quarta-feira, agosto 24, 2005

Comentário.

"Façam previsões, que eles superam-nas a noite do meio foi toda dos Pixies, responsáveis pela maior enchente de sempre em Paredes de Coura. Apesar da (obes)idade - o parêntesis serve sobretudo para Frank Black, mas perde sentido se o assunto são as canções -, a banda norte-americana apresentou-se em pico de forma, levando ao delírio 25 mil pessoas.

Apoiada sobre a enorme barriga de Black, a guitarra parecia um cavaquinho, coisa mínima, com aquela mão sapuda sempre a chegar-lhe como se estivesse a deitar açúcar nas farturas. Gordas, naturalmente, estavam também as linhas de baixo, motores de muitas memórias."

Um pouco antes, havia-se declarado aberta a temporada de caça aos tímpanos, com o débito de decibéis verdadeiramente assassino que marcou, pela negativa, o concerto dos Queens of the Stone Age. Aí, valha a verdade, mais foi menos, até porque àquela potência não se pode ter um equivalente em qualidade. Tirando isto, a banda destilou o seu rock selvagem e perigoso, mostrando com que armas fez o género dar um salto em frente, quando já muitos o viam sem outro horizonte que não o belíssimo pântano de depressão criado pela genialidade ímpar dos Radiohead, para o qual ainda hoje se fartam de saltar projectos
."

DN

Envie-se um filósofo habituado a desfiles de modelos para comentar um festival de música Rock e o resultado não poderia ser melhor. Do concerto propriamente dito pouco ou nada se fica a saber, mas adquire-se um prontuário que até Edite Estrela desconhece.

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