quarta-feira, março 01, 2006

Os fazedores de pragas e a nova alquimia


Depois da Europa, sempre ela ( !), será África a sofrer da velha praga, a gripe das aves, aqui apenas como veículo justificativo para manter a pressão durante todo o ano, sobre a velha Europa, termo que os novos donos do mundo tanto gostam de usar, porque é preciso humilhar sempre que necessário e as vezes que o forem. Assim a Europa está de cócoras, em quarentena e costuma pagar aos traidores, aos agiotas e aos burocratas, o que de facto a enfraquece.

A guerra comercial justifica, basta ver quem decreta embargo.

Hoje gostei da atitude corajosa do Ministro da Agricultura de Portugal e da forma clara como falou, espero que não seja castigado por isso e aqui foi escrito preto no branco, sem ambiguidades, há que ser justo, quem não gosta não come ou deita-se ao pé.

Depois da submissão da Alemanha e da Áustria, há muito submetidos, o gosto de submissão voltou-se para França, porque há que pagar as dívidas e contas antigas, aqui, as aves migratórias não entraram, foi “air born”, palavra usada em meios militares, que alguns ilustres comentadores residentes gostam de usar e que eu desdenho, os atingidos foram perus.

O novo Tordesilhas está a ser redesenhado, tem curvas, a rota polar é desenhada em planisfério como é conveniente, não há invernia do lado de lá do Atlântico, nem em toda a América do Sul, Central e do Norte.

Da cólera, o paludismo e a subnutrição, aos grãos que não servem para semente, como os híbridos e transgénicos, seguem-se as criações de aves em breve proibidas pelas multinacionais dos donos do destino e do dinheiro mundial e assim os humanos, a grande maioria, serão alimentados com ração medicalizada e chipados, como no admirável mundo novo.

A fome no mundo e as pragas que o são de facto, deveriam preocupar os dirigentes a nível mundial e decerto os que mais falam em democracia, liberdade e igualdade.
Pode-se verificar, por simples observação, que a retórica continua a ser a arma dos hipócritas, que não dos fracos, no dizer de Montaigne, embora com pouca qualidade, porque já não necessita ser tão cultivada, ou outros já se encarregaram de a tornar pouco subtil, falo dos fazedores de opinião e de incultura, que comem à mão do dono.
Assim a ditadura retórica dos órgãos de comunicação intoxicam os incautos e os já condicionados cidadãos do mundo, ou humanos de segunda e outras categorias abaixo, provocando o que se quer, ou o que “eles”, querem.

Esta palavra “eles”, muito utilizada pelos humanos deste sítio é uma prova de que algo ainda lhes ficou no subconsciente depois da lavagem de um tecido tão plástico, graças a Deus, que é o cérebro, porque é necessário lembrar que Deus ainda existe, quer se goste ou não!

Os secularistas evangélicos do politicamente correcto bem tentam fazer o seu papel, sabendo que a secularização de uma sociedade implica a desvitalização da mesma, porque sabem que a falta de religião não é um sintoma de progresso, mas sim o de decadência moral da sociedade. Assim o fizeram e continuam a fazer através das maçonarias, criação inglesa, se estiver em erro que me corrijam, para já não falar da igreja controlada pelo estado. Perdida a hegemonia, permitem, porque a isso são obrigados, a exercer a mesma, ou pensar que a exercem, pela mão de terceiros, e como é bom viver da glória passada, continuam a fazer de bull terrier.

“…Não esqueçamos, por fim, que os ingleses já causaram, com a sua profunda mediocridade, uma depressão global do espírito europeu: aquilo a que se chama «as ideias modernas» ou as «ideias do século dezoito» ou também as «ideias francesas» - aquilo, pois, contra o que o espírito alemão se insurgiu com profundo nojo -, isso era de origem inglesa, não cabe duvidar. Os franceses apenas foram os macacos imitadores e comediantes destas ideias, também os seus melhores soldados e, também e infelizmente, as suas primeiras e radicais vítimas: pois que com a anglomania condenável das «ideias modernas», a ame française diluiu-se e emagreceu tanto que hoje nos recordamos quase com incredulidade dos seus séculos XVI e XVII, da sua profunda força passional, da sua engenhosa aristocracia. Mas tem que se segurar com ambas as mãos esta afirmação de justiça histórica e defendê-la com unhas e dentes contra o instante e a aparência visível: a noblesse europeia – do sentimento, do gosto, dos costumes, enfim, tomada a palavra no sentido elevado – é obra e invenção da França, a vulgaridade europeia, o plebeísmo das ideias modernas – da Inglaterra.”

Nietzsche Para além do bem e do mal

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O laboratório de referência está em Inglaterra, não devia.
Deveria estar centralizado, por exemplo em França, na Austria ou na Alemanha.
Ou então requerer contra análise.
É que estão e sempre estiveram com pé dentro e fora.

quarta-feira, março 01, 2006  

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