‘Road shows’
"Estar um mês sem ver ou ouvir Paulo Portas foi um autêntico milagre de Verão: ele pôde ir de férias e nós também.
Paulo Portas – A grande surpresa da estação. Mais estranho que fazer frio em Agosto, haver furacões por todo o lado ou nevar em locais improváveis, é estar um mês sem ver ou ouvir Paulo Portas. Foi um autêntico milagre de Verão: ele pôde ir de férias e nós também. Voltou pelo ‘youtube’, o que é interessante, mas foi discursar ao Porto, o que é muito desinteressante. Tem novos “quadros” com ele, tem ideias como sempre, mas não se vê qualquer crescimento desde que apeou Ribeiro e Castro.
Maria de Lurdes Rodrigues – Não sei bem onde andam os outros ministros, mas todos os dias vejo a ministra da Educação em algum jornal, rádio ou televisão. A decisão é claramente política: Sócrates quer reabilitar a sua ministra, porque precisa dela e porque ela perdeu imensa força depois dos embates iniciais. A ministra de hoje não tem nada a ver com a de 2005, em que “corporizava” a imagem do Governo. Basta vê-la na televisão. Uma imagem não nos diz tudo, mas revela muita coisa. E o Governo não pode ter uma ministra da Educação sem força.
Bloco de Esquerda – O extraordinário caso do extraordinário Verde Eufémia foi o maior erro político que o Bloco cometeu em muitos anos. A precipitação de Miguel Portas, o discurso nada cientifico de Louçã (ligeiramente obscurantista) e a surrealista entrevista de Gualter Baptista ao meu colega Mário Crespo ficam para a história. Todo o episódio foi triste e também houve muitas figuras tristes.
José Sócrates – Não percebo como é que ainda não foi a minha casa para me entregar um computador. Já o vi por todo o lado, com bandeirinhas das operadoras telefónicas, mas lá na minha rua ainda não apareceu ninguém. Ficamos à espera do nosso primeiro-ministro, desde que não traga com ele o Mugabe. A insistência no sucesso da Cimeira UE-África pode ser um erro se o governo não se descartar do líder do que ainda resta do Zimbabwe. Quanto ao resto, Sócrates pode dormir descansado. Caminha a passos largos para uma nova maioria absoluta, perdendo votos para o PCP, Bloco e abstenção e aniquilando o PSD e o CDS.
Jerónimo Sousa – Depois de tantos festivais de Verão não percebo como é que alguém ainda tem muita paciência para ir à Festa do Avante. Mas não há Festival do Sudoeste ou ‘youtube’ que demova Jerónimo. O pós-Verão do PCP faz-se no mesmo sítio, no mesmo local e à mesma hora. Para sempre.
PSD – Até 28 de Setembro caminha alegremente para a destruição. A campanha é talvez a mais pesada de sempre e a que mais dúvidas levanta. Num Congresso, a vitória de Marques Mendes era praticamente certa. Em directas ninguém sabe. E, acima de tudo, ninguém sabe (mesmo) o que vai acontecer ao PSD depois das eleições internas.
Cavaco – Depois dos vetos surgiu mais conciliador em Estrasburgo e Bruxelas. Mudou? Não, está exactamente na mesma. Basta ler os fundamentos dos vetos ou ouvir o que disse na Europa.
Ratos – Perdi alguns episódios da saga, mas parece que ficaram em Espanha. Ainda bem. Por lá há mais para roer."
Ricardo Costa
Paulo Portas – A grande surpresa da estação. Mais estranho que fazer frio em Agosto, haver furacões por todo o lado ou nevar em locais improváveis, é estar um mês sem ver ou ouvir Paulo Portas. Foi um autêntico milagre de Verão: ele pôde ir de férias e nós também. Voltou pelo ‘youtube’, o que é interessante, mas foi discursar ao Porto, o que é muito desinteressante. Tem novos “quadros” com ele, tem ideias como sempre, mas não se vê qualquer crescimento desde que apeou Ribeiro e Castro.
Maria de Lurdes Rodrigues – Não sei bem onde andam os outros ministros, mas todos os dias vejo a ministra da Educação em algum jornal, rádio ou televisão. A decisão é claramente política: Sócrates quer reabilitar a sua ministra, porque precisa dela e porque ela perdeu imensa força depois dos embates iniciais. A ministra de hoje não tem nada a ver com a de 2005, em que “corporizava” a imagem do Governo. Basta vê-la na televisão. Uma imagem não nos diz tudo, mas revela muita coisa. E o Governo não pode ter uma ministra da Educação sem força.
