Resignação.
"Não estarão as cerimónias comemorativas do 25 de Abril a converter-se num ritual que já pouco diz aos nossos concidadãos?"."Muito do que de errado existe em Portugal e com que nos resignamos depende de decisões políticas e da cultura do poder. Acontece que a nossa classe política está ela própria resignada. Não muda o que tem de mudar, evita o mais difícil e continua impavidamente a contemplar o mundo sem uma ideia sobre o seu impacto no País. De resto, a vida política, sempre opaca, não anima. A quantidade de políticos, de ministros a secretários de Estado, de deputados a presidentes de câmara, que nos últimos 30 anos tomaram decisões irresponsáveis, ocuparam cargos para que não se tinham previamente preparado, usaram o poder só para favorecer interesses particulares, é assombrosa. A resignação é um destino. Até com as mentirinhas públicas do primeiro-ministro sobre a sua licenciatura uma pessoa se resigna."
Cavaco Silva no discurso comemorativo do 33.º aniversário do 25 de Abril
Pedro Lomba no DN
9 Comments:
Eu nasci em 1987 e, para mim, o 25 do 4 não significa mais do que mais uma das inúmeras oportunidades que este país já teve para se pôr no caminho do sucesso...e como todas as outras não é mais que uma oportunidade perdida!!Mais valia terem estado quietos!!Resignado já eu estou e pronto a fazer as malas para fora daqui!!
Quando alguém como o PR assobia para o lado, pensando talvez num eventual segundo mandato, perante as trapalhadas deste governo que pôem em causa os direitos, liberdades e garantias do povo Português, que se pode esperar de uma juventude que foi treinada para olhar para o 25 de Abril como um dos maiores males da nossa história senão a sua indiferença e resignação.
Não há saída. bem podemos protestar, mas não dá nada. Por outro lado o Ex.mo Senhor Silva digníssimo Presidente assina tudo o que vem do Governo. Mas depois não é responsável pelas consequências. Acreditar em quê?.
Deve estar a brincar o Ex.mo Senhor Silva.
Não há saída. bem podemos protestar, mas não dá nada. Por outro lado o Ex.mo Senhor Silva digníssimo Presidente assina tudo o que vem do Governo. Mas depois não é responsável pelas consequências. Acreditar em quê?.
Deve estar a brincar o Ex.mo Senhor Silva.
Os jovens não devem estar à espera da "sopinha" do governo que os quer alienar e submetê-los a programas de exploração e escravidão supostamente apoiados por "fundos europeus".Revoltem-se, seus morcões.Façam como os vossos pais e avós.Lutem nem que seja à pancadaria.O futuro não vos vai chegar pela internet.
Lutem pelo que têm direito.Não se deixem subjugar por ideologias permissivas e ideologicamente contaminadas.Foi para isso que se fez o 25 de Abril.Deixem de estarem sentados com o rabo a comer fast-food "envenenados" e lutem pelo vosso emprego, casa e família.Não se deixem amolecer!
Muito bem Sr JMS. Tem carradas de razão naquilo que diz. Para eles, mandar bitaites a puxar o lustro aos jovens, é fácil. Sem querer retirar uma vírgula ao que disse o Sr PR. Mas a realidade é esta: NEGRA COMO A NOITE. Estes políticos de meia tijela que nos desgovernam, estão a necessitar duma lição. E essa, só nas urnas pode ser dada. Realmente, isto parece uma república das bananas. Só se safa que tem acesso ao tal sr Cunha. Aos pobres desempregados, resta apresentarem-se quinzenalmente no Centro de Emprego e receberem um papel carimbado a registar a presença. Não vão eles ir de férias até ao Quénia. Em casa é que têm de ficar. E é se não querem perder o subsídio. Até lhes mandam cartas registadas, para depois lhes comunicarem o que já lhes tinham comunicado há meses atràs. Ridículo. E assim, dá-se mais uns empregozinhos a uns tantos e outras tantas, para repetirem o que já foi feito. A isto, chamam eles eficiência. Eu, chamar-lhe-ia incompetência. O que eles não conseguem, é arranjar trabalho a quem precisa e quer trabalhar. Aos pobres desempregados, resta terem de andar feitos pedintes, a bater à porta das empresas e solicitar que lhes passem um papelinho a atestar que fulano esteve lá a pedir trabalho. Não é que seja vergonha procurar trabalho, mas comparar esta situação com os arranjinhos para os afilhados e afilhadas é simplesmente HUMILHANTE. Por mim, estou farto. Infelizmente, a idade já não me permite grandes voos. Tenho de aguentar conforme posso. Tenho pena é dos jovens deste país, que não têm grande futuro à sua frente, nesta selva ( outrora jardim), à beira-mar plantado.
