quinta-feira, agosto 24, 2006

Democracias.

"O PCP demitiu ontem o presidente da Câmara de Setúbal. Meticulosamente, no último fim-de-semana, os comunistas fizeram constar que estavam a avaliar o mandato de Carlos de Sousa. O secretário-geral veio depois a público dizer que o autarca é um homem sério, mas que o partido estava a ponderar o trabalho realizado. Alguns dias passaram e o fim anunciado de Carlos de Sousa confirmou-se. E o PCP nem sequer deu oportunidade ao sentenciado de ser ele a anunciar o seu sacrifício em primeira mão. O edil tinha marcado uma conferência de imprensa, mas o seu partido antecipou-se. De madrugada, emitiu um comunicado para divulgar a saída do presidente e de um vereador. Obediente à disciplina partidária, Carlos de Sousa não disfarçou porém a surpresa. Foi demitido pelo partido em nome da necessidade de "renovação". O mesmo partido que apenas há 10 meses o apresentou ao eleitorado pela segunda vez...

Carlos de Sousa e o PCP sabem há muito que a Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) detectou graves irregularidades na autarquia. O DN divulgou-as em 31 de Outubro do ano passado. De pouco vale agora procurarem conspirações atabalhoadas. Até porque se não foi por causa das consequências da auditoria da IGAT, que apontavam para a possibilidade de perda de mandato do presidente da Câmara de Setúbal e a dissolução do executivo camarário, que outra razão grave levou o PCP a afastar o autarca
?"

DN

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