quinta-feira, novembro 09, 2006

A democracia e a homeopatia do sítio

As ratazanas por aqui subiram do rio e fizeram uma incursão pelo galinheiro, por enquanto apenas devoram o milho e o trigo. Como homem previdente, e cauteloso, o daqui do sítio onde vivo , porque no caso, a vingança se serve fria, ou seja, o troco pelo prejuízo causado, dá origem a um jogo, no caso, de homem e de rato. Primeiro, espera que se sintam à vontade, sem comida à disposição depois de ter sido abundante, surge a oportunidade quando a dificuldade aumenta e a fome aperta, e com a arapuca bem armada e o isco comido com avidez, o veneno passará a elas e às crias pelo leite.

Dizia o humano do sítio, que as mata a tiro, caça com gato, mata-as pelo fogo ou pelo laço e outras por veneno chamado de cumarina, usado pelos humanos que necessitam ter o sangue fino quando uma válvula funciona mal, e é substituída, daquelas que Deus lhes deu.

Portanto como a Moral, o Bem e o Mal, o longe e o perto é tudo uma questão de ponto de vista, uma questão de linguística, dando aqui como um exemplo, em como um veneno, pode ser uma cura, é uma questão de dose, ou de intenção.

No caso do sítio à beira mar plantado, e a que chamam de Portugal, enquanto os espanhóis quiserem, os garçons deste mundo, os maçons iberistas confessos, os democratas de todas as cores e feitios, em suma os portadores de todos os venenos que primeiro chamaram de liberalismo, depois de republicanismo e por fim de democracia parlamentarista, foram comendo do bom e do melhor, continuam a comer, irão dar às crias e aos nepotes incapazes tudo o que lhes não pertence, e eu, pobre Toupeira, não compreendo como ainda não se começaram a armar os laços para apanhar e condenar estes ladrões de esperanças e de sonhos, porque na minha comunidade, são eliminados os parasitas, sem perdão, de tal forma que se perdeu no tempo a forma, e a dor, e assim, todos têm a sua função e todos são respeitados, porque a moral é construída a partir da lembrança da dor e dos tormentos passados por quem pisa o risco.

…Ver no código penal de um povo uma expressão do seu carácter é equivocar-se grosseiramente; as leis não revelam aquilo que um povo é , mas aquilo que lhe parece estranho, esquisito, monstruoso, exótico. A lei refere-se às excepções, à moralidade dos costumes, e as penas mais duras atingem o que está de acordo com os costumes da nação vizinha…”

“…As épocas de corrupção são aquelas em que as maçãs caem da árvore: quero dizer os indivíduos, aqueles que carregam em si o sémen do futuro, os promotores da colonização intelectual, os que querem modificar as relações entre Estado e a sociedade. A palavra corrupção só é um termo injurioso quando designa os Outonos de um povo. …”


Nietzsche in A gaia ciência

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