Nasce Alfredo Marceneiro, fadista português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal.
Nasceu na freguesia de Santa Isabel e foi-lhe posto o nome de baptismo de Alfredo Rodrigues Duarte.
Era filho de uma família muito humilde. Com a morte do pai quando ele tinha 13 anos, começou a trabalhar como encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
Desde pequeno, sentia grande atracção para a arte de representar e para a música. Junto com amigos começou a dar os primeiros passos cantando o fado em locais populares começando a ser solicitado pela facilidade que cantava e improvisava a letra das canções.
Um dia, conheceu Júlio Janota, fadista improvisador, de profissão marceneiro que o convenceu a seguir esse ofício que lhe daria mais salário e mais tempo disponível para se dedicar à sua paixão.
Em 1924, participa no teatro S.Luís, em Lisboa, na sua primeira Festa do Fado e ganha a medalha de prata num concurso de fados.
Mantém a sua profissão de marceneiro e só em 1943 se torna fadista profissional.
Em 1948, foi consagrado o Rei do Fado no Café Luso.
Dos muitos temas que Alfredo Marceneiro cantou destaca-se a Casa da Mariquinhas, de autoria do jornalista e poeta Silva Tavares.
Faleceu no dia 26 de Junho de 1982, na mesma freguesia que o viu nascer, com 91 anos de idade.
No dia 10 de Junho de 1984, foi condecorado, a título póstumo, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da Républica Portuguesa, General Ramalho Eanes.
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