Desde o dia 25 de Abril de 1974, foi a primeira vez que não gostei de ouvir o discurso de um Presidente da República sobre as comemorações de tão importante data. Discordo da opinião do Presidente Aníbal Cavaco Silva!
Todavia, compreendo e partilho a opinião de que o 25 de Abril não é exclusivo nem propriedade de ninguém, nem é mais de uns do que de outros. O 25 de Abril é de todos os portugueses!
Mas se o Presidente da República manifesta reservas contra o actual molde em que se têm vindo a efectuar as comemorações, qual o tipo de comemorações que se deverá fazer? Não explicou!
"PORTUGAL ESTÁ A RECUPERAR"! DIZ O SR. SÓCRATES, o brilhante aluno da UnI.
ESTÁ, ESTÁ, COM O DINHEIRO DOS IMPOSTOS QUE ATIROU PARA O BOLSO DOS REFORMADOS, DOENTES E CIDADÃOS TRABALHADORES, PARA DEPOIS VIRMOS A DESCOBRIR AS "MAROSCAS" QUE AQUELE SENHOR, COM OS SEUS AMIGOS FIZERAM NA CAMINHADA POLITICA:
DEIXE-NOS EM PAZ, META A MÃO NA CONSCIÊNCIA E VÁ PREGAR PARA O DESERTO!
«É uma das coisas que me preocupa, rapaz, teres de ir para a tropa. Às vezes penso que mais valia teres nascido rapariga!» Eram estas as palavras os jovens rapazes ouviam antes do 25 de Abril, quando um lunático chamado Salazar pensava, na sua plena inconsciência e ingenuidade, que iria manter as ex-colónias para sempre recorrendo à matança de soldados, muitos dos quais jamais regressariam a Portugal com vida. Recordo-me ainda do pavor espelhado na cara de um vizinho quando uma noite a rua acordou em sobressalto porque só se podia estacionar do lado direito e encontravam-se carros dos dois lados. Uma sirene acordou toda a gente, mas o pensamento inicial foi que se tratava de alguma operação de grande envergadura por parte da Pide... afinal apenas estavam a exigir que retirassem os carros mal estacionados. Ainda hoje, a diferença dos portugueses para o resto da Europa é provocada pelo regime a que foram submetidos. Em França, se ouvem uma sirene dizem que vai ali uma ambulância, em Portugal ainda hoje se ouve dizer que deve ser a polícia. Medo, medo, medo. As conversas, essas eram sempre as mesmas, os mais velhos falavam dos negócios, já naquele tempo os comerciantes diziam que a vida estava má, apesar de nunca os ter ouvido dizer outra coisa até hoje e claro, lia-se a Bola, o Diário Popular, o DN e o Expresso para os intelectuais aos Sábados. Apesar de não existirem tantos Drs como hoje, nem por isso o português clássico deixava de ter a mania das grandezas, sendo comum encontrar colegas na escola que diziam possuir sangue real ou que o pai era visconde, o tio barão ou a prima condessa de não sei quantos. Hoje uma confraria de Drs e Engs, outrora uma confraria de abrasonados. Outros tempos mas a necessidade de «show off» já vem de longe, assim como a preocupação mesquinha em investigar se a vizinha Amélia ou a filha da Gertrudes já é doutora ou se não saiu da cepa torta. Mudou-se o regime mas nem por isso a mentalidade sofreu grandes mudanças. Os portugueses continuam a ler e interpretar as notícias do mesmo modo que o faziam nessa época, absorvendo o superficial mas jamais meditando na epiderme da informação onde jaz aquilo que é importante perceber. Tal como as palavras do Prof. Cavaco Silva com as quais concordo inteiramente, hoje é necessário apostar na qualidade, no rigor, na ética e na qualificação, algo com um significado tão profundo quanto a interpretação que lhes podemos dar, esperando que essa reinvenção do sistema político não parta por mais golpes de Estado constitucionais do género dos que aconteceram ao governo anterior, algo a que já vamos sendo habituados e enquanto nos divertimos com governos, jogos de cintura e eleições, os outros povos europeus, mais espertos e onde a classe política tem cérebros mais brilhantes, vão desenvolvendo os seus países remetendo-nos cada vez mais para um lugar que deveríamos evitar a todo o custo, o refugo da Europa. Contrariamente a Sócrates, gostei e não gostei das palavras do sr. PR, porque se rigor, ética e qualidade podem considerar-se como parte de um discurso normal, já o termo qualificação, nos tempos que decorrem e atendendo ao panorama político actual, dão azo a inúmeras interpretações, umas boas e outras nem tanto.
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