É a selva nas escolas.
"Mais uma professora agredida. Esta quarta-feira, no Porto, um aluno deixou uma docente com um hematoma e foi suspenso. Há uma semana, outra professora foi esbofeteada por um rapaz que não frequentava a escola. No início de Fevereiro, em Ovar, um aluno de 12 anos atacou a professora pelas costas com uma pancada na cervical que a levou ao hospital.
Mas os casos não param: o PortugalDiário sabe que, recentemente, uma professora em Coimbra e outra no Porto, numa escola em Aldoar, sofreram na pele a intimidação que os alunos sujeitam os docentes. E não fizeram queixa. Além do «medo da retaliação», os professores não querem que a classe mostre ainda mais «fragilidades». Arminda Bragança, da Federação Nacional de Educação (FNE), garante que «a população escolar pode retaliar» e os professores sentem esse receio num dia-a-dia de violência física e psicológica.
É a selva nas escolas. Com os números a aumentar para o dobro, o Gabinete de Segurança do Ministério registou 1.232 ofensas à integridade física. Os números de 2003 já eram preocupantes. 293 professores e 315 funcionários foram vítimas de insultos ou agressões físicas. A violência cresceu mais de 40 por cento, em relação a 2002. "
"Os números apresentados, são apenas a ponta do Iceberg. A violência nas escolas é generalizada, todos os dias assisto a gritarias interminaveis, cenas de pugilato, insultos verbais, ameaças, roubos, má educação extrema e mais grave que isto tudo: IMPUNIDADE (QUASE) ABSOLUTA.
Estas situações afectam gravemente processo de ensino/aprendizagem, porque muitas delas ocorrem dentro das aulas, porque desgastam fisica e psicológiamente os professores e porque impedem que os outros alunos aprendam.
Parte do mal está nos problemas sociais e familiares. Outra parte, está na maneira como o ME lida com a indisciplina. Ideologia dominante é a da desculpabilização dos agressores, a do "coitadinho" e a da escola "inclusiva". Chegará o dia em que esta geração de alunos "incluídos e desfavorecidos", completamente desregrada, sairá das escolas. Até vão fazendo que não sabem de nada... "
12 Comments:
vulgarização da violência...
E um fenomeno que näo so atinge Portugal, mas toda a Europa-ocidental.
O "adulto-imaturo" esta gerando crianças com problemas.
Enquanto a "pessoa" estava integrada num movimento social determinado, atingia a maturidade; com as evoluçöes sociais dos anos 1900-2000, cada um de nos foi-se dissociando, seja: confinando-se no seu proprio isolamento. Transformaram-nos em individuos "incertos", ou em estado selvagem. Crise religiosa, crise ideologica! Resultado: o dinheiro como objectivo, para auto-exibiçäo.
A televisäo e os jogos-video modificaram o comportamento social: cada um de nos ficou tremendamente so, mesmo quando no seio familiar; contactos fisicos näo chegam para se substituirem a uma troca de impressöes, no seio da familia.
Quando os pais deixaram de comunicar, a criança foi deixada-por-conta: abandonada diante da televisäo, do computador, ou passando-o-tempo com a sua "play-station", a criança reproduz cerebralmente as imagens com que lida, em vez de evoluir a partir daquelas que os pais deveriam difundir-lhe. E, geralmente, estas imagens exteriores falam de violencia, no pior sentido. Guerras e crimes, filmes violentos e de horrores, preenchem os programas de televisäo; o brinquedo infantil acompanhou o panorama televisivo; os jogos electronicos resumem-se à pobreza do "foge que te agarro/ se te agarro, destruo-te".
E este o mundo destilado aos cerebros infantis, em construçäo.
Os jogos dos escolares säo uma continuidade das aquisiçöes feitas. Dos 12 aos 14 anos, o recem-adolescente esta mergulhado num universo virtual, com uma enorme indiferença-egoista dos pais.
A partir desta idade, na insegurança caracterizada da adolescencia, vêm as experiencias: droga, sexo, rebeliäo às normas sociais, primeiros degraus da separaçäo com a mentalidade dos pais.
A Escola näo tem por missäo educar, nem tal seria possivel, atendendo ao numero de alunos para cada professor. Ela resume-se ao caracter de instruçäo!
Quando, aqui no Portugal Diario, leio mäes a pedirem a pena de morte por crimes contra menores, avalio a inconsciencia dessas mulheres, tremendo pela "deseducaçäo" que transmitem aos seus filhos -- säo as primeiras a mostrarem-se violentas. Como querem que os filhos venham a comportarem-se civilizadamente?
