O PS não é um mar de rosas
"Em plena maioria absoluta, qualquer cidadão no seu perfeito juizo perguntará: “Para que raio interessa um congresso do PS?” E pergunta bem. Até ver, José Sócrates continua a sua caminhada no poder, mais dependente do crescimento da economia do que do sucesso de uma oposição amarrada a um Parlamento monocolor. Ainda assim, o mesmo Sócrates comprometeu-se não só a um congresso (obrigatório) do partido, mas também a apresentar a sua moção de estratégia por todo o país socialista. São horas de esforço, quilómetros infindáveis de deslocações, sujeição a perguntas incómodas ou a pedidos - tão improváveis como incumpríveis para quem chefia um Governo.
Assim, voltamos à pergunta inicial: tanto esforço porquê? Porque uma maioria absoluta nunca é um dado adquirido em democracia. Porque o mundo socialista não é, nunca foi, um mar de rosas para qualquer líder. E porque o aparelho do PS é insuspeito de sofrer de amores pelo seu actual líder. Aplaude-o porque ele estava no caminho certo na hora certa; porque ele conseguiu a primeira maioria da sua história; e porque os portugueses continuam a garantir-lhe uma popularidade imprevista há ano e meio. O que precisa Sócrates do PS? Tudo. Porque é o partido que lhe pode garantir mais três anos de poder. E porque sem esse apoio, não haverá sondagem que lhe valha o poder."
Ricardo Domingos, Bruno Proença e David Dinis
Assim, voltamos à pergunta inicial: tanto esforço porquê? Porque uma maioria absoluta nunca é um dado adquirido em democracia. Porque o mundo socialista não é, nunca foi, um mar de rosas para qualquer líder. E porque o aparelho do PS é insuspeito de sofrer de amores pelo seu actual líder. Aplaude-o porque ele estava no caminho certo na hora certa; porque ele conseguiu a primeira maioria da sua história; e porque os portugueses continuam a garantir-lhe uma popularidade imprevista há ano e meio. O que precisa Sócrates do PS? Tudo. Porque é o partido que lhe pode garantir mais três anos de poder. E porque sem esse apoio, não haverá sondagem que lhe valha o poder."
Ricardo Domingos, Bruno Proença e David Dinis
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