Verdades
Sobre o livrinho "Imigração – os mitos e os factos" que anda a ser distribuído pelo país, não resistimos a comentar algumas passagens:
1/ "Os imigrantes trazem-nos doenças?
Vários estudos... evidenciaram que os imigrantes revelam à chegada, em média, melhores indicadores de saúde do que a população residente".
Justificação: Dado o processo muito exigente de selecção natural que decorre durante o ciclo migratório, em que os mais fracos ficam pelo caminho, os imigrantes que conseguem vencer todas as barreiras e chegam aos seus países de acolhimento, são os mais saudáveis e com maior resistência física e psíquica. Se a situação à chegada desmente este preconceito de que os imigrantes, por regra, trazem doenças com eles, regista-se por outro lado, que a vida dos imigrantes, já no país de acolhimento, tem elevados riscos para a sua saúde... um estudo recente, realizado por investigadores (Hospital Egas Moniz) portugueses, evidenciou que 40% dos imigrante estudados, infectados com HIV, foram-no em Portugal. Ou seja, chegaram saudáveis e aqui foram infectados com o vírus da SIDA.
Ora sendo eles vítimas de exclusão social, apanharam a SIDA com outros imigrantes porque sendo os portugueses racistas, não há contactos. Certo? De qualquer forma, se ó 40% adoece cá, os restantes 60% chegam doentes.
Mais: como se pode afirmar que entram saudáveis se não há rastreio deles? Não esquecer que a Africa é o continente mais atingido pela SIDA bem como a Europa de Leste.
2/ "Quando se olha as taxas brutas de criminalidade e se analisa o grupo de nacionais e o grupo de estrangeiros verifica-se que para os primeiros esta é de 7% e no segundo 11%. Aparentemente, os números confirmam esta ligação. Nas, veremos, trata-se de mais um erro de análise. Se a comparação for feita correctamente não há diferença na taxa de criminalidade entre nacionais e estrangeiros... No caso dos nacionais, o universo de referência, sobre o qual se faz a percentagem para obter a taxa bruta de criminalidade, é o todos os cidadãos nacionais, ou seja, dos 0 aos 100 anos, com proporção equilibrada no género e de todas as classes sociais e níveis académicos. Já o universo de referência dos estrangeiros é maioritariamente masculino, em idade activa e de nível socio-económico médio-baixo. À partida, são universos não comparáveis, pois o dos nacionais inclui um peso muito significativo da faixa 0/16 anos (inimputável) e acima dos 60 anos (aonde praticamente já não há criminalidade), faixas que quase não existem no universo dos estrangeiros. Desta diferença dos universos de referência, resulta, naturalmente um resultado errado."
Tem toda a razão. A maioria dos crimes é praticada por filhos de imigrantes menores e não contam para as taxas. Também não é verdade que acima dos 60 anos não há criminalidade. A maioria dos crimes passionais e não são poucos, ocorre nessa faixa etária.
3/ "As maiorias taxas de desemprego estão em países com baixas percentagens de imigrantes e os países com maiores percentagens de imigrantes, têm taxas de desemprego relativamente baixas (Canadá, Austrália, USA, Suiça). "
Este argumento é um fartote. Toda a gente sabe como é difícil entrar no Canadá, Austrália e nos USA. Por exemplo, na Austrália, para ter emprego, o imigrante necessita do "Tax File Number" para ser contratado. Os empregadores sabem que correm riscos de serem presos e processados por sonegação fiscal e protecção a imigrante ilegal. Este vai viver o tempo todo escondido, sem poder ter carro, sem direitos legais, sem poder recorrer a polícia, sem poder alugar imóvel, sem ganhar dinheiro algum, e sem poder progredir na vida. Acresce que a deportação pode levar meses ou mesmo anos, dependendo dos factores e burocracia envolvidos.
Ficamos por aqui.
1/ "Os imigrantes trazem-nos doenças?
Vários estudos... evidenciaram que os imigrantes revelam à chegada, em média, melhores indicadores de saúde do que a população residente".
Justificação: Dado o processo muito exigente de selecção natural que decorre durante o ciclo migratório, em que os mais fracos ficam pelo caminho, os imigrantes que conseguem vencer todas as barreiras e chegam aos seus países de acolhimento, são os mais saudáveis e com maior resistência física e psíquica. Se a situação à chegada desmente este preconceito de que os imigrantes, por regra, trazem doenças com eles, regista-se por outro lado, que a vida dos imigrantes, já no país de acolhimento, tem elevados riscos para a sua saúde... um estudo recente, realizado por investigadores (Hospital Egas Moniz) portugueses, evidenciou que 40% dos imigrante estudados, infectados com HIV, foram-no em Portugal. Ou seja, chegaram saudáveis e aqui foram infectados com o vírus da SIDA.
Ora sendo eles vítimas de exclusão social, apanharam a SIDA com outros imigrantes porque sendo os portugueses racistas, não há contactos. Certo? De qualquer forma, se ó 40% adoece cá, os restantes 60% chegam doentes.
Mais: como se pode afirmar que entram saudáveis se não há rastreio deles? Não esquecer que a Africa é o continente mais atingido pela SIDA bem como a Europa de Leste.
2/ "Quando se olha as taxas brutas de criminalidade e se analisa o grupo de nacionais e o grupo de estrangeiros verifica-se que para os primeiros esta é de 7% e no segundo 11%. Aparentemente, os números confirmam esta ligação. Nas, veremos, trata-se de mais um erro de análise. Se a comparação for feita correctamente não há diferença na taxa de criminalidade entre nacionais e estrangeiros... No caso dos nacionais, o universo de referência, sobre o qual se faz a percentagem para obter a taxa bruta de criminalidade, é o todos os cidadãos nacionais, ou seja, dos 0 aos 100 anos, com proporção equilibrada no género e de todas as classes sociais e níveis académicos. Já o universo de referência dos estrangeiros é maioritariamente masculino, em idade activa e de nível socio-económico médio-baixo. À partida, são universos não comparáveis, pois o dos nacionais inclui um peso muito significativo da faixa 0/16 anos (inimputável) e acima dos 60 anos (aonde praticamente já não há criminalidade), faixas que quase não existem no universo dos estrangeiros. Desta diferença dos universos de referência, resulta, naturalmente um resultado errado."
Tem toda a razão. A maioria dos crimes é praticada por filhos de imigrantes menores e não contam para as taxas. Também não é verdade que acima dos 60 anos não há criminalidade. A maioria dos crimes passionais e não são poucos, ocorre nessa faixa etária.
3/ "As maiorias taxas de desemprego estão em países com baixas percentagens de imigrantes e os países com maiores percentagens de imigrantes, têm taxas de desemprego relativamente baixas (Canadá, Austrália, USA, Suiça). "
Este argumento é um fartote. Toda a gente sabe como é difícil entrar no Canadá, Austrália e nos USA. Por exemplo, na Austrália, para ter emprego, o imigrante necessita do "Tax File Number" para ser contratado. Os empregadores sabem que correm riscos de serem presos e processados por sonegação fiscal e protecção a imigrante ilegal. Este vai viver o tempo todo escondido, sem poder ter carro, sem direitos legais, sem poder recorrer a polícia, sem poder alugar imóvel, sem ganhar dinheiro algum, e sem poder progredir na vida. Acresce que a deportação pode levar meses ou mesmo anos, dependendo dos factores e burocracia envolvidos.
Ficamos por aqui.
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