segunda-feira, abril 03, 2006

Criminalidade.

"Francisco já temia que a noite de sábado não corresse bem. Mas nunca julgou que fosse tão má. Às quatro da manhã, ouviu partir o vidro da porta da entrada. Telefonou à GNR da Lourinhã e subiu ao terraço de caçadeira na mão. Com dois tiros impediu a fuga dos dois homens que estavam à entrada de sua casa. A Polícia veio, identificou-os, mas foi Francisco a ir para o posto, por não ter licença de uso e porte de arma. Quando voltou, às oito da manhã, viu a sala a arder e entrou em pânico. “Só pensava na minha mulher e na minha filha, que estavam lá dentro”, conta ao CM."

Os dois homens só estavam a bater à porta às quatro da manhã para entregarem o CD do passarinho:

"Ó luar da meia noite
Não digas à minha amada
Que me encontras-te na rua
Às quatro da madrugada

Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Cantando lindas cantigas
À porta da sua amada

Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chorou
Às quatro da madrugada
O passarinho cantou

Se eu tivesse não pedia
Nada no mundo a ninguem
Assim como não tenho peço
Uma filha a quem a tem "

2 Comments:

Blogger josé said...

De facto...apesar de ter sorrido abertamente com o postal, isto acaba mesmo por ser triste demais.

Tipico mesmo daquilo em que acabaram por transformar as polícias: capados de medo de serem responsabilizados pelo que têm o dever de fazer.

Responsáveis? Alguns. Um deles, sem dúvida, o actual ministro da Jusitça que enquanto ministro da AI declarou solenemente que a polícia que dirigia, "não era a dele"!
Notável.

segunda-feira, abril 03, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Pois, é ao que isto chegou... Já nem podemos defender aquilo que é nosso. Qualquer dia, numa situação destas, ainda são os gatunos a processar o homem por danos morais ou qualquer coisa do género... Está bonito isto, está...

Ps- vou-vos sonegar a notícia. Só a notícia, ok?

segunda-feira, abril 03, 2006  

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