual a solução?
Colocar mais polícias a patrulhar a linha e as estações e dar- -lhes meios de comunicação eficazes. Também é preciso o Governo devolver a autoridade à polícia. Os agentes estão conscientes de que, se tiverem uma atitude mais pró-activa e atingirem algum suspeito, ainda se arriscam a ser penalizados, com processos internos, suspensões e cortes nos salários. Por isso, os próprios polícias acabam por se retrair em certas situações.
A videovigilância é eficaz?
Empresa investiu na videovigilância nas estações e a bordo dos comboios. Mas isso não impede os assaltos. Há ladrões que nem se preocupam em ser filmados, porque andam de gorros tão enfiados na cabeça que quase só se vê os olhos. Assim não se consegue identificá-los.
Os revisores também são vítimas?
Todas as semanas há escaramuças com revisores. Mensalmente registam-se dois ou três casos de agressão. No final de 2004, um colega foi esfaqueado numa mão, na Reboleira, quando interveio para tentar impedir um roubo a uma pessoa dentro do comboio.
Registam-se muitas ocorrências?
Roubos de telemóveis, malas e carteiras são quase diários. E, se calhar, só se sabe uma ínfima parte, porque as pessoas já acham que não vale a pena apresentar queixa.
Quais as horas de maior perigo?
À noite nota-se que os passageiros viajam com o credo na boca. Os passageiros até se afastam quando deparam com situações de risco. Vão muito sossegadinhos e a rezar para que ninguém se meta com eles.
João Dias
Sindic. Ferroviário da Revisão
Porque há insegurança na linha?
Devido à ineficácia do modelo de policiamento e à falta de meios da PSP em termos humanos e materiais. No final de 2003 propusemos à CP um policiamento fixo nas estações mais perigosas, entre Benfica e Amadora. Afinal, acabaram com os polícias gratificados que ficavam em permanência nas estações e contrataram seguranças privados, mas esses elementos nem sequer podem dar ordem de detenção, não têm qualquer tipo de arma e a sua actuação é muito limitada. Só podem comunicar e alertar a polícia.
Qual a solução?
Colocar mais polícias a patrulhar a linha e as estações e dar- -lhes meios de comunicação eficazes. Também é preciso o Governo devolver a autoridade à polícia. Os agentes estão conscientes de que, se tiverem uma atitude mais pró-activa e atingirem algum suspeito, ainda se arriscam a ser penalizados, com processos internos, suspensões e cortes nos salários. Por isso, os próprios polícias acabam por se retrair em certas situações.
A videovigilância é eficaz?
Empresa investiu na videovigilância nas estações e a bordo dos comboios. Mas isso não impede os assaltos. Há ladrões que nem se preocupam em ser filmados, porque andam de gorros tão enfiados na cabeça que quase só se vê os olhos. Assim não se consegue identificá-los.
Os revisores também são vítimas?
Todas as semanas há escaramuças com revisores. Mensalmente registam-se dois ou três casos de agressão. No final de 2004, um colega foi esfaqueado numa mão, na Reboleira, quando interveio para tentar impedir um roubo a uma pessoa dentro do comboio.
Registam-se muitas ocorrências?
Roubos de telemóveis, malas e carteiras são quase diários. E, se calhar, só se sabe uma ínfima parte, porque as pessoas já acham que não vale a pena apresentar queixa.
Quais as horas de maior perigo?
À noite nota-se que os passageiros viajam com o credo na boca. Os passageiros até se afastam quando deparam com situações de risco. Vão muito sossegadinhos e a rezar para que ninguém se meta com eles.
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