quarta-feira, abril 19, 2006

Casino.

"A Polícia prevê um aumento de criminalidade na zona do novo Casino de Lisboa. Num estudo de impacto na segurança, a PSP mostra preocupações acrescidas com as implicações que a actividade da sala de jogo vai trazer à área do Parque das Nações. O Comando Metropolitano de Lisboa garantiu ao PortugalDiário que vai haver reforço policial, nomeadamente através de gratificados. Vai ser, espera-se, o maior casino da Europa. Com 1500 slot machines (numa segunda fase) e 22 bancas de jogos tradicionais, a nova aposta da sociedade Estoril-Sol deverá receber diariamente entre cinco a seis mil pessoas, número que deverá duplicar aos fins-de-semana. Será muita gente - supostamente com os bolsos recheados - o que pode ser um apetecível jackpot no jogo de mão de alguns criminosos. "
Estamos perante a obra emblemática deste regime. O tal regime que fecha maternidades e abre casinos. Para mais o casino herdou o edifício em que na Expo 98 estava o pavilhão do futuro. Pressagio de um novo Macau?


Numa zona aonde há excesso de oferta imobiliária (a taxa de ocupação do segmento destinado à habitação é de 60% e a dos escritórios 80%), o comércio sairá beneficiado com a chegada dos novos consumidores e os hotéis terão mais ocupação. Por outro lado, existirá uma grande confusão de trânsito e pessoas (diariamente entre cinco a seis mil pessoas). Número que deverá duplicar aos fins-de-semana. O Estado, claro, é o que ficará a ganhar mais: 50% das receitas brutas vão para os cofres públicos. Parece que o casino vai trazer sorte para uns, azar para os outros.

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