Escutas telefónicas.
"O procurador-geral da República, Souto Moura, deu orientações à directora do DCIAP, Cândida Almeida, para retirar do processo Portucale escutas telefónicas que não tenham directamente a ver com a investigação. Em causa, neste processo, no qual são arguidos os ex-dirigentes do CDS Luís Nobre Guedes e Abel Pinheiro, estão alegadas práticas de tráfico de influências na aprovação de um empreendimento turístico do Grupo Espírito Santo, em Benavente.
Em resposta a um pedido de esclarecimento do DN, o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República confirmou que esta semana Souto Moura e Cândida Almeida tiveram uma reunião. No entanto, a PGR rejeita que a mesma tivesse sido "motivada pela notícia do Expresso", do último sábado, que revelava a existência de escutas telefónicas no processo."
DN
Há notícias que nos custa a acreditar. Esta é uma delas. Da sua leitura mais parece resultar uma preparação da opinião pública para a sua extinção.
Afirma-se que o “arguido terá sido confrontado com um extenso rol de escutas telefónicas, algumas das quais sem relevância directa para o objecto do processo. Será? O que é um facto é que as escutas têm-se revelado más para a saúde de muita gente bem posicionada.
O problema não está nas escutas telefónicas mas sim na violação do segredo de justiça. Mas como a solução (mais fácil) encontrada para combater a violação do segredo de justiça é acabar com ele, o novo funcionamento da justiça promete.
Já agora: é preciso não esquecer que as escutas telefónicas têm sido essenciais para a descoberta de certos crimes e que um Estado de Direito exige que a criminalidade seja punida.
1 Comments:
Mas quem é que acredita que existe o tal "segredo de justiça" quando os casos são sérios..??!! Afinal a Fátima Felgueiras não fugiu a tempo para o Brasil por causa de um amigo que é juiz ter telefonado a avisá-la da prisão iminente? Isso foi bem divulgado. Até hoje não aconteceu nada ao Juiz!! E ainda vamos acreditar em coisas dessas? Já não há pachorra. Fechem as faculdades de direito..
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