sábado, julho 18, 2009

18 Julho 1936


No dia 18 de julho de 1936, o Gen. Francisco Franco insurge o Exército contra o governo republicano, convencido que derrubaria facilmente a República. No entanto, nas principais cidades, como a capital Madrid e Barcelona, a capital da Catalunha, o povo saiu as ruas e impediu o sucesso do golpe. Milícias anarquistas e socialistas foram então formadas para resistir ao golpe militar.

O país em pouco tempo ficou dividido numa área nacionalista, dominado pelas forças do Gen. Franco e numa área republicana, controlada pelos esquerdistas. Nas áreas republicanas ocorreu então uma radical revolução social. As terras foram colectivizadas, as fábricas dominadas pelos sindicatos, assim como os meios de comunicação. Em algumas localidades, os anarquistas chegaram até a abolir o dinheiro.

Em ambas as zonas matanças eram efectuadas através de fuzilamentos sumários. Padres, militares e proprietários eram as vítimas favoritas dos "incontroláveis", as milícias anarquistas, enquanto que sindicalistas, professores e esquerdistas em geral, eram abatidos pelos militares nacionalistas.

Como o golpe não teve o sucesso esperado, o conflito tornou-se uma guerra civil, com manobras militares clássicas. O lado nacionalista de Franco conseguiu imediato apoio dos nazis (Divisão Condor, responsável pelo bombardeamento de Madrid e de Guernica) e dos fascistas italianos (aviação e tropas de infantaria e blindados) enquanto que Estaline enviou material bélico e assessores militares para o lado republicano.


A pior posição foi tomada pela França e a Inglaterra que optaram pela "Não-Intervenção".

Mesmo assim, não foi possível evitar o engajamento de milhares de voluntários esquerdistas e comunistas que vieram de todas as partes (53 nacionalidades) para formar as Brigadas Internacionais (38 mil homens) para lutar pela defesa da República. A superioridade militar do Gen. Franco, a unidade que conseguiu impor sobre as direitas, foi factor decisivo na sua vitória sobre a República. Em 1938 suas forças cortam a Espanha em duas partes, isolando a Catalunha do resto do país. Em janeiro de 1939, as tropas do gen. Franco entram em Barcelona e, no dia 28 de março, Madrid se rende aos militares depois de ter resistido a poderosos ataques (aéreos, de blindados e de tropas de infantarias), por quase três anos.

As baixas da Guerra Civil oscilam entre 330 a 405 mil mortos, sendo que apenas 1/3 ocorreu na guerra. Meio milhão de prédios foram destruídos parcial ou inteiramente e perdeu-se quase metade do gado espanhol. A renda percutia reduziu-se em 30% e fez com que a Espanha afundasse numa estagnação económica que se prolongou por quase trinta anos.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Do que Salzar nos livrou durante esta guerra.
Ainda teve que dar ordens para bombardear 2 navios de guerra novinhos que se amotinaram para ir ajudar os comunas.
Afinal a causa era outra, depois da queda do muro viu-se o que eles defendiam, agora apenas defendem os tachitos dos camaradas nas câmras municipais e em alguns departamentos secundários do governo central.
Muitos anos depois soube-se,muita gente sabia há muitos que os Rotschild tinham financiado Lenine e a sua camarilha.
Gosto muito dos ideais comunistas.

segunda-feira, julho 20, 2009  

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