Bloco de Esquerda – O extraordinário caso do extraordinário Verde Eufémia foi o maior erro político que o Bloco cometeu em muitos anos. A precipitação de Miguel Portas, o discurso nada cientifico de Louçã (ligeiramente obscurantista) e a surrealista entrevista de Gualter Baptista ao meu colega Mário Crespo ficam para a história. Todo o episódio foi triste e também houve muitas figuras tristes.
José Sócrates – Não percebo como é que ainda não foi a minha casa para me entregar um computador. Já o vi por todo o lado, com bandeirinhas das operadoras telefónicas, mas lá na minha rua ainda não apareceu ninguém. Ficamos à espera do nosso primeiro-ministro, desde que não traga com ele o Mugabe. A insistência no sucesso da Cimeira UE-África pode ser um erro se o governo não se descartar do líder do que ainda resta do Zimbabwe. Quanto ao resto, Sócrates pode dormir descansado. Caminha a passos largos para uma nova maioria absoluta, perdendo votos para o PCP, Bloco e abstenção e aniquilando o PSD e o CDS.
Jerónimo Sousa – Depois de tantos festivais de Verão não percebo como é que alguém ainda tem muita paciência para ir à Festa do Avante. Mas não há Festival do Sudoeste ou ‘youtube’ que demova Jerónimo. O pós-Verão do PCP faz-se no mesmo sítio, no mesmo local e à mesma hora. Para sempre.
PSD – Até 28 de Setembro caminha alegremente para a destruição. A campanha é talvez a mais pesada de sempre e a que mais dúvidas levanta. Num Congresso, a vitória de Marques Mendes era praticamente certa. Em directas ninguém sabe. E, acima de tudo, ninguém sabe (mesmo) o que vai acontecer ao PSD depois das eleições internas.
Cavaco – Depois dos vetos surgiu mais conciliador em Estrasburgo e Bruxelas. Mudou? Não, está exactamente na mesma. Basta ler os fundamentos dos vetos ou ouvir o que disse na Europa.
Ratos – Perdi alguns episódios da saga, mas parece que ficaram em Espanha. Ainda bem. Por lá há mais para roer."
Ricardo Costa
5 Comments:
Concordo com Ricardo Costa,pois a nossa oposição,anda efectivamente de "rastos".Quanto aos computadores,os que os recebem,andam felizes da vida e que se saiba é a primeira vez,que um Governo,tomou esta iniciativa..O Ricardo,não brinque porque felizmente,está num estatuto,dos que não precisam,deste tipo de ajuda.. Agora e porque a festa do Avante,está aí,gostava que alguém do PCP, me dissesse,qual o País no mundo,onde se reveem,onde todas as liberdades são respeitadas,onde os trabalhadores,estão todos com emprego e com todas as regalias,enfim esse paraiso,pelo qual lutam através dos seus sindicatos,com greves atrás de greves,e que eu não conheço...Pois é,parece que não existe..
Afinal o Major Valentim era criticado por ofertar electrodomésticos, pagos com dinheiro seu,nas campanhas para a presidência da Câmara,mas o PM oferece computadores, pagos com o dinheiro dos nossos impostos e ninguém diz nada.
Eu votei no sr. Miguel nas Europeias e não vou cometer o mesmo erro. Quanto ao irmão, acho que devia pedir desculpa ao sr. José e à D. Zézinha e sair de cena. Aquela tomada de poder só não redondou em assassinatos porque estamos no séc. XXl e não no séc. XlX. Sugiro que aboandonem a política, formem uma empresa-na-hora, e vão para Espanha caçar os ratinhos antes que cheguem a Portugal. Ah.. e não vale pedir a ajuda da Nossa Senhora de Fátima como no caso Prestige, ouviu Paulo?
De tudo o que escreveu, realço "Os ratos" pois o que lhes aconteceu é mais relevante para os abstencionistas do que o resto dos seus colegas políticos bem mais espertos do que estes que vêm de Espanha pois há muito que se instalaram na nossa própria casa! De tal forma que tomaram de assalto a dispensa e a cozinha, banqueteando-se alarvamente enquanto nós comemos as migalhas e algum resto de carne que de vez em quando vem agarrado aos ossos!Estes "ratos" necessitam de ser exportados para Bruxelas onde encontrarão a companhia de um outro, não o "rato-mor" e o "rato-braço direito" pois esses lideraram a invasão da casa e ainda cá se encontram bem instalados e a gozar de reformas e benesses bem pagas com o dinheiro dos portugueses mais pobres!
Visão de mau perdedor, quendo fala do sócrates. Visão catastrofista, quando fala do PSD. Visão certa quando fala dos pequenos partidos políticos. O tipo de comentários que reflectem a sua qualidade de jornalista.Só serve para os assuntos pequeninos, onde há poucas hipóteses de errar.
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