sexta-feira, julho 20, 2007

O Zé faz falta.

"Se lêssemos a totalidade dos programas dos candidatos às autárquicas descobriríamos que muito mais grave do que as promessas não cumpridas pode ser aquilo que os candidatos se propõem fazer, caso fossem eleitos. Por exemplo a figura do “Zé” fica muito menos simpática quando se lêem as páginas que no seu programa Sá Fernandes dedica às escolas do ensino básico.

O que aí encontramos é um intenso dirigismo, proveniente de um partido que pretende aumentar o controlo municipal sobre as famílias, impedindo-as de escolherem a escola pública que lhes for mais conveniente, e que vê na escola pública o espaço ideal para fazer proselitismo político – vejam-se, por exemplo, as linhas dedicadas à Educação para a Cidadania no seu programa. É claro que no passado as coisas tinham designações mais óbvias como Mocidade Portuguesa ou Pioneiros mas, nos tempos que correm, as aulas de Educação para a Cidadania podem vir a ser utilizadas como espaços de doutrinação. E o “Zé” sabe disso."

PÚBLICO

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