segunda-feira, julho 17, 2006

DEITAR PETRÓLEO NUM BARRIL DE PÓLVORA.

"Mais instabilidade no Médio Oriente, mais alguns cêntimos no preço do petróleo, que voltou a valores quase indecentes. A “culpa” foi da invasão do Sul do Líbano por Israel, na sequência do rapto de dois soldados seus pelo Hezbolah, e das acusações de Tel Aviv de que esta força é apoiada pela Síria e pelo Irão, provocando uma escalada de tensão. Sabe-se que Israel, um Estado encurralado entre o Mar Mediterrâneo e um oceano de países hostis, não hesita em se defender com os meios ao seu alcance, que incluem forças nucleares. É mais uma acha num incêndio que tende a alastrar, mais do que a extinguir-se. Por muito boa vontade com que se olhe para esta questão, não se vê qualquer possibilidade de saída. As posições são inconciliáveis e enraizadas no DNA dos contendores. Dito isto, apenas há duas soluções para o problema. A primeira, é que o mundo se una numa única frente – como não aconteceu no Iraque – e obrigue as partes a chegar a um entendimento. Enquanto os EUA protegerem as costas de Israel, a Rússia e a China encorajarem os movimentos de libertação (um belo eufemismo para não utilizar termos mais drásticos) e países anti-sistema, como a Síria ou o Irão, resta-nos a segunda solução: virar as costas, deixar o barril de pólvora ir rebentando e lamentar o preço alto da gasolina. "

Bruno Proença com Miguel Pacheco e Pedro Marques Pereira

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