Os ‘spreads’ dos empréstimos voltam a subir
"Depois dos anos dourados do crédito à habitação para os bancos, o mercado começou a ficar mais duro.
Primeiro, foi o aumento significativo da concorrência, com os bancos a lutarem entre si por cada cliente, baixando progressivamente mais as margens de lucro (o ‘spread’). Depois, o ritmo de crescimento deste tipo de crédito começou a cair, algo que se explica, em parte, pela conjuntura económica difícil vivida em Portugal – para muitas famílias de classe média, feita de sobreendividamento, juros a subir e instabilidade no trabalho. Por fim, chegou a crise financeira internacional, que veio aumentar o custo de financiamento dos bancos. Apesar de tudo isto, até ao final de Agosto – já com um mês de crise do ‘subprime’ a rolar – os bancos esmagaram as suas margens até ao limite. A ideia é simples: aperta-se na margem de lucro do produto, mas ganha-se com tudo aquilo que ele traz consigo (os seguros, os cartões, as aplicações financeiras e uma vida de fidelidade como cliente). Agosto, contudo, terá marcado o final deste ajustamento: com os custos de financiamento a subir, os bancos já começaram a passar parte da factura para os clientes. O tempo dos ‘spreads’ a tender para zero, por agora, chegou ao fim. "
Bruno Faria Lopes
Primeiro, foi o aumento significativo da concorrência, com os bancos a lutarem entre si por cada cliente, baixando progressivamente mais as margens de lucro (o ‘spread’). Depois, o ritmo de crescimento deste tipo de crédito começou a cair, algo que se explica, em parte, pela conjuntura económica difícil vivida em Portugal – para muitas famílias de classe média, feita de sobreendividamento, juros a subir e instabilidade no trabalho. Por fim, chegou a crise financeira internacional, que veio aumentar o custo de financiamento dos bancos. Apesar de tudo isto, até ao final de Agosto – já com um mês de crise do ‘subprime’ a rolar – os bancos esmagaram as suas margens até ao limite. A ideia é simples: aperta-se na margem de lucro do produto, mas ganha-se com tudo aquilo que ele traz consigo (os seguros, os cartões, as aplicações financeiras e uma vida de fidelidade como cliente). Agosto, contudo, terá marcado o final deste ajustamento: com os custos de financiamento a subir, os bancos já começaram a passar parte da factura para os clientes. O tempo dos ‘spreads’ a tender para zero, por agora, chegou ao fim. "
Bruno Faria Lopes
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home