domingo, janeiro 22, 2006

O apelo da toca

A geada e frio continuam e a pouca chuva faz lembrar o ano passado de má memória.
Os humanos das cidades pensam que um dia de chuva já chega, porque muitos deles oriundos da província e do campo, perderam o contacto com a terra e com o seu cheiro, depois da chuva.
Perderam a liberdade de pensar em sossego.
Perderam o sentir da sua alma, sentir que a têm, ao contrário dos que fazem crer que ela não existe, decerto para imporem a sua forma de pensar, ou para relançar cada vez com mais violência, o caos nos pensamentos, ou na falta deles, para que possam através das invenções das democracias, dividir os referidos humanos em grupos, e tranformá-los em rebanhos que empunham bandeiras sem significado, ou em que o significado das mesmas deixou de existir e conseguem que se guerreiem entre si, quando disso sentem necessidade.
Esta é a essência do pensamento daqueles que têm destruído as consciências, que dizem que a arte é o borrão, que a promiscuidade é que liberta o homem, que ética é a selva, que a família não serve para nada e que as religiões são o ópio do povo, inventando ópios e drogas que de facto os dividem em camadas, como se faz com os detritos para melhor os decompor e destruir, assim como as suas consciências e o pensamento livre e solitário.
Por mim, hoje, vou ficar na toca a mastigar uns vermes que por aí andam a prejudicar a horta do humano meu vizinho.
Citação de Ovídio, "Amores, "
Nitimur in vetitum semper cupimusque negata; sic interdictis imminet ager aquis” ( lançamo-nos sempre para o proibido e desejamos o que se nos nega; assim o doente aproxima-se das águas proibidas).

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Excellent, love it! »

quinta-feira, fevereiro 22, 2007  

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