quinta-feira, agosto 24, 2006

afirmações interessantes.

"O director do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) desvaloriza os impactes ambientais do incêndio que destruiu mais de três mil hectares de área protegida. Henrique Pereira diz que “o fogo faz parte do ciclo ecológico” e não acredita que tenha havido perdas irreparáveis no parque. Prefere mesmo apontar como maior preocupação os prejuízos para a comunidade local."
CM

Nem mais. O fogo é um ciclo ecológico perfeitamente natural que não causa preocupãção. Para além da destruição da floresta os incêndios podem ser responsáveis por vários danos, como por exemplo : a morte e ferimentos nas pessoas e nos animais (queimaduras, inalação de partículas e gases) ; destruição de bens (casas, armazéns, postes de electricidade e comunicações, etc.) ; corte de vias de comunicação ; alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural ; proliferação e disseminação de pragas e doenças, quando o material ardido não é tratado convenientemente.

Se as árvores não estiverem carbonizadas, é natural que um eucaliptal renasça dos rebentos e a reflorestação esteja garantida. Mas isso nem sempre acontece com um pinhal. Embora as árvores atingidas não lancem rebentos, um pinhal adulto (mais de 20 anos) pode assegurar o seu renascimento. Para isso, é necessário que no solo existam pinhas com sementes capazes de germinar. Ao fim de três anos é que é possível avaliar se valeu a pena esperar pela regeneração ou proceder a reflorestações novas, evitando-se "tomar decisões precipitadas". Se isto parece válido para espécies de crescimento rápido como estas, mais compreensível é para as de crescimento mais lento, como o sobreiro.

A primeira preocupação após os fogos deste ano, assegura o responsável, foi a implementação de medidas de emergência - uma "corrida contra o tempo" -, designadamente para assegurar a remoção do material lenhoso das áreas queimadas. Essa remoção visa diminuir o risco de eclosão de doenças nas árvores (o pinheiro é vulnerável aos insectos) e a degradação das madeiras que ainda possam ser aproveitadas (para mobiliário, estacas e aglomerados, entre outras utilidades), procurando garantir um circuito mais ágil para a sua colocação na indústria.

"Há animais que poderão até beneficiar do incêndio e também teremos situações de perda, mas não acredito que venha a estar em risco a sobrevivência de alguma espécie

Exactamente. O animal homem. Afirmações curiosas estas vindo de quem vem: o director do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

MAIS UM ILUMINADO... MAIS UM DIRECTOR COM ORDENADO CHORUDO, AO SERVIÇO DA MÁQUINA DE PROPAGANDA DE UM GOVERNO MENTIROSO... Meu amigo, vá trabalhar para a estiva e saberá o que custa a vida...

sexta-feira, agosto 25, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Quem é este? Próximo Secretário de Estado do Ministério da Admnistração Interna? Só pode! Com que então é de somenos o impacto ambiental! Deixa-me rir! Palavra que fiquei com a sensação, na primeira entrevista no local à TV deste sr., que seria um incendiário pelo seu aspecto desleixado!

sexta-feira, agosto 25, 2006  

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