terça-feira, novembro 20, 2007

Os mercados financeiros são uma roleta e os conselheiros jogadores

A maior resseguradora do mundo, Swiss Re, entrou ontem na lista de vítimas do “acidente” de crédito hipotecário de alto risco, «subprime», com a perda de 733 milhões de euros nas suas contas.
Segundo o Financial Times “a notícia foi uma surpresa, por, no princípio do mês, a empresa não ter revelado problemas nas carteiras de investimentos e de concessão de seguros, quando revelou os resultados do primeiro semestre.” Após o encerramento da bolsa, em Zurique, as acções caíram 6,6% (CHF 91.10), a maior desvalorização diária registada no índice FTSE Eurofirst 300.
A empresa revelou que as perdas foram originadas pela exposição a dois instrumentos derivativos de crédito (credit default swaps/CDS’s) assumida nos Estados Unidos pela sua participada Credit Solutions.
Os CDS’s protegem comprador e vendedor de riscos de eventuais desvalorizações de activos nas respectivas carteiras de investimento.
A situação agravou-se com a reavaliação das notações de risco emitidas pelas agências de rating, em Outubro, e pela evaporação do mercado para este tipo de produtos.
A quebra do valor dos activos subjacentes (derivados) cumpriram o resto da missão “assassina” destes inovadores produtos financeiros.
A resseguradora informou que optou por uma “política pró-activa de reavaliação de activos.” A atitude contrasta com a de outras instituições financeiras.
A maioria prefere repartir os prejuízos por vários trimestres para tornar menos visíveis os graus de exposição e respectivos prejuízos potenciais.
Dito de outra forma: a Swiss Re prefere dizer o pior logo no início.
A seguir as notícias só podem melhorar.
Outros preferem esconder, tanto quanto possível, a verdade dos números. À medida que as más notícias vão surgindo a imagem vai-se desgastando, a instituição perde credibilidade e o mercado, mais tarde ou mais cedo, pune severamente “os gatos escondidos com rabos de fora”.
Este é um dos axiomas da gestão de crises de comunicação que, infelizmente, continua a ser ignorado pela maioria dos decisores, dos políticos aos executivos de topo.
Em Portugal, tanto quanto no resto do mundo.
Lembram-se da recolha voluntária de todas as garrafas de água mineral Perrier, nos Estados Unidos, nos anos 90?
Recordam-se da idêntica atitude tomada pela Johnson & Johnson com o medicamento Tylenol, em 2005?
Vale a pena ler este artigo e aprender com as duas lições. A primeira: ”Como não fazer, nunca!”. A segunda: “Como fazer bem, à primeira! (pvc)
http