terça-feira, maio 02, 2006

Soy iberista confeso

As confissões ficam com quem as pratica mas o ónus nem sempre.Os pagamentos das dívidas e as responsabilidades que deverão ser assumidas, nem sempre o são, diria que cada vez menos o são, neste sítio, tornando-o cada vez mais num sítio mau em que não se pode confiar.

Portanto a justiça que cada vez mais se afasta dos seus deveres, afasta-se também cada vez mais dos seus objectivos, deixando antever que deixará de existir, e será apenas, ou já é, uma figura de retórica e não me refiro à justiça no sentido estrito do termo, falo na Justiça no seu sentido mais abrangente.

Então o que será que a tem destruído?

Não havendo culpados, não existirá sentimento de falta ou sequer remorso, o que nos tempos que correm é coisa de tolos, como o será a falta de consciência, mas mais grave ainda será se ela existe e se quem deve servir, serve os interesses de terceiros, esquecendo aqueles a quem jurou fidelidade a textos que se consideram fundamentais, palavra estranha por tão mal aplicada e tão mal usada, voltando outra vez à velha questão da ética.

Se se pode dizer o que se diz e por se dizer em solo alheio e para agradar a quem não agradece porque já se sente amo e patrão, tornam esse actor no mínimo um indivíduo sem escrúpulos, pelo menos aos olhos dos que ainda pensam Portugal e amam o solo pátrio e a terra que os viu nascer e onde estão os ossos dos seus antepassados e não existindo, prefiro os que aceitam a naturalidade e abraçam os que os acolheram.

No balanço geral de cada época, o patriotismo espera ter mais razões de orgulho do que mágoa, e encontrar um saldo positivo ao serviço do género humano. A gesta dos descobrimentos, a unificação do globo, o desbravamento da África, a construção do Brasil, a angiografia, os primórdios da antropologia, o método experimental, são a Pátria. D. Afonso Henriques, D.Nuno Álvares Pereira, o Infante D. Henrique, Mouzinho de Albuquerque, D. João de Castro, Egas Moniz, são a Pátria. Também o são as brutalidades cometidas no Oriente, as entradas contra os índios, o trabalho forçado, a escravidão, os traidores de 1580, os heróis de 1640, e os desertores e os mortos da década de 60. Tudo lhe pertence e tudo nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um acidente. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber.” Adriano Moreira em “ O Novíssimo Príncipe”.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu como boa Padeira de Aljubarrota, posso ser realista... mas nunca Iberista de coração.

quarta-feira, maio 03, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Se não repararam o post foi colocado a propósito de uma afirmação de um ministro da república Portuguesa em terras de Espanha, muito interessado no comboio de alta velocidade.

quarta-feira, maio 03, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, abril 24, 2007  

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