A culpa é dos outros?
"Tem-se assistido aí, nos últimos anos, a uma "balcanização" entre áreas de influência política e ideológica, com prejuízo e desprezo crescentes do trabalho especificamente jornalístico (que se tornou, cada vez mais, um preguiçoso jornalismo "telefónico", grosseiramente dedutivo e especulativo, crescentemente vulnerável às fontes anónimas). O exercício gratuito e arrogante do poder mediático, as sentenças definitivas e justiceiras, desvirtuam qualquer preocupação com o rigor, a distância crítica, a imparcialidade e a objectividade da informação. O protagonismo dos jornalistas (directores, editores, redactores) substitui-se ao protagonismo das matérias e actores das notícias. Cada qual puxa para o seu lado e todos coexistem alegremente nas respectivas quintas, sendo o obsessivo missionarismo ideológico de uns "compensado" politicamente pelas opostas afinidades electivas de outros. E há quem reclame, para isto, a caução do "pluralismo"... (mais aqui)"
Vicente Jorge Silva
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