A quarentena e as cenas tristes dos súbditos de sua majestade.
Quarentena por uma cadelinha
Os ingleses e aqui o termo abrange um grande rebanho com várias raças, decidiram apanhar a cadela de Mourinho e queriam obrigar o homem a entregar a cadela, que é, ao que parece e bem, membro da família.
A consciência não é coisa que se cultive nesse país, a não ser a má.
É claro que podem já começar a pensar que não morro de amores por aquela gente, o que é verdade. É um rebanho do qual não gosto, apenas de algumas ovelhas ranhosas, que de vez em quando, destoam.
A história não teria graça, se não fosse caricata.
Pouco haverá a acrescentar, apenas que Mourinho não se portou como um vulgar homem de rebanho, honra lhe seja feita, perante a arrogância e a hipocrisia dos súbditos de Sua Majestade. Ficamos assim a conhecer a eficácia da Scotland Yard em relação a casos com cachorrinhos e pelos vistos da sua ineficácia em perseguir quem deveriam e de informar sobre quem deixam sair, por exemplo predadores humanos ou homo rapiens. Sobre isso as bestas podem sair e incomodar os outros, já não é nada com eles e com os seus. São exímios em exportar democracia, o Iraque é disso exemplo, entre muitas outras vergonhas. Pelo meio fazem o que sempre fizeram, pilham. A História fala disso e nós por vezes, demasiadas vezes, disso fomos vítimas.
Diria então, a partir desta história, se este sítio, falo de Portugal, se lembrasse de colocar de quarentena todos os cidadãos ingleses, para verificar então, quais os que são ligados a redes pedófilas, os que sofrem de ataques de caspa, de bebedeiras de mau feitio e que por vezes se assemelham a ataques de raiva em estado avançado, o que deverá decerto levar ao excesso de zelo das sanitárias autoridades, e por maioria de razão, poder-se-ía alargar esta quarentena a outros tantos países. Falo disto, porque ao que parece, segundo as informações a partir do caso triste da criança desaparecida no Algarve, se ter dito que tinha havido excursão de centenas destes espécimes (pedófilos), decerto, para se juntarem aos que cá existem, e que tão bem são protegidos, e se não aplaudidos, por aquilo que se pode chamar de gente bem colocada, mas adiante. Nos tempos de Camilo seriam chamados de “A corja”, mas não sei bem porquê…
É claro que estas palavras podem ser classificadas como uma parábola de mau gosto, reconheço. Mas perante a piroseira dos súbditos de sua majestade nada mais me ocorre.
“ Não são uma raça filosófica – esses ingleses: Bacon significa um ataque ao espírito filosófico enquanto tal, Hobbes, Hume e Locke um rebaixamento e uma desvalorização do conceito de “filósofo” por mais um século. Contra Hume ergueu-se e levantou-se Kant; Locke de quem Schelling podia dizer: “ Je méprise Locke”; na luta contra a tendência mecanicista dos ingleses para estupidificar o mundo estiveram de acordo Hegel e Schopenhauer (com Goethe) esses dois génios irmãos hostis na filosofia, que se afastaram para os dois pólos opostos do espírito alemão e se tratavam injustamente, como só irmãos cabalmente o fazem. (…)
O carácter tosco e a seriedade rústica dos ingleses são mais suportavelmente mascarados, ou antes: explicados e reinterpretados na linguagem mímica cristã e nas rezas e entoação dos salmos; e para aquele rebanho de bebedos e devassos que outrora aprendia a grunhir moralmente sob a violência do metodismo (…)
(…) O abismo entre saber e poder é talvez maior, mesmo mais inquietante do que se pensa: aquele que pode realizar algo em grande estilo, o criador, terá de ser possivelmente ignorante, - ao passo que por outro lado, para descobertas científicas à maneira de Darwin uma certa estreiteza, secura e cuidado aplicado, enfim, um carácter inglês, seguramente que não disporá mal.
- Não esqueçamos, por fim, que os ingleses já uma vez causaram, com a sua profunda mediocridade, uma depressão global do espírito europeu; aquilo a que se chama «as ideias modernas» ou as «ideias do século dezoito» ou também «as ideias francesas» - aquilo, pois, contra o que espírito alemão se insurgiu com profundo nojo -, isso era de origem inglesa, não cabe duvidar. Os franceses apenas foram os macacos imitadores e comediantes destas ideias, também os seus melhores soldados, e, também infelizmente, as suas primeiras e mais radicais vítimas: pois que com a anglomania condenável das «ideias modernas», a ame française diluiu-se e emagreceu tanto que hoje nos recordamos quase com incredulidade dos seus séculos dezasseis e dezassete, da sua profunda força passional, da sua engenhosa aristocracia. Mas tem de se segurar com ambas as mãos esta afirmação de justiça histórica e defendê-la com unhas e dentes contra o instante e a aparência visível: a noblesse europeia – do sentimento, do gosto, dos costumes, enfim, tomada a palavra emsentido elevado – é obra e invenção da França, a vulgaridade europeia, o plebeísmo das ideias modernas – da Inglaterra.” Nietzsche em “ Para além do bem e do mal”
Os ingleses e aqui o termo abrange um grande rebanho com várias raças, decidiram apanhar a cadela de Mourinho e queriam obrigar o homem a entregar a cadela, que é, ao que parece e bem, membro da família.
A consciência não é coisa que se cultive nesse país, a não ser a má.
É claro que podem já começar a pensar que não morro de amores por aquela gente, o que é verdade. É um rebanho do qual não gosto, apenas de algumas ovelhas ranhosas, que de vez em quando, destoam.
A história não teria graça, se não fosse caricata.
Pouco haverá a acrescentar, apenas que Mourinho não se portou como um vulgar homem de rebanho, honra lhe seja feita, perante a arrogância e a hipocrisia dos súbditos de Sua Majestade. Ficamos assim a conhecer a eficácia da Scotland Yard em relação a casos com cachorrinhos e pelos vistos da sua ineficácia em perseguir quem deveriam e de informar sobre quem deixam sair, por exemplo predadores humanos ou homo rapiens. Sobre isso as bestas podem sair e incomodar os outros, já não é nada com eles e com os seus. São exímios em exportar democracia, o Iraque é disso exemplo, entre muitas outras vergonhas. Pelo meio fazem o que sempre fizeram, pilham. A História fala disso e nós por vezes, demasiadas vezes, disso fomos vítimas.
Diria então, a partir desta história, se este sítio, falo de Portugal, se lembrasse de colocar de quarentena todos os cidadãos ingleses, para verificar então, quais os que são ligados a redes pedófilas, os que sofrem de ataques de caspa, de bebedeiras de mau feitio e que por vezes se assemelham a ataques de raiva em estado avançado, o que deverá decerto levar ao excesso de zelo das sanitárias autoridades, e por maioria de razão, poder-se-ía alargar esta quarentena a outros tantos países. Falo disto, porque ao que parece, segundo as informações a partir do caso triste da criança desaparecida no Algarve, se ter dito que tinha havido excursão de centenas destes espécimes (pedófilos), decerto, para se juntarem aos que cá existem, e que tão bem são protegidos, e se não aplaudidos, por aquilo que se pode chamar de gente bem colocada, mas adiante. Nos tempos de Camilo seriam chamados de “A corja”, mas não sei bem porquê…
É claro que estas palavras podem ser classificadas como uma parábola de mau gosto, reconheço. Mas perante a piroseira dos súbditos de sua majestade nada mais me ocorre.
“ Não são uma raça filosófica – esses ingleses: Bacon significa um ataque ao espírito filosófico enquanto tal, Hobbes, Hume e Locke um rebaixamento e uma desvalorização do conceito de “filósofo” por mais um século. Contra Hume ergueu-se e levantou-se Kant; Locke de quem Schelling podia dizer: “ Je méprise Locke”; na luta contra a tendência mecanicista dos ingleses para estupidificar o mundo estiveram de acordo Hegel e Schopenhauer (com Goethe) esses dois génios irmãos hostis na filosofia, que se afastaram para os dois pólos opostos do espírito alemão e se tratavam injustamente, como só irmãos cabalmente o fazem. (…)
O carácter tosco e a seriedade rústica dos ingleses são mais suportavelmente mascarados, ou antes: explicados e reinterpretados na linguagem mímica cristã e nas rezas e entoação dos salmos; e para aquele rebanho de bebedos e devassos que outrora aprendia a grunhir moralmente sob a violência do metodismo (…)
(…) O abismo entre saber e poder é talvez maior, mesmo mais inquietante do que se pensa: aquele que pode realizar algo em grande estilo, o criador, terá de ser possivelmente ignorante, - ao passo que por outro lado, para descobertas científicas à maneira de Darwin uma certa estreiteza, secura e cuidado aplicado, enfim, um carácter inglês, seguramente que não disporá mal.
- Não esqueçamos, por fim, que os ingleses já uma vez causaram, com a sua profunda mediocridade, uma depressão global do espírito europeu; aquilo a que se chama «as ideias modernas» ou as «ideias do século dezoito» ou também «as ideias francesas» - aquilo, pois, contra o que espírito alemão se insurgiu com profundo nojo -, isso era de origem inglesa, não cabe duvidar. Os franceses apenas foram os macacos imitadores e comediantes destas ideias, também os seus melhores soldados, e, também infelizmente, as suas primeiras e mais radicais vítimas: pois que com a anglomania condenável das «ideias modernas», a ame française diluiu-se e emagreceu tanto que hoje nos recordamos quase com incredulidade dos seus séculos dezasseis e dezassete, da sua profunda força passional, da sua engenhosa aristocracia. Mas tem de se segurar com ambas as mãos esta afirmação de justiça histórica e defendê-la com unhas e dentes contra o instante e a aparência visível: a noblesse europeia – do sentimento, do gosto, dos costumes, enfim, tomada a palavra emsentido elevado – é obra e invenção da França, a vulgaridade europeia, o plebeísmo das ideias modernas – da Inglaterra.” Nietzsche em “ Para além do bem e do mal”
1 Comments:
Peço desculpa pela inoportunidade, mas está aí uma guerra bem mais deselegante: os brasileiros querem eliminar a entrada "Blogosfera Portuguesa" na "Wikipédia" (!)
Não sei se é apenas uma guerra do sotaque, mas agradeço a todos os registados, e com direito de voto, que o vão lá exercer.
Isto está negro...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:P%C3%A1ginas_para_eliminar/Blogosfera_Portuguesa/
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