O ZERO NAVAL com a Bênção Governamental
Após a apresentação do Orçamento de Estado para 2006 e dos anunciados cortes/adiamentos nos programas de reequipamento das Forças Armadas portugueses, apesar da aprovação recente da Lei de Programação Militar em sede da Assembleia da república, correm os mais variados rumores, que transpareceram das palavras do Chefe de Estado Maior da Armada proferidas recentemente por ocasião da Abertura do Ano Operacional da Marinha.
Muitos dos programas centrais e que poderão materializar a espinha dorsal da Armada portuguesa para os próximos anos parecem estar em perigo de adiamento sine die, ou mesmo cancelamento.
Depois de tudo isto, resta perguntar:
Para que temos um orçamento para a Defesa?
Citação:
Por isso a Marinha continua a aguardar, com serenidade, que seja tomada a decisão que permita concretizar a substituição das fragatas da classe “Cte. João Belo”, através da única solução possível, a da aceitação de uma oferta irrecusável, não só pelas condições, mas por ser irrepetível.
A Marinha terá dificuldades em entender outra solução. Até porque a História de Portugal não a merece, a Geografia não a aconselha e a globalização do terrorismo não a permite.
Tudo o que o bom senso aconselha: 3 ou mesmo 5 fragatas não chegam!
Nem a História de 1.000 anos de uma Nação, nem a dimensão dos mares nacionais, nem as novas ameaças multipolares permitem que o Governo se contente em ir prometendo uns rebuçados eternamente adiados.
Ou temos FA's ou não as temos:
Caro é termos um orçamento para umas FA's que na prática não servem para fazer frente à sua missão primordial. E nesse caso, temos as FA's mais caras da NATO e possivelmente do hemisfério ocidental.
Teremos que confiar a defesa territorial a Espanha e à NATO.
É a abdicação de Portugal no que respeita a um dos pilares maiores da sua soberania, que é a Instituição Militar, e dos meios que a tornem operacional. Se se confirmarem os rumores entretanto vindos a lume, o MDN mente com todos os poucos dentes que tem na boca:
Em entrevistas públicas recentes, referiu Luís Amado que não iria comprometer ou cancelar nenhum dos programas em curso na Marinha, respeitando os programas em curso lançados no tempo do seu antecessor no Ministério.
Nomeadamente:
NavPol, NPO's, e lanchas de fiscalização costeira OHP e submarinos
Se cancelar é péssimo.
Se adiar é mau na mesma.
Se Portugal pode chegar até ao final da década com apenas 3 fragatas, já é péssimo, sabendo nós que nessa altura as 3 fragatas terão 18 anos.
E se nada se fizer, chegaremos ao final da outra década com ZERO fragatas.
Conclusão:
Portugal terá inscrita na sua história a passagem de um Governo que assinou a certidão de óbito da sua Marinha e possivelmente das FA's no seu todo.
Tudo isto é triste demais para ser verdade.
Mas infelizmente vivemos tempos em que nos Conselhos de Ministros semanais provavelmente haverão autênticos brain-storming de como lixar a população ou as instituições o Estado.
O Governo não é o Estado.
O Estado e a Nação e a sua defesa não são uma coutada governamental.
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