domingo, outubro 14, 2007

9 MENTIRAS = 1 NOBEL CONVENIENTE

"Embora tenha vencido o Óscar da categoria, "Uma Verdade Inconveniente" não é um documentário, no sentido em que retrata um tema com a objectividade possível. É um filme de ficção, no sentido em que inventa e manipula livremente o real, e um produto de propaganda, dado que as suas invenções pretendem obter dividendos políticos. Sob todos os pontos de vista, não é mais "científico" que "Godzilla" nem mais factual que as alucinações do sr. Michael Moore.

Mesmo assim, Al Gore fez de "Uma verdade Inconveniente" o principal instrumento de uma campanha contra os imaginários perigos das alterações climáticas e em favor da reabilitação da sua frustrada carreira. Naturalmente, a campanha foi um sucesso de estima. Não interrompeu as mudanças do clima, que são, até melhor prova, recorrentes e alheias ao Homem. Mas o catastrofismo "ecológico" em voga elevou, na percepção popular, as patranhas de Gore ao estatuto de axiomas. Em simultâneo, os especialistas em climatologia que alertaram para a fraude receberam da generalidade dos media internacionais o maior desprezo. Alguns receberam convites ao silêncio e ameaças.

Esta semana, o Supremo Tribunal britânico impediu que a fita de Gore seja exibida nas escolas a menos que acompanhada de alertas para as suas mentiras, distorções e omissões deliberadas. O tribunal descobriu nove graves falhas, sem as quais a tese de apocalipse iminente soaria pífia e com as quais Gore se qualifica, agora judicialmente, enquanto charlatão. 48 horas passadas sobre a decisão do juiz, o charlatão foi abençoado com o Nobel da Paz, a meias com o IPCC (o sector da ONU encarregue de espalhar disparates semelhantes).

Das duas, uma: ou o peso económico das "energias renováveis" invadiu a Academia Sueca ou a Academia Sueca acha que um mundo mais pacífico implica apatia face a especulações e intrujices. A confirmar-se a segunda hipótese, dispensava-se Al Gore: para fabricar apáticos já tínhamos a lobotomia de Egas Moniz, que pelos vistos ganhou o Nobel errado
. "

Alberto Gonçalves

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