domingo, julho 16, 2006

O Partido de Portugal

O Partido de Portugal

Há muito tempo que não escrevo para o Blog Carvalhadas.

Como Toupeira tenho andado atarefado com os trabalhos de Verão e com a modorra que trazem estes dias de calor de abrasar.

No entanto as horas correm e o tempo vai passando por nó,s como todos os acontecimentos ou a falta deles.

No sítio a modorra é tanta que todos os que mandam levam a água ao seu moinho, só que o moinho tem a engrenagem a ficar corroída e falando de semântica no sítio do semantismo, diria que corrosão é o mesmo que corrupção.

De facto, o centrão aí está no seu melhor.

A oposição não existe como convém, porque a alternância no poder é a alternância da distribuição de mais valias que não são dos que mandam, pertencem aos que vivem e trabalham todos os dias neste sítio, onde o estado foi tomado de assalto pelo alterne, transformando também o País numa casa de passe, as meninas são os políticos e os donos do bar os que vivem das obras do chamado estado, sem que as fiscalizações funcionem, porque quem deveria agir o não faz, ou por comodismo do tipo não incomode, ou porque fazem parte do grupo.

O anão de estatura mental vai dizendo coisas de circunstância, porque não está no poder e logo é contra uma série de investimentos que o outro diz serem de importância vital para o sítio, o dele claro está.

O outro alimenta-se do aparelho de propaganda bem montado, fala muito, mas pouco faz e o que faz é desastroso.

Entretanto os gurus da economia nada dizem de novo e o Presidente vai-se acomodando à cadeira que decerto é confortável, a modorra torna o desconforto dos que pagam o que faz mover o estado em languidez, e no há nada a fazer.

Interessante lembrar o fecho de várias unidades de saúde com o horizonte a mostrar mais tarde que as reformas o não são, irão ser o caos quando a procura aumentar.
Porque será que a maternidade de Cascais não encerra? Será porque não é fino nascer em S. Sebastião da Pedreira? Que nome horroroso para quem se julga com pedigree! A comissão de sábios ou os missionários, das unidades de missão criadas para tudo o que é assunto, não se lembraram que os serviços de ginecologia e obstetrícia não são apenas de obstetrícia e que se uns podem continuar a adquirir experiência numa maternidade central também podem ir fazer serviço a uma unidade menos sofisticada e os destas, também podem trocar com aqueles, por vezes apenas um dia por semana, como acontecia há anos. Afinal há países onde ainda se fazem partos em casa e com sucesso, mas por cá quem delibera e dá palpites é mais a favor do aborto e do planeamento familiar, do que em fazer nascer meninos em boas condições, decerto traumas ainda dos idos anos de sessenta e afinal os meninos não votam, logo não entram na contabilidade que sustenta o centrão e todos os outros que vivem à sua volta, comunistas fora de tempo e comunistas envergonhados, mas que gostam de um bom champagne.

O partido espanhol ganha adeptos, mas a culpa não é dos espanhóis é dos iberistas confessos e sem Pátria.

Convém manter o papão do défice, convém manter o IVA e o ISPP muito superior ao do Estado Espanhol, porque senão, como se asfixiariam as empresas do sítio que ainda sobrevivem?

O défice é uma conta de merceeiro que altera o livrinho do rol sempre que se quer, basta para tanto ter um lápis bem afiado, uma boa borracha e ser aldrabão quanto baste.

Se não há dinheiro não há bonecas, no entanto conseguiram arranjar duas boazonas: a Ota e o TGV.

O Partido de Portugal precisa-se, sem reciclados, sem oportunistas e vendilhões e com os ladrões mantidos em respeito, com métodos eventualmente radicais.

Sobre a Pátria:
“ Tudo lhe pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um acidente. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber.”

In “ O Novíssimo Príncipe” de Adriano Moreira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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quarta-feira, julho 19, 2006  

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