O candidato das homilias e o poeta do desagravo
Depois da chuva abençoada um frio de rachar, espero que as intermitências se mantenham, mas não aquelas de que fala um muito celebrado escritor que quanto a mim é celebrado demais e sem motivo, mas como a opinião pode ser motivo de excomunhão o melhor será não adiantar muito à conversa, porque há vacas que se tornaram sagradas sem canonização prévia, com as razões que assistem à inteligentsia que tinha na gaveta o que se viu.
Ouvi um humano aqui perto da toca falar de Pátria e a propósito da Pátria, comentava o que dela diziam, os candidatos que querem ser, dizem eles, chefes supremos do sítio.
Este humano dizia que a Pátria não se discute.
O das homilias dizia que não gostava da palavra Pátria, não se sabe se pelo conteúdo, se apenas pela palavra lhe não soar bem, se por ser moda.
O outro dizia que Salazar tinha denegrido a palavra, decerto porque a venerava, o que não era aceitável para ele e para outros poetas que tinham outras coisas decerto mais importantes para venerar e para respeitar.
Serve, neste caso esta citação: “ A classe, o partido, ou o próprio interessado, ocupam intencionalmente toda a cena, instalando a diferenciação e a divisão no plano de todas as inquietações gerais, e procurando fazer esquecer a Pátria, que é a mais sólida componente do consenso cívico. Isto só acontece em sociedades que tendem a ser mais dependentes de poderes externos do que internos, politicamente exógenas, e não se verifica em nenhum modelo político em expansão. É um revelador de que a interdependência, que é hoje a condição de todos os Estados, tende a ser substituída pela simples dependência que é a condição dos satélites de todos os sinais ideológicos.”
…” A pátria não tem processo de inocência. Reflecte todos os actos dos seus filhos.”…
“Tudo lhe pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de amor que tem para nos receber.” Adriano Moreira In “ O novíssimo príncipe” 1976.
Estas palavras servem para reflectir, porque estão actuais, por muito que custe a muitos, porque nos sítios onde é respeitado o conteúdo, seriam decerto apelidados de um nome que me escuso de escrever.
Ouvi um humano aqui perto da toca falar de Pátria e a propósito da Pátria, comentava o que dela diziam, os candidatos que querem ser, dizem eles, chefes supremos do sítio.
Este humano dizia que a Pátria não se discute.
O das homilias dizia que não gostava da palavra Pátria, não se sabe se pelo conteúdo, se apenas pela palavra lhe não soar bem, se por ser moda.
O outro dizia que Salazar tinha denegrido a palavra, decerto porque a venerava, o que não era aceitável para ele e para outros poetas que tinham outras coisas decerto mais importantes para venerar e para respeitar.
Serve, neste caso esta citação: “ A classe, o partido, ou o próprio interessado, ocupam intencionalmente toda a cena, instalando a diferenciação e a divisão no plano de todas as inquietações gerais, e procurando fazer esquecer a Pátria, que é a mais sólida componente do consenso cívico. Isto só acontece em sociedades que tendem a ser mais dependentes de poderes externos do que internos, politicamente exógenas, e não se verifica em nenhum modelo político em expansão. É um revelador de que a interdependência, que é hoje a condição de todos os Estados, tende a ser substituída pela simples dependência que é a condição dos satélites de todos os sinais ideológicos.”
…” A pátria não tem processo de inocência. Reflecte todos os actos dos seus filhos.”…
“Tudo lhe pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de amor que tem para nos receber.” Adriano Moreira In “ O novíssimo príncipe” 1976.
Estas palavras servem para reflectir, porque estão actuais, por muito que custe a muitos, porque nos sítios onde é respeitado o conteúdo, seriam decerto apelidados de um nome que me escuso de escrever.
5 Comments:
Soares devia estar quieto e viver os louros alcançados, apesar de também ter culpas no modelo de descolonização, não houve planeamento, orientação e controle, integração multi-ética e formação de quadros. Sofreram os colonizados e os colonizadores. O seu filho na Jamba ía morrendo (falava-se em diamantes da UNITA), a Fundação com que fundos foi feita?
extraordinário que rapidamente se apelide uma pessoa de atrasada mental pelo simples facto de usar o direito, e até a obrigação, de se revoltar contra o responsável pela mais tenebrosa página de toda a nossa história. A própria Associação a que pertence se apressou em diagnosticar-lhe o cobarde chavão de Stress traumático, em vez de o defender com unhas e dentes daquela figura.
Este antigo combatente, de facto, só disse o que a grande maioria da população portuguesa sente. E não será que ele, seguindo os doutos ensinamentos do Soares, se limitou a exercer o seu "direito à indignação"?
O programa do MFA (lembram-se?) era bem claro quando dizia que o futuro dos territórios ultramarinos teria de ser objecto de consulta popular. Sabe-se o que se passou! O Dr. Soares e outros e ainda um punhado de militares traidores são responsáveis por essa vigarice. O adjectivo empregue pelo Sr. Augusto Silva está bem empregue!
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