quinta-feira, novembro 30, 2006

Os dentes por partir


O parlamentarismo, quer dizer, a permissão oficial de escolher entre cinco opiniões políticas, insinua-se particularmente no favor dessa multidão de pessoas que muitos gostariam de parecer independentes, pessoais, e fazer figura de homens que lutam pelas suas ideias. Mas importa pouco, no fundo, que imponha ao rebanho uma única opinião ou que se lhe permitam cinco; aquele que não partilha de nenhuma das cinco e vai pôr-se de lado tem sempre o rebanho contra ele. “
Nietzsche in A gaia ciência

Dizia um humano do sítio perto onde vivo:

Acabou ou está no fim, o debate do chamado Orçamento de Estado do Sítio, ou seja, uma coisa em que colocam uns números e umas tabelas, que se podem sempre alterar, ou através de orçamentos suplementares ou não pagando aos fornecedores.

Os criadores dos monstros vão sossegar os velhinhos através de subsídios pelo facto de serem velhinhos e como a sociedade mudou, e muito, a consciência social também.
Aqui, quando falo em consciência social, não falo daquela inventada pelos ingleses e depois levada à prática pelos franceses, que as defenderam com unhas e dentes, literalmente.

A consciência social de que falo é a das famílias que recebem mais um subsidiozinho, por causa do velhinho e que depois o gastam em proveito próprio, coisas de populações em que a miséria é a moral de facto, ensinada pelos arautos que defendem que o estado é que tem obrigação de amamamentar, de criar, de cuidar e de pagar o aborto em caso de deslize, de lenha ou de prostituição doméstica, porque o orçamento familiar, com semelhanças ao do estado do sítio estará sujeito às mesmas regras.

Hoje, no país moderno e democrático, e temos que dar ênfase ao termo, porque a propaganda tem de ser feita ao modelo acabado e os exemplos são por esse mundo fora a regra, porque infelizmente a excepção existe algures no grande caldeirão formado pelos regimes que refiro e o caldo irá decerto entornar, provocado sempre por cataclismos sociais ou naturais. Como somos humanos, e logo impacientes, queremos que as coisas mudem apenas porque falamos, mais ou menos alto, mas não é pelo facto de vociferarmos ou praguejarmos que as coisas acontecem, mas ao menos faz bem à alma e ao corpo.

A prostituição, dos servidores do estado do sítio eleitos, aos interesses exteriores ao mesmo, será caso de polícia ou de perguntador ou ouvidor, mas isso é estória para velhinha ver na novela da manhã à noite, ou coisa da consciência dos que a devem ter e esta, para ser ouvida, por vezes, é caso de desobediência, civil ou a que quiserem.
Assim, vemos crescer o número de eólicas espalhadas por essas serras fora, colocadas pelos espanhóis, feitas com mão de obra espanhola, com lucro para os espanhóis e a pagar pelos ursos dos por enquanto portugueses, graças aos mouras que por aí andam e aos que permitem que eles por aí andem.

Vamos ver o húngaro primeiro ministro dizer que é socialista, que não é liberal, que vai defender os velhinhos, os deficientes pobrezinhos, porque os outros, sendo mais ou menos ricos, ou menos pobres que os pobres mais pobres, podem morrer com maior dignidade, uma pitadinha mais , é certo, como se a morte tivesse alguma dignidade...
Mas esta, é a visão dos que defendem uma moralidade distorcida e devem ensinar o povinho de forma a voltar a votar bem. A moralidade de quem não tem coragem de chamar aborto ao aborto, e chama-lhe, interrupção, como se a coisa voltasse a decorrer dentro de momentos, até estará certa, porque será uma forma de substituir o contraceptivo e esconder a quantidade imensa de cornudos em que este país se transformou, afinal é moda, como ser paneleiro, sendo parafilia e desajuste o ser heterossexual, coisa que as maçonarias no seu melhor estilo sempre souberam fazer, manipular consciências e ter os membros com rédea curta ( as ideias francesas que não são francesas, são do povo eleito…).

As oposições vão defender ou fazer de conta, com o anão mal documentado de propósito, o decrépito do PC com baba ao canto da boca a vociferar pelos trabalhadores e contra os patrões, o seminarista envergonhado a falar que até vai levar um sem abrigo para casa e dar-lhe de comer, dormida e não sei que mais o quê… e de tudo, o mais enternecedor, o ar angélico e paciente, muito feminino e matriarcal do que faz de primeiro ministro, com um sorriso, sempre, de vez em quando a querer defender a honra perdida, levantando a mãozinha partida e a vozinha a fugir para o indefinido.

Assim pela enésima vez, os que pagam impostos vão ficar a saber que vão pagar mais, não sabem é para onde vai o dinheiro.

De Belém virá a assinatura de cruz ou então uma pequena verificação de constitucionalidade, feita por uma coisa chamada de tribunal. A trampa continua dentro de momentos, a manelinha e o outro aguardam para vir salvar o sítio.
Portanto como a Moral, o Bem e o Mal, o longe e o perto é tudo uma questão de ponto de vista, uma questão de linguística, dando aqui como um exemplo, em como um veneno, pode ser uma cura, é uma questão de dose, ou de intenção.

No caso do sítio à beira mar plantado, e a que chamam de Portugal, enquanto os espanhóis quiserem, os garçons deste mundo, os maçons iberistas confessos, os democratas de todas as cores e feitios, em suma os portadores de todos os venenos que primeiro chamaram de liberalismo, depois de republicanismo e por fim de democracia parlamentarista, foram comendo do bom e do melhor, continuam a comer, irão dar às crias e aos nepotes incapazes tudo o que lhes não pertence, e eu, pobre Toupeira, não compreendo como ainda não se começaram a armar os laços para apanhar e condenar estes ladrões de esperanças e de sonhos, porque na minha comunidade, são eliminados os parasitas sem perdão.

…Ver no código penal de um povo uma expressão do seu carácter é equivocar-se grosseiramente; as leis não revelam aquilo que um povo é , mas aquilo que lhe parece estranho, esquisito, monstruoso, exótico. A lei refere-se às excepções, à moralidade dos costumes, e as penas mais duras atingem o que está de acordo com os costumes da nação vizinha…”

“…As épocas de corrupção são aquelas em que as maçãs caem da árvore: quero dizer os indivíduos, aqueles que carregam em si o sémen do futuro, os promotores da colonização intelectual, os que querem modificar as relações entre Estado e a sociedade. A palavra corrupção só é um termo injurioso quando designa os Outonos de um povo.
…” Nietzsche in A gaia ciência

Divulgue o seu blog!