Vivendo em Paris e viajando por toda a Europa, tive ensejo de observar como a violencia-juvenil progrediu, nos ultimos anos. Portugal encontra-se na fase em que me reformei do Ensino. Tudo leva a crêr que a juventude portuguêsa evoluira para os "casseurs" e "destroyer's" dos paises europeus mais avançados. Uma questäo de tempo, se näo se tomarem rapidas medidas de educaçäo-civica geral.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Criminosos são o Governo a Ministra o Ministério e agora o PR porque ninguém põem mão nesta m....os adultos tem de cumprir a lei, senão cana temos de cumprir o código da estrada senão cana ou multa temos de cumprir todas as obrigações, e não podemos fazer fora do penico que não há logo nada que nos caia em cima, não me gozem, mas o problema é que estão a brincar e a gozar.
Senhores politicos governantes deputados presidente da república, anulem certas séries televisivas por se considerarem incentivantes de violência e de impunidade como algumas bem conhecidas para jovens, e começem a punir severamente e disciplinarmente ou então isto vai ser uma anarquia total e absoluta, mas quem manda cá nós contribuintes e politicos ou uma cambada de fedelhos mal educados e idiotas???? essa é a questão e não venham para aqui virar o bico ao prego com traumatizados problemas em casa blá blá a tanga do costume dos psicologos, a má educação está em toda a parte esta malta nova não respeita nem nada, nem ninguém.
Ps. Eu não sou professor sou apenas um cidadão que quando está em Espanha, não vejo estas más educações da parte do jovens como se assiste aqui.
E uma vergonha.
Não temos nada nem educação, nada.
Como tudo em Portugal, falta ao ministério uma visão de conjunto. Não são só os professores que devem resolver o assunto, ou os conselhos executivos, ou os funcionários. Nenhuma medida funcionará sem a colaboração do elemento mais importante de todos: os pais. Se os miudos receberem em casa (que recebem) uma educação que valorize a agressividade e a escola passe mensagens de não-violência, será a ideia transmitida pelos pais que prevalece. Mas lá está, pôr os pais a colaborar com a escola é uma carga de trabalhos e não só ao nível de marcar horários conveninentes. A maioria das reuniões com os enc. de educação são em horário pós-laboral e mesmo assim os pais não comparecem. Aliás, só aparecem muitas vezes os que não precisam de vir à escola, ou pelos motivos errados, como minar a autoridade do professor ou pôr em causa o seu profissionalismo. Na prática é como se estivessem a puxar cada um para seu lado, como os burros amarrados um ao outro com dois montes de feno a que não chegam se não colaborarem.
Quanto aos numeros do ministério, não me parecem correctos, até porque diz-me a experiência que nem todos os actos de violência são alvos de participação, e os miudos que são vitimas raramente falam. E acreditem, a situaçõ está a piorar a olhos vistos, de ano para ano. Só alguém miope, ou que não quer ver de propósito não se apeercebe...
Vejam lá se alguém publica e vai verificar aquilo que eu digo.Na escola mestre domingos saraiva em algueirão, há alunos a roubar e a praticar actos de violência todos os dias sobre outros e isto perante a impassividade de continuas e professoras.O meu filho fiz queixa de várias coisas que lhe fizeram e a directora de turma além de põr a turma contra ele ainda lhe fez represálias nas notas.se não acreditam mandem um jornal qualquer lá verificar.
Deixou de se ver o professor como um sábio e uma entidade que se devia olhar de baixo. Este aluno só merece a expulsão e ser executado na cadeia.
Os portugueses tem o pais que merecem, acho ate que o pais e mais bonito e tem mais sol do que realemte mereciamos.
Velhos e novos, professores e alunos, governanes e governados, necessitam todos de atestado medico, esta tudo doente, e e da cabeca!
Meu caro Moialmas, (que bem escreves oh meu)nao sei porque tamanha idignacao, quase cai do berco, quando aprendi, que com a mentira se vive e com a verdade se morre. Tu sabes disso o Moialmas, e sabe-lo tao bem como todos, tu tambem fazes parte de esses que dao o nome para tudo, seja para presenca nos tibunais, seja como testemunha o como reu, seja ate para estar na fila, tao so, porque estao a dar a porta do super, injeccoes na testa...
A maioria dos professores, com criterios de avaliacao com um minimo de rigor, regressavam a escola era para aprenderem, como pode alguem ensinar o que nao sabe? Bem sei que se aprende ate ao suspiro ultimo, so que essa aprendizagem faz-se a toa, somos o pais do "sem reis nem roques", somos um pais a mirar os chiques, com ganas e de dar de frosques!
Qual choque tecnologico, qual formacao continua de professores, qual que...? So entendemos a linguagem da cacetada nas costas, da cachaporra, do golpe rasteiro e a traicao, choramos a morder a lingua, mas e de impotencia.
Se os nossos velhos estao velhos e estao doentes, se estao doentes os medicos, as enfermeiras, os hospitais /centros de doenca e afins e o fisco e Seguranca Social, se os pais deste pais estao contagiados, e padecem do mesmo mal, por que carga de agua e que os nossos meninos haveriam de estar melhor?
Indiganmos-nos com a cassetada deste menino, clamamos aos ceus por disciplina e pelo aprumo militar, mas e assim todos os dias nas nossas empresas e nas reparticoes publicas, os pais dos meninos a dar trancacos nos pais de outros meninos, a falsa fe, sim porque de frente, olhos nos olhos nao ha cobarde que possa.
Vou meter um atestado e vou de ferias! Sempre pode o meu medico de familia, prescrever-me um genericozito de algo, quicas um supositorio efeverscente, para que se me acabe a tosse! Assim sendo, ia de ferias, e ia consoladinho!
...é necessário responsabilizar os pais pela educação que dão (ou tantas vezes não dão) aos filhos -começam por desrespeitar os pais, depois os professores.Por isso Blair tomou medidas duras:menino que se porta mal é castigado e por vezes expulso; responsabilizam-se os pais, aplicando multas,alguas das quais elevadas,se o menino falta em demasia ou agride verbal ou fisicamente um professor.Isso chama-se respeitar um professor, dar-lhes o reforço de autoridade própria da sua condição ,porque é mais velho,paga impoistos e está ali para os ensinar e educar... completando o seu processos de cudadania que deve iniciar-se em casa.
Como directora de turma que em tempos fui, encontrei pais que tinham medo dos filhos,não faziam ideia de por onde eles andavam quando saíam para a escola e não chegavam lá... que justificavam faltas em branco.Fui professora, estou aposentada agora.Mas ainda deu para verificar os comportamentos cada vez mais displicentes e mal-educados dos alunos.E eu, pessoalmente, nem tive grandes razões de queixa...outros colegas sofreram e sofrem mais.
Também nunca ouvi nenhum pai ir ter comigo e nada mais fazer que apresentar queixas contra os professores; Eu perguntava: -muito bem, vou tratar do assunto.Mas, já agora, o seu filho só tem professores maus? Ou não há nenhum de que goste?-Há, há alguns de que gosta muito.-E então:porque não me fala também desses?
Mas não acredito que a esse menino agressor aconteça nada - encontra-se sempre uma desculpa para os meninos...disfuncionalidades de toda a ordem,porque,acredita-se, as ce«ranças são naturalmente boas -a sociedade é que os estraga...
Nalguns países profssores têm sido assassinados na aula.Ainda há dias uma professora, atacada com arma branca, quando de costas para a sala, enquanto escrevia no quadro...Ainda não chegámos a esse ponto, mas já faltou mais...
Já tive ocasião de sugerir ao Presidente da CONFAP que diligenciasse mais cursos de formação para pais - em vez de tantas vezes se queixar,ofender e agredir os professores...
Só que os senhores ministros preferem ter o apoio dos pais( são eleitores e «pesam» mais) do que dos professores, está visto.E não me refiro só à actual ministra, mas à generalidade dos que a precederam.
Pelos comentários e pela noticia até estou assustada.
Tenho um filho com 11 anos (fez há dias) e anda no 6º Ano e pelo que eu vejo pelos comentários, tenho um Santo de um rapazinho em casa. Ele só quer é estudar e que ninguém o agrida. Desde o 1º ano até hoje só tenho recebido elogios,de todas as pessoas, desde professores, catequistas, treinadores, colegas e pais de colegas. Houve já que me perguntasse como é que eu consegui educar taõ bem o meu filho e ele ser muito respeitador.
Claro aprendi com a minha mãe.
Um conselho a todos os pais: Tenham tempo para os vossos filhos, de-lhes atenção e carinho e vão ver que tudo muda.
Penso que o grande e grave problema está nos pais destes "meninos prodígios" que não lhes sabem dar educação.
Os mesmos pais que após cumprirem a "difícil tarefa" de fazer filhos pensam que a partir daí compete á sociedade e aos professores em particular a educação desses cérebrozinhos que começam a ser uns grandes "gandulos" logo desde o berço.
Em casa fazem-se as vontades todas aos meninos pensando com isso que evitam assim os "futuros maus caminhos".
Não há pior engano...Mas em casa de cada um ,cada um come o que quer.
Os pais não podem é pensar que os atributos que lhes são inerentes resumem-se a um trabalhinho na "horizontal" deixando a educação para os professores.
Quando estudei havia respeito na escola e havia também pelos professores.Ah...e muito importante nessa altura sabia-se aritmética...não havia as cábulas das calculadoras...
Não é só a educação...algo vai mal neste podre País...Quando se acende uma TV e se leva com um "fedelho" de 12 anos a ser estrela de televisão porque é chefe de gang( o que se poderá esperar daqui a meia dúzia de anos deste "petit chef? )está tudo dito acerca deste raça de gente e de País.
Atenção que não sou professor.Sou é coerente e honesto.
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