domingo, julho 10, 2005

Terrorismo e democracia 1.

Depois do cobarde ataque de 11 de março, o debate centra-se na procura de formas eficazes de combate a este novo tipo de agressão terrorista. Uma das conclusões tiradas é que, a América, ao apoiar certos regimes árabes, financeira e economicamente, através da diplomacia e do envio de armas, impede que eles se curvem aos islamistas de Bin Laden. Mas esse apoio é um do factores que facilita a capacidade de recrutamento dos movimentos extremistas.

Como solução encontrada, os americanos estão a levar a cabo um conjunto de iniciativas que visam democratizar e refazer o mundo islâmico totalitário, no intuito de acabar com os problemas políticos e sociais. Nesse conjunto de iniciativas, a questão israelo – palestiniana deve ser, solucionada com a maior brevidade possível. Apesar de não ser a causa principal da existência da Al-Qaeda, sendo uma das causas do grande sentimento de revolta árabe, é também uma das suas principais justificações que encontra grande aceitação no mundo árabe e parte do ocidental.

Sendo esse e a retirada das tropas americanas dos locais sagrados do Islão apresentados como os dois grandes objectivos da Al-Qaeda e seu motivo de existência, a verdade é que a organização tem que eliminar as “potências do mal” por serem as únicas capazes de travar a sua política ambiciosa de islamização. Essa justificação mais não é do que uma excelente campanha de propaganda que a organização sabe ser bem sucedida junto da opinião pública muçulmana.

Diria tão excelente que até parte da opinião pública ocidental a aceite sem questionar.

Mas essa opinião publica muçulmana que aplaudiu o 11 de setembro defronta-se com as acções terroristas que, ao verificarem-se nos seus próprios países, assassinam mais muçulmanos que ímpios e infiéis. Nestas condições, existe o risco de divórcio entre a esfera de influência islamita radical e a sua base.

Tendo em conta que com a destruição do centro de operações da organização, localizado nas montanhas do Afeganistão, deixou de haver comunicação livre com as bases dispersas, o poder da Al-Qaeda viu-se mais reduzido. Assim, os atentados passaram a ser feitos por células autónomas, compostas por um cérebro que recebeu treino no Afeganistão ou na Tchetchénia e terroristas prontos a passar aos actos.

No ocidente, a primeira vaga islamista chegou trazida pelos xiitas do Irão. Com o fracasso do Khomeinismo, surge uma nova vaga, esta sunita. A inactividade governamental, ao não controlar as fronteiras, permitiu a entrada aos magotes de imigrantes e a sua posterior instalação de qualquer maneira, concentrados em “guettos” aonde a polícia não entra e impossibilitando assim a sua integração na sociedade ocidental. Imigração essa que não se integrou e facilitou a reislamização no ocidente, juntamente com enormes ajudas financeiras.

Como a movimentação se tornou mais difícil devido à vigilância das autoridades, esses terroristas são recrutados nas mesquitas europeias, aproveitando a miséria dos “não integrados”. Muitos deles, ao serem usados pelos líderes, praticam os atentados sem o saberem. Com efeito, pensando estar a transportar uma mochila inocente que o “chefe” mandou entregar algures mas que, na verdade, contém explosivos prontos a serem detonados à distância, alegremente cumprem o seu dever final.

Mas até essa mão–de–obra escasseia, pelo que são obrigado a recorrer aos “convertidos”, compostos por simplórios ocidentais “puros” simplórios convertidos ao islamismo. Para essas células funcionarem, basta estar imbuído no espírito assassino da doutrina, seguindo as mensagens codificadas para agir, enviadas através de cassetes áudio ou vídeo e entrevistas nas TVs muçulmanas (Como o Sousa Tavares é tão inocente ). O que é facto é que, com as fraquezas da democracia, cada ataque facilmente atinge os seus objectivos, espalhando o terror e o medo e arruinando as economias ocidentais.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como eu dizia num post anterior esta execução não foi a excepção e deve ser a regra das tropas invasoras dum país que se diz campeão das liberdades e da justiça, com estes actos mostram que são tão carniceiroa e assassinos como aqueles que supostamente foram libertar. Libertar de quê?? Devem libertar os Iraquianos é da sua presença.Os invasores trouxeram segurança, nao, trouxeram liberdade,não.

O governo dos eua proibiu as imagens da execução do resistente ferido de serem passadas em territorio americano para esconder a barbarie que as tropas invasoras estão a cometer no Iraque. Mas o resto do mundo viu como são "libertados" os prisioneiros. Servios estão a ser julgados em Haia pelo TPI pelo mesmo motivo, de que é que está à espera o TPI para ir buscar: bush,blair,aznar, barroso, etc. .

JMM

segunda-feira, novembro 22, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Fico espantado com comentários , como o do sr. JMM.Defende que os terroristas iraquianos ou árabes sejam tratados logo , com um cafézinho e pão de ló?Deixe-se disso , guerra é guerra e bandidos não são só os EUA , mas também esses árabes que matam inocentes , degolam lentamente reféns frente às tv.Tanta peninha desses fanáticos , cobardes , que se refugiam dentro das mesquitas para atirar.

Carlos

segunda-feira, novembro 22, 2004  
Anonymous Anónimo said...

O repórter do CNN deve ser suspendido. Estes Muçulmano Extremistas são os mesmos que mataram a directora de "CARE" ontem...Margaret Hassan...e essas imagens...hum? Teresa

segunda-feira, novembro 22, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Sr. JMM, como é que o governo americano proibiu alguma coisa, se foi um fotógrafo da cadeia de televisão americana NBC quem documentou o facto, exibido num noticiário nacional desta cadeia e, logo, repetido e repetido por TODAS as cadeias nacionais de televisão?

Pedro

segunda-feira, novembro 22, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Os marines mataram quatrom mas deviam ter morto os cinco. Só erraram numa coisa, em enviar as tropas para Falluja, deviam era ter arrasado a cidade à base de mísseis. Temo que um dia a mentalidade islâmica domine o mundo e aí, então, quero ouvir a opinião de quem critica Blair e Bush.kill´em all

segunda-feira, novembro 22, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Pois é, mas a diferença está que os invasores ao fuzilarem prisioneiros de guerra estão a tornar-se iguais àqueles que era suposto serem os maus-da-fita. Então onde está a diferença entre uns e outros? Sempre aprendi que os invasores são sempre os maus. Onde queria que eles se refugiassem? Que viessem de peito aberto com a desigualdade de meios existente? Deixe-se disso, veja a realidade.

JMM

segunda-feira, novembro 22, 2004  
Anonymous Anónimo said...

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quarta-feira, fevereiro 21, 2007  

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