"Somos descuidados na entrada de imigrantes"
"José da Silva Lopes defende que deve haver em Portugal um maior controlo da imigração ilegal em Portugal, um fenómeno que, de acordo com o economista, está a provocar mais danos do que benefícios à economia do País.
Reconhecendo que "tal como outros países europeus precisamos de imigrantes", o presidente do Montepio Geral lembra que nos países mais desenvolvidos, onde a população tem grande capacidade profissional, educação e formação, é preciso emigrantes para fazer as tarefas menos qualificadas, algo que não acontece actualmente em Portugal.
"Começamos a ter uma oferta de mão de obra portuguesa não qualificada bastante grande, proveniente das empresas têxteis e calçado que fecharam. Infelizmente essas pessoas não têm capacidade para ir para empresas de maior sofisticação tecnológica. E por isso, estão em concorrência directa com os imigrantes não legalizado", explica o economista, que, por isso, não tem dúvidas em afirmar que "somos descuidados na admissão de imigrantes ilegais".
Silva Lopes considera ainda que na maior parte dos casos "estamos a importar miséria" e que "não fizemos nada para atrair mão-de-obra de qualidade". "Vemos países como a Alemanha ou os EUA, que estão cheios de engenheiros e mesmo assim andam à procura de chineses e indianos de grande categoria. Nós não fizemos nada para que isso acontecesse. Pelo contrário, pomos todas as obstáculos possíveis", afirma.
E apresenta um exemplo concreto deste tipo de obstáculos. "No Montepio, quisemos admitir para a análise de risco um técnico russo formado em Lisboa e que vive cá há vários anos, mas não conseguimos", conta o ex-governador do Banco de Portugal, lamentando-se pelo facto de existir uma legislação que só deixa admitir um estrangeiro para um lugar caso não haja um português interessado. "Considero isto um escândalo. Não só não estamos a fazer um esforço para trazermos pessoas qualificadas, como andamos com proteccionismos de portugueses qualificados mas medíocres."
A entrada de imigrantes é apontada por Silva Lopes como uma das razões por trás de um crescimento da população activa nacional que se situa próximo de 1,5% ao ano.
Em relação à evolução do desemprego, o economista também não se mostra muito optimista. "Gostava de dizer que o desemprego ia diminuir, mas penso que, pelo contrário, ainda vai haver uma subida", afirma, antevendo um cenário de crescimento económico fraco nos próximos meses, nomeadamente ao nível da procura interna. Para o presidente do Montepio Geral, a perda de competitividade gerada pelo aumento dos custos unitários do trabalho acima da média europeia deve ser tida em conta, mas "a competitividade não depende só dos custos do trabalho".
Outro problema que preocupa Silva Lopes é o da crescente desigualdade nos rendimentos que se verifica na população portuguesa. "Uma das questões importantes, que não tem sido muito debatida em Portugal, é a da distribuição de rendimentos que é a mais desigual da Europa", alerta o economista, assinalando que "o que se vê actualmente é que os produtos de luxo vendem-se com fartura, enquanto nos produtos de primeira necessidade temos problemas". "É esta a sociedade que queremos", questiona-se, respondendo que "no Brasil é assim, mas não gostava nada que tivéssemos uma estrutura de rendimentos igual à do Brasil".
DN
Reconhecendo que "tal como outros países europeus precisamos de imigrantes", o presidente do Montepio Geral lembra que nos países mais desenvolvidos, onde a população tem grande capacidade profissional, educação e formação, é preciso emigrantes para fazer as tarefas menos qualificadas, algo que não acontece actualmente em Portugal.
"Começamos a ter uma oferta de mão de obra portuguesa não qualificada bastante grande, proveniente das empresas têxteis e calçado que fecharam. Infelizmente essas pessoas não têm capacidade para ir para empresas de maior sofisticação tecnológica. E por isso, estão em concorrência directa com os imigrantes não legalizado", explica o economista, que, por isso, não tem dúvidas em afirmar que "somos descuidados na admissão de imigrantes ilegais".
Silva Lopes considera ainda que na maior parte dos casos "estamos a importar miséria" e que "não fizemos nada para atrair mão-de-obra de qualidade". "Vemos países como a Alemanha ou os EUA, que estão cheios de engenheiros e mesmo assim andam à procura de chineses e indianos de grande categoria. Nós não fizemos nada para que isso acontecesse. Pelo contrário, pomos todas as obstáculos possíveis", afirma.
E apresenta um exemplo concreto deste tipo de obstáculos. "No Montepio, quisemos admitir para a análise de risco um técnico russo formado em Lisboa e que vive cá há vários anos, mas não conseguimos", conta o ex-governador do Banco de Portugal, lamentando-se pelo facto de existir uma legislação que só deixa admitir um estrangeiro para um lugar caso não haja um português interessado. "Considero isto um escândalo. Não só não estamos a fazer um esforço para trazermos pessoas qualificadas, como andamos com proteccionismos de portugueses qualificados mas medíocres."
A entrada de imigrantes é apontada por Silva Lopes como uma das razões por trás de um crescimento da população activa nacional que se situa próximo de 1,5% ao ano.
Em relação à evolução do desemprego, o economista também não se mostra muito optimista. "Gostava de dizer que o desemprego ia diminuir, mas penso que, pelo contrário, ainda vai haver uma subida", afirma, antevendo um cenário de crescimento económico fraco nos próximos meses, nomeadamente ao nível da procura interna. Para o presidente do Montepio Geral, a perda de competitividade gerada pelo aumento dos custos unitários do trabalho acima da média europeia deve ser tida em conta, mas "a competitividade não depende só dos custos do trabalho".
Outro problema que preocupa Silva Lopes é o da crescente desigualdade nos rendimentos que se verifica na população portuguesa. "Uma das questões importantes, que não tem sido muito debatida em Portugal, é a da distribuição de rendimentos que é a mais desigual da Europa", alerta o economista, assinalando que "o que se vê actualmente é que os produtos de luxo vendem-se com fartura, enquanto nos produtos de primeira necessidade temos problemas". "É esta a sociedade que queremos", questiona-se, respondendo que "no Brasil é assim, mas não gostava nada que tivéssemos uma estrutura de rendimentos igual à do Brasil".
DN
3 Comments:
Isto está a tornar-se na cloaca da Europa. Qualquer dia vamos ter de fugir daqui para deixarmos os imigrantes à vontade.
Merda de país!!!
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