terça-feira, setembro 27, 2005

Promessas de um governo falhado...

"A primeira maioria absoluta do partido socialista, foi conseguida á custa de um conjunto de promessas, que mesmo antes das eleições, já se sabiam ser impossíveis de concretizar. Nada que anteriormente não tivesse acontecido, mas este governo fez questão de mostrar que era diferente, antes, durante e depois das eleições.

Prometeu que não aumentaria os impostos. Reconhecendo que Portugal possui o quadro fiscal mais oneroso para os contribuintes singulares da União Europeia, que as empresas pagam impostos sobre uma burocracia, a quem apenas ao Estado podem ser pedidas responsabilidades, associado á demora da justiça na análise de processos de concursos públicos, tudo somado apenas reflecte o elevado índice de desinvestimento que se verifica na economia. O governo aumentou o IVA de 19 % para 21 %, recuperando apenas 0,2 % do défice e colocando em causa a única variável que alimentava a economia o consumo privado. Ao mesmo tempo subiu a ponderação do ISP, aumentando ainda mais o preço dos combustíveis, tudo para que a obra-prima das scuts possa continuar a ser financiada, agora também por que não usa.

Prometeu que seriam precisos mais estudos na segurança social. Desmentiu em pleno debate Pedro Santana Lopes. Não só não apresentou qualquer estudo, como mexeu e mal na questão das pensões. Continua a ser possível acumular pensões e vencimentos em cargos públicos, quando a falência da segurança social aconselharia sacrifícios também para os detentores de cargos públicos que acumulam. E no fundo as medidas que tomou apenas agravaram o número de contribuintes que preferiram estar reformados do que estar a trabalhar mais 10 anos. Faltou-lhe coragem e inteligência, mas ao mesmo tempo vê o valor pago a título de rendimentos de inserção e fundo de desemprego subir acima dos 10,00 %. É o estado social em pleno, só que assente num sistema de protecção social completamente falido.

Prometeu um choque tecnológico. Prometeu uma solução para á Galp. Prometeu 150.000 empregos. A única coisa que cumpriu foi a tradição socialista em lançar obras públicas sem estar provada a rentabilidade económica das mesmas. Não abriu mão da OTA e do TGV, porque serão estes que garantirão os 150.000 empregos em construção civil e afins, e o choque tecnológico não passou ainda do papel. Da Galp, o problema que na verdade foram os socialistas que criaram através da pena de Pina Moura, apenas é assente que serão os espanhóis a ditar o negócio.

Prometeu que não realizaria receitas extraordinárias, porque as mesmas revelam uma má gestão orçamental e não resolvem o problema de fundo. Ao decidir privatizar mais 5,00 % da EDP, e realizar um encaixe de 430 Milhões de euros até ao final do ano, o governo deixou cair a última promessa que lhe era devida, pois isto não é mais do que uma receita extraordinária, e que apenas revela que afinal a solução é uma artificial consolidação á custa daquilo que tanto criticou...as receitas extraordinárias
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Publicado por António Duarte na Grande Loja

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