Falácias.

"Moradores de bairros degradados dos concelhos de Cascais, Amadora e Loures vão concentrar-se esta tarde junto à residência oficial do primeiro-ministro. Contestam a demolição das casas onde vivem por não terem recebido nenhuma alternativa, dado que algumas das famílias não estão abrangidas pelo Programa Especial de Realojamento (PER). Reivindicam o direito à habitação, já que a maioria não vai ser realojada depois de demolidas as casas onde vivem."

SIC

Curiosamente ontem saiu uma análise do Banco Português de Investimento a afirmar que "os imigrantes que moram em Portugal dão mais dinheiro ao governo do que aquele que recebem dele".

Para começar, não podemos deixar passar em claro a parte que afirma que o desemprego português não aumentou por causa da imigração, dado que a "falta de oportunidades é maior para a mão-de-obra qualificada e semiqualificada. Os imigrantes não concorrem a esses lugares." O problema é que a "mão de obra portuguesa não qualificada é bastante grande, proveniente das empresas têxteis e calçado que fecharam. Infelizmente essas pessoas não têm capacidade para ir para empresas de maior sofisticação tecnológica. E por isso, estão em concorrência directa com os imigrantes não legalizado" com as desvantagens daí resultantes.

Depois, para Portugal ser competitivo, além de fomentar a qualificação da mão-de-obra nacional, tem de atrair mão-de-obra de qualidade tal como fazem os outros países.

Sobre o facto de darem "mais dinheiro ao governo do que aquele que recebem dele", só o facto de terem uma casa não é nada significativo. Que o digam os portugueses que passam uma vida inteira endividados a pagar a casa. Enfim, "que não chora, não mama".