Uma proposta de toupeira

Nós as toupeiras, pertencemos à Ordem dos insectívoros e à Família dos Talpidae. Temos costumes subterrâneos, mas há elementos da nossa família que vivem também na água. Fomos perseguidos devido à nossa pelagem curta e espessa, semelhante a veludo, e ainda somos, essencialmente por alguns donos de relvados e pelos predadores naturais, ultimamente, no meu caso, por um anónimo de um Blog sobre saúde sa, ou coisa parecida, com certeza por razão que a razão desconhece.

Como animais subterrâneos, contactamos com muitos seres e temos conhecimento de coisas que nem alguns humanos sonham, tal a nossa vida secreta, atendendo, como já disse, a sermos uma classe em vias de extinção.

Olhando para o sítio dos humanos onde vivo, noto que continuam a ser manipulados, pelo poder instalado, seja este poder, o eleito pela multidão de indigentes condicionados, que são a grande maioria da população, seja pelos cachorros adestrados da comunicação social, do politicamente correcto, que comem à mão dos donos, que normalmente, são os babecos e as hienas, que se alimentam do estado cada vez mais putrefacto, ou inexistente.

Tenho acompanhado a estória da manipulação dos factos sobre o assalto de Carcavelos, tornando de facto, os criminosos de delito comum, em vítimas da burguesia e dos seus instrumentos repressivos, embora neste caso, os delinquentes, usem roupas de marca que nem os filhos dos burgueses as podem comprar, tal a crise, e por pouco, não foram condecorados porque o plafond de medalhas deste ano, se esgotou.

Assisti também, a um espectáculo bem montado, onde transbordava a hipocrisia, quando da morte de dois humanos deste sítio, um general e outro político profissional, importantes pela destruição irreversível que causaram ao aparelho produtivo, que funcionava, com crescimentos nunca mais igualados. Um deles, até teve direito a luto nacional, o que já não me admira atendendo à personagem que o decretou. "Típico de terceiro mundo"- disse-me uma toupeira descendente de outras vindas da América Latina.

Pergunto-me, porque razão, os conservadores e o povo profundo, estão a fazer mudar os sentidos de votação em determinados sítios, quando os querem por exemplo obrigar a aceitar os casamentos de homossexuais e coisas do género. Em França o resultado do referendo foi devido ao medo do fim dos estado social ou exactamente o contrário? Lá, como cá, também há manipulação. Porque será, que se começa a discutir novamente valores, tradição, família e religião, levando mais tarde ou mais cedo, a enterrar os chamados partidos da esquerda, baseada, segundo o meu avô toupeira, no marxismo leninismo, coisa em desuso, até porque a chamada classe operária foi deslocalizada, e cá já não existe, e se existe, será em vitrines de exposição em museu de antropologia social ou no museu do edifício vitória.

Portanto, é proibido discutir religião, e chama-se ao empresário mais activo, materialista e explorador. O interessante, é que estes humanos, que falam de economia, são na minha óptica ou estúpidos ou então, pior, gente sem escrúpulos, porque ao aumentarem os impostos desta forma, destruíram a hipótese, de colocar o país e a economia no caminho certo. Muitos são apoiados pelos empresários, que de vez em quando dizem que se vão embora,infelizmente não cumprindo a promessa, porque mamam da grande teta do estado terceiro mundista e dão de mamar aos políticos seus criados.

A solução segundo o pai do neoconservadorismo, Irving Kristol, -(nunca pensei dizer isto)-, é baixar os impostos, e para começo de conversa 10% - cito JCE.

Cairia o Carmo e a Trindade? Claro que não, mas é preciso ter testículos do tamanho da cabeça pensadora, usando linguagem de brejo, e sobretudo, as costas quentes e bem guardadas.

Finalmente, ver-se-iam livres dos Coelhos, Belezas, Constâncios, Cavacos, Louçãs e tantos outros que seriam necessários em países africanos ou da américa do sul, onde seriam acolhidos de braços abertos, mas com escolta armada e os humanos deste sítio, teriam um período de prosperidade que só alguns merecem.

É esta a proposta, escolham o caminho...