quarta-feira, maio 25, 2005

Ensino.

"A introdução da nota mínima nas provas de ingresso ao Ensino Superior poderá impedir a entrada de dez mil estudantes nas universidades e politécnicos do sector público e privado. Quase metade dos alunos que atingem o 12.º ano não o conseguem concluir à primeira. De acordo com as estatísticas da Educação do Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo, relativas a 2001/02, apenas 37 668 dos 71 778 alunos que frequentaram os cursos gerais do 12.º ano conseguiram concluí-lo. Ou seja, 34 110 alunos desistiram ou não conseguiram terminar o secundário com aproveitamento. No ensino recorrente, a percentagem de conclusões é bastante diminuta: apenas 16,6 por cento dos 76 111 estudantes matriculados chegaram ao fim com aproveitamento.
Nos outros anos do secundário, a percentagem de retenções e desistências é inferior: 20 por cento no 11.º (12 004 não passaram de ano, num universo de 60 107 matriculados) e 35,3 por cento no 10.º (dos 79 099 estudantes apenas 27 882 não avançaram). Dos 12 637 estudantes que o conseguiram, 1567 tinham mais de 30 anos de idade. De acordo com as estatísticas do Ministério da Educação, em 2002 ficaram retidos ou desistiram 42 413 alunos no 1.º ciclo (10,8 por cento do total), 41 061 no 2.º (15,5 por cento) e 70 114 no 3.º ciclo (19 por cento). Os números não espantam Emília Bigotte, docente e dirigente da Confederação Nacional das Associações de Pais,
pois “reflectem que o ensino não anda bem, sendo necessário que as escolas reflictam e decidam auto-avaliar-se
”.

No nosso tempo estudava-se. Mudam-se os tempos, mundam-se as vontades. Há que continuar a distribuir diplomas a ignorantes para que eles possam governar o país melhor.

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