Os papás vão dar notas aos profes.
"A ministra da Educação descobriu a pólvora contra a incompetência, que propaga aos quatro ventos, da classe profissional que tutela. Os papás das crianças vão passar a dar notas aos professores. Conhecendo-se as probabilidades da isenção "científica" dos papás quando está em causa "a média", o "futuro" ou tão-somente o amor- -próprio dos respectivos filhos, percebe-se o previsível sucesso da medida para incentivar um sistema em que os mais competentes sejam premiados. Isto é um ponto da questão e, eventualmente, o benévolo. É absurdo, mas bondoso, pretender que os papás que se interessam minimamente pela vida escolar dos filhos mas não estão lá, tenham uma ideia sobre se um professor "é bom" ou "é mau". Ouvem dizer. Têm umas luzes, o que os levará a ter, naturalmente, "paixões". O Governo decide, assim, instituir o "ouvir dizer" e a impressão dos papás (que estão fora da escola) sobre alguém que avalia os filhos, em alínea para a avaliação e respectiva progressão na carreira.
Depois, pior, há os papás que não fazem a mínima ideia do que se passa. E, claro, os papás que nem sabem se os filhos foram mesmo para a escola. E os papás que os ensinaram a atirar cadeiras pelo ar. E os papás que, face a uma tentativa de repressão, ameaçam partir, eles próprios, a cadeira. Supõe-se que, até para cumprir a norma constitucional relativa à igualdade dos cidadãos, todos os papás tenham direito a participar na avaliação. É uma fórmula tão interessante como uma que, por exemplo, obrigasse os jornalistas da política a serem avaliados pelos próprios políticos.
É estranho que nunca ninguém tenha explicado à ministra que não se consegue o sucesso escolar gritando insistentemente aos alunos "vocês são burros". É uma comparação possível com aquilo que, sem apresentar provas nem instaurar processos, generalizando aos limites do processo-crime por difamação, a ministra se encarrega de dizer ao universo dos professores. Também não lhe parece ocorrer que o evidente conflito que anda a incentivar irá perturbar qualquer tentativa séria de avaliação, que os professores competentes há anos desejam. "
Ana Sá Lopes
Depois, pior, há os papás que não fazem a mínima ideia do que se passa. E, claro, os papás que nem sabem se os filhos foram mesmo para a escola. E os papás que os ensinaram a atirar cadeiras pelo ar. E os papás que, face a uma tentativa de repressão, ameaçam partir, eles próprios, a cadeira. Supõe-se que, até para cumprir a norma constitucional relativa à igualdade dos cidadãos, todos os papás tenham direito a participar na avaliação. É uma fórmula tão interessante como uma que, por exemplo, obrigasse os jornalistas da política a serem avaliados pelos próprios políticos.
É estranho que nunca ninguém tenha explicado à ministra que não se consegue o sucesso escolar gritando insistentemente aos alunos "vocês são burros". É uma comparação possível com aquilo que, sem apresentar provas nem instaurar processos, generalizando aos limites do processo-crime por difamação, a ministra se encarrega de dizer ao universo dos professores. Também não lhe parece ocorrer que o evidente conflito que anda a incentivar irá perturbar qualquer tentativa séria de avaliação, que os professores competentes há anos desejam. "
Ana Sá Lopes
7 Comments:
Se se pensa que acontece por acaso ou por incompetência está enganado, nada acontece por acaso neste sítio.
Vamos ser como o Brasil.
portanto os belmiros que agora guincham contra o que os enriqueceu, têm de comprar a segurança deles e das crias.
«Quando a Violência Vai à Escola» não incomoda o ministério da educação, nem tão pouco o terror que é conviver com delinquentes.
A reportagem da RTP não reflecte o sistema de ensino por cá, seria um completo descalabro se todos os alunos se comportassem como os actores principais da peça. Uns verdadeiros canalhas, “feios, porcos e maus” os bandidos do do presente com um futuro garantido. Nenhum professor tem o dever nem a obrigação de suportar canalhas daquela espécie. Essa é a função de guardas prisionais.
Nem todas as escolas terão sido bafejadas com tal qualidade de escumalha. Mas o problema é que não foi só aquela. E não é só na periferia de Lisboa que casos destes acontecem outras cidades também foram bafejadas com criaturas daquele calibre.
Sobre os professores bacanos muito do agrado daquelas subespécies humanas. Tenho as maiores reticências do desempenho pedagógico dessas pessoas. Não consigo imaginar as criaturas que vimos na peça a estudar e serem uns alunos exemplares só para agradar a um qualquer “bacano” professor. Acredito mais que esses tais “bacanos” professores são d?aqueles que facilitam a vida a esta escumalha e prejudicam a vida doutros alunos que pretendem ter um futuro fora dos gangs de criminosos.
Os pais clasificarem os professores dos filhos quer dizer que quando o professor chumbar a criancinha os pais vão à escola e "chumbam" o professor? Com chumbo grosso?
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