terça-feira, maio 31, 2005

A amnésia, o ridículo ou a vergonha na cara

Texto que pode ser adaptado a pequena peça ou guião, sendo as personagens as habituais, ou sejam:

Os humanos que fazem de camelos e ursos, que se limitam a observar; os humanos que dirigem este sítio sofrendo de doença avançada da memória mais ou menos recente,( não provando o erro de Descartes), conforme a conveniência; mas sem que se encontrem lesões no cérebro, mesmo usando as tecnologias mais avançadas, incluindo a tomografia por emissão de positrões, RMN e outras que o povinho tanto gosta de fazer, principalmente se for ao corpo todo e de graça e toda a legião de humanos que normalmente, só faz encolher os ombros e dizer«Ehec», enquanto o subsidiozinho não falhar, e os babecos e as hienas, a rosnarem, a babar e a rir, - ( com certeza já viram o riso mais cínico da espécie animal... ) -, à espera que as coisas acalmem, como é hábito, para que anunciem as grandes obras públicas, de grande monta, como foram os casos do CCB, a Expo e os estádios do Euro, sendo a ordem irrelevante.

Hoje, o tempo acordou quente e húmido, com nuvens pesadas no horizonte; - deve vir aí grande trovoada, diz o meu avô toupeira-; mas trabalhando, também se pensa e observa.

E que observei hoje?

Um facto surpreendente e que com certeza, deve ter irritado e admirado alguns humanos deste sítio, um pouco mais atentos, facto que presumi pelos gestos, imprecações e pelo tipo de linguajar, que me esquivo de comentar, por achar impróprio, por ser feito de pragas, a que só faltou a praga do cigano ao guarda republicano, que ele (guarda), não entendeu logo;- (...que tenhas morte de grilo...)-; e que os humanos que moram perto de mim usaram, quase temendo pela saúde de um deles, tal a quantidade de adjectivos usados.

De que se tratou então?

Nada mais, nada menos, que o uso de uma expressão proibida pelo politicamente correcto há 31 anos, mais dia menos dia, ou seja, o apelo ao patriotismo, ainda por cima devido a uma causa, de zero ponto qualquer coisa, que ninguém neste sítio sabe de facto, se é, ou se não é, ou lá o que quer que seja. Por muito menos, qualquer bom cristão, novo ou velho, diria logo para não invocar o nome Deus em vão, e apontaria a fogueira do inferno se fosse em outra época.

Patriotismo? O que é? Perguntei ao meu avô.

Meu querido neto, é o amor de um conjunto das pessoas que se associaram entre si por afecto e vontade, numa nação, quer esteja ou não organizada num estado independente.

Então e estes humanos dirigentes têm moral para invocar tal pedido? Não ouvi a resposta do meu avô. pois começou uma tal tempestade, com chuva, raios e coriscos que tivemos que nos situar num local seguro da toca...

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