quarta-feira, agosto 09, 2006

A nossa Al jazeera.

"Há algumas semanas um dos mais lúcidos analistas internacionais confrontava-nos com o advento de uma nova desordem multipolar mundial. Timothy Garton Ash assinalava assim o fim da supremacia dos EUA ao constatar a impotência americana para, por si só, impor um cessar-fogo no Líbano. A hiperpotência, a nova Roma, o exército mais poderoso alguma vez visto, o pólo vencedor da Guerra Fria, atolou-se no Iraque e tem sido incapaz de contornar novas e velhas forças emergentes É incompreensível que Israel não tenha percebido que a sua melhor defesa passa pela coexistência com um Estado palestiniano. Hoje, quando ataca o Hezbollah, arrisca-se a transformar a frágil federação de sensibilidades libanesas num Hezbollah mais poderoso. Nos anos 80, a ocupação israelita empurrou os libaneses para os braços sírios. Hoje, após uma visível recuperação democrática, o Estado libanês corre o risco de se desmoronar e tornar-se terreno fértil para o terrorismo. É por isso que o risco de um confronto nuclear vai sendo mais plausível. Para já, a guerra transformou-se numa trágica condição de vida. Os bombardeamentos prosseguem imparáveis enquanto, cinicamente, as grandes potências parecem ocupadas na diplomacia. Parafraseando Garton Ash, bem-vindos à nova desordem multipolar mundial. "

António José Teixeira no DN

Sabe-se da dificuldade existente na tradução de textos em inglês. Não é para qualquer um. Afirma Timothy:

"In the past few weeks there has been something utterly surreal about the US continuing to allow the Israeli military to pummel Hizbullah, and kill women and children along the way, while insisting that Washington's purpose is to strengthen the legitimate, democratic government of Lebanon (ler aqui). "

"Developments in information technology and globalised media mean that the most powerful military in the history of the world can lose a war, not on the battlefield of dust and blood, but on the battlefield of world opinion. If you look at the precipitate decline in US popularity since 2002, charted by the Pew Global Attitudes polls even in countries traditionally sympathetic to Washington, you could argue that this is what has been happening to the US.

The net effect of these very disparate trends is to reduce the relative power of established western states, above all of the US. Little remarked by much of the world, and obscured by the continued warlike rhetoric that I wrote about two weeks ago, the Bush administration has in fact adjusted to this reality in the president's second term. Since 2005, in an approach crafted by Rice, it has tackled not just the two other members of the "axis of evil", Iran and North Korea, but also most other challenges, through multilateral diplomacy - though always insisting that the option of using force remains on the table.

This approach has been handicapped by the massive concentration of time and resources on Iraq, and by a reluctance to engage in direct, bilateral negotiations with nasty regimes such as Iran, but the American foreign policy of 2006 is certainly very different from that of 2003, as the Iraq war was launched
(ler aqui)."

Afirma o autor parafraseando que o declínio americano do EUA começou em 2002. A guerra do Iraque em 2003. Já agora. Que pena não parafrasear Timothy Garton Ash quando ele afirma "We need a European approach to supporting democracy in Iran (ler aqui)". Mas isso não interessa.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Nós" é a voz da nova america para a nova europa, como nova iorque se deveria chamar de outra forma.
A velha américa morreu há muito com a corrupção dos políticos pelos detentores do verdadeiro poder, o mesmo com a nova europa, portanto a onu não existe, o resto são tretas, mas não as de pacheco, essas são de encomenda.
Tudo com letra minúscula.
Teixeira sempre foi um retardado, mas não façam de todos retardados, se faz favor.

quarta-feira, agosto 09, 2006  

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