quinta-feira, junho 08, 2006

Juros.

"Para os banqueiros centrais não existem dúvidas neste momento: a trajectória de subida dos juros deve levar novo empurrão, fixando a principal taxa em 2,75%. Afinal, a economia da zona euro está a recuperar e há que evitar eventuais pressões inflacionistas. Por outro lado, os juros na área da moeda única já estavam tão baixos que não serviam de estímulo monetário ao crescimento, contribuindo ao invés para promover o endividamento. Este é o raciocínio dos banqueiros centrais europeus. Mas como em todas as histórias, há uma segunda versão. Para alguns ministros das Finanças europeus, a retoma económica é frágil e não deve ser condicionada pelos juros.

Até porque promove a valorização do euro face ao dólar, o que, por um lado, é um escudo protector contra o petróleo mais caro mas, por outro, é mais um obstáculo para as exportações europeias no mercado global. Para Portugal, tudo é mau. No actual estado da economia nacional, morre-se da doença e da cura. Juros mais altos prejudicam o consumo e o investimento dado o elevado endividamento de famílias e empresas, uma vez que elevará o serviço da dívida. Desta forma, o crescimento económico poderá ser mais fraco. Contudo, poderão ser o estímulo que falta para obrigarem as famílias a corrigirem a sua situação financeira, aumentando a taxa de poupança. Por vezes, uma terapia de choque é fundamental para uma situação mais saudável a prazo
. "

Bruno Proença com Ricardo Domingos e Ricardo Salvo

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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quinta-feira, abril 26, 2007  

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