UM VOTO EM ALEGRE É UM VOTO CONTRA O PARTIDO SOCIALISTA
Alegre vive em Coimbra «a melhor noite» da sua vida
2006/01/10 07:48 in www.portugaldiario.iol.pt
Quase 800 pessoas encheram o Cine-Teatro Gil Vicente a noite passada.
Viveram-se momentos de grande euforia motivados quer pelo conteúdo das intervenções quer pela música de Pacman, o mandatário para a Juventude O candidato presidencial Manuel Alegre viveu segunda-feira «a melhor noite» da sua vida num comício em Coimbra, onde acusou Cavaco Silva de nunca se ter pronunciado contra a «confusão entre clientelismo e Estado» que diz ter existido nos seus Governos.
«Ouvi um dos candidatos dizer que se vir tentações clientelares caso seja eleito Presidente da República fará ouvir a sua voz. Mas ele foi primeiro-ministro, nunca houve tanta confusão entre clientelismo e Estado como nesses dez anos e nunca ninguém ouviu a sua voz», disse Manuel Alegre, no primeiro grande momento da sua campanha presidencial.
Naquela que o próprio candidato independente classificou como «a noite mais bonita» da sua vida, o Cine-Teatro Gil Vicente completamente cheio com quase 800 pessoas viveu momentos de grande euforia, quer pelo conteúdo das várias intervenções quer pela forma como música e política se misturaram quando Pacman (mandatário para a Juventude) apresentou pela primeira vez em público a sua versão hip hop da «Trova do Vento que Passa».
Depois de dois dias razoavelmente mornos, a forma como Manuel Alegre foi recebido na sala, entre uma longa salva de palmas, bandeiras nacionais e da sua candidatura e gritos de apoio dos muitos jovens presentes, apanhou de surpresa o candidato, que se mostrou claramente emocionado.
Num discurso sem grandes novidades, Alegre manifestou-se contra o aumento das propinas, defendeu uma revalorização social e profissional dos professores e propôs uma melhor formação dos alunos portugueses - referências de esperar na cidade universitária, onde o próprio candidato estudou.
Reafirmou que falará de Álvaro Cunhal sempre que lhe «apetecer», numa segunda réplica às críticas do secretário-geral comunista, Jerónimo Sousa, que o acusou de se tentar aproveitar eleitoralmente do nome do ex-líder comunista.
Alegre, que segunda-feira de manhã se deslocou ao cemitério de Coja para jurar junto do túmulo de Fernando Valle, que classificou como a sua «referência cívica», garantiu que o seu primeiro acto caso seja eleito será ir novamente àquele local para garantir que será fiel ao seu juramento.
E terminou desafiando os portugueses a «mostrar a força de Abril» no dia das eleições.
O discurso de Manuel Alegre culminou uma sucessão de momentos que levaram a sala ao rubro, sempre em nome da luta contra o medo e contra o conformismo, como quando Pacman, cantando os versos «Há sempre alguém que resiste» ou «há sempre alguém que semeia campos do vento que passa», apontava para o candidato, levando a sala a enormes ovações.
O ritmo contagiante da música do vocalista dos Da Weasel, que disse estar a interpretar a música que mais sentido lhe fez em toda a sua carreira, rapidamente colocou toda a gente de pé, incluindo Edmundo Pedro, 87 anos, um dos muito pouco sobreviventes do Tarrafal e ex-militante comunista, que batia palmas acompanhando a música. Manuel Alegre fazia o mesmo, também de pé, enquanto a mulher, Mafalda Alegre, comentava baixinho: «está espectacular!».
Antes, um outro momento musical, pela voz de Aurélio Malva, que assumiu estar nervoso, o que pode justificar a gaffe que cometeu e que levou o próprio candidato a sorrir quando afirmou que «é preciso continuar a querer o impossível e o impossível é que Alegre seja Presidente».
Abílio Hernandez, ex-director do Cine-Teatro Gil Vicente, levou a cabo uma «demolição» sistemática dos adversários de Manuel Alegre, afirmando que «Portugal não precisa de um candidato que nunca se engana e não tem dúvidas, com olhar de betão e cimento, mas sem alma» e considerando que «ser Presidente da República não é o mesmo que ser presidente de um conselho de administração de uma empresa».
E continuou: «Portugal não precisa dum candidato que pertence à história do século passado e não é solução para nenhum problema, antes problema sem solução». «O terreno da campanha (eleitoral) não é um pátio de comadres nem um concurso de ranchos folclóricos», acrescentou.
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O que tem a sua importância relativa:
Manuel Alegre é o único que aparentemente consegue mobilizar genuinamente os seus apoiantes em jantares, comícios ou passeios den rua, já que não conta, ao contrário dos outros candidatos, com as chamadas "máquinas partidárias" para a mobilização de apoiantes que ajudam a compor o cenário para as câmeras de TV.
Por isso, se ele ficar em segundo lugar na eleição presidencial de 22 de Janeiro, independetemente da vitória, ou não, de Cavaco Silva, será o estado de choque para a direcção do Partido Socialista.
A prova de que avaliou mal, de que está mal, e que escolheu mal o seu candidato.
Uma derrota nas presidenciais, e essa derrota será mais aguda se Alegre ficar à frente de Soares fará a direcção do PS repensar as suas estratégias, e será um merecido castigo para o autismo da sua direcção relativamente aos problemas do páis.
Um voto em Alegre, neste momento, é um voto contra Sócrates e contra os "habituais" do PS.
3 Comments:
Eu acho que é um voto contra qualquer APARELHO PARTIDÁRIO. O que anima as pessoas em volta de Manuel Alegre, não é desta vez uma resposta a qualquer apelo estudado, testado, marketizado, ou colectivizado pelo partido, é acima de tudo, a voz daqueles que genuínamente não querem ser mais acorrentados por propostas sempre das mesmas e muito pouco originais.
o camarada pateta alegre já tem o meu voto.
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