"Ontem foi um dia estranho para a justiça, em Portugal. E um tanto ou quanto esquizofrénico. Um juiz decidiu esclarecer o público, falando com os jornalistas sobre uma sentença polémica - relacionada com pedofilia, uma matéria sensível. Fez, portanto, aquilo que se tem pedido ao sector da justiça, que saia do seu castelo de mármore e se explique. Mas a explicação causou ainda mais polémica que a sentença. No Porto, uma mulher foi ilibada de um crime de homicídio por ter matado com um machado o marido que a ameaçava com uma foice e a agredira nos últimos 40 anos. Uma sentença que vai de encontro ao que o senso comum ditaria neste caso. Por isso a mulher foi aplaudida em tribunal. Mas esta decisão foi imediatamente contraposta por outra, em que um homem que matou outro, atropelando-o, e fugiu, teve direito apenas a pena suspensa (mais aqui). "
Seria interessante, antes de comentarem as decisões judiciais, informarem-se da legislação vigente. Depois disso, ler as teorias que estão na concepção do direito penal. Se conseguirem chegar a alguma conclusão, as estimadas virgens ofendidas deviam explicar porque estão desiludidas com as suas criações legislativas. E não esquecerem que os juízes só meros escravos na aplicação da retórica esplanada nos códigos.
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