"Só existe uma coisa que as companhias de aviação mais temem além do preço do petróleo: os ataques terroristas. Nenhuma delas parece afectar a britânica easyJet, que continua a bater-se ‘taco-a-taco’ com a irlandesa Ryanair pela liderança do mercado de companhias ‘low cost’. A mesma companhia inglesa, que em Agosto deste ano viu as suas operações seriamente comprometidas com o encerramento dos aeroportos ingleses depois da ameaça de novos atentados terroristas, anunciou ontem que pretende acrescentar 52 novos aviões à sua frota até 2010. Dinheiro não lhe falta – tendo registado no último ano lucros recorde de 190,8 milhões de euros – e os europeus continuam dispostos a pagar menos pelas suas viagens de avião, mesmo que isso implique prescindir de algumas regalias. Só no ano passado, o número de passageiros da EasyJet cresceu para os 33 milhões. E, ao contrário das transportadoras aéreas de bandeira, que trimestre após trimestre se vão lamentando com os aumentos do preço do petróleo nos mercados internacionais para justificar resultados menos bons, as ‘low cost’ continuam a apresentar lucros, mesmo que a factura com os combustíveis não pare de aumentar. Numa altura em que as grandes companhias mundiais procuram encontrar soluções para garantir a sustentabilidade das suas operações, talvez fosse bom olhar para o fundo da cadeia para aprender alguns truques de gestão. "
Pedro Marques Pereira com Hermínia Saraiva e David Dinis
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