segunda-feira, agosto 06, 2007

NO MUNDO SEGUNDO BEN LADEN USA-SE "BURKA" EM VILAMOURA

"São bizarras as saudades que Ussama ben Laden e o seu número dois, Zayman Al-Zawahiri, parecem sentir da Andaluzia. Talvez antes de serem os fugitivos mais famosos do mundo os líderes da Al-Qaeda tenham um dia visitado Sevilha, Córdova ou Granada. E invejem agora esses lugares a partir do seu refúgio nas montanhas que separam o Afeganistão do Paquistão. Mas o mais provável é que vejam o antigo Al-Andaluz como território prioritário a reconquistar pelo Islão. Nas suas mensagens essa obsessão é óbvia, sobretudo para Al-Zawahiri, que o diz "sob ocupação" como o Iraque.

Os espanhóis levam muito a sério esses apelos à jihad, a guerra santa. Depois dos atentados de 11 de Março de 2004, que fizeram quase 200 mortos, têm a certeza de que o seu país é um alvo para os seguidores de Ben Laden. Ainda antes da matança de Madrid, um diplomata espanhol tinha já sido abatido no Iraque e depois dele sete agentes da secreta. Nos últimos meses, novos ataques: seis soldados espanhóis mortos no Líbano, oito turistas vítimas de um bombista suicida no Iémen. Tradicionalmente encarada como país amigo pelo mundo muçulmano, a Espanha viu-se transformada, em especial devido ao apoio à guerra no Iraque, em motivo de ódio dos jihadistas, essa minoria de fanáticos que sonha com o regresso aos tempos de Maomé na Meca do século VII. Ou à era dourada de Abderramão III, em Córdova, no século X.

O Sul de Espanha só deixou de ser muçulmano em 1492, quando Isabel e Fernando tomaram Granada e ficaram fascinados com a beleza da Alhambra. Apesar das promessas de tolerância dos Reis Católicos, milhares de muçulmanos foram então expulsos para Marrocos, Argélia ou Tunísia e ainda hoje os seus descendentes guardam as chaves das suas casas deixadas para trás. Mais mito que realidade, o regresso nunca deixou de ser invocado. Tanto mais que a prosperidade dos sete séculos de Al-Andaluz continua a contrastar com a vida difícil no Norte de África, com as costas espanholas a serem alcançadas dia sim dia não por vagas de imigrantes árabes em desespero.

Mas o Al-Andaluz de que Ben Laden e Al-Zawahiri tanto falam não é só Espanha, é também todo o Sul de Portugal. Numa entrevista ao jornal ABC, um perito espanhol em terrorismo, Fernando Reinares, lembrava que pelo seu passado islâmico os dois países ibéricos têm uma "vulnerabilidade diferencial" em relação a outros Estados da Europa. Por isso, temos de estar tão vigilantes com os espanhóis. O Algarve foi conquistado há mais de 700 anos, mas se um dia Ben Laden mandasse usava-se em Albufeira, na Praia da Rocha ou na Ilha de Faro burka, o longo manto que cobre as mulheres afegãs. E em Vilamoura também
."

Leonídio Paulo Ferreira

2 Comments:

Blogger Three Of Five said...

Esses adoradores de Maomé que venham que teremos a resposta adequada para eles!

Essa corja esteve por cá demasiado tempo a destruir. Esta não é nem nunca foi terra de árabes, esta é uma terra de Celtas!

terça-feira, agosto 07, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Lo malo es que reinstauren el Degolladero de los Cristianos........

terça-feira, agosto 07, 2007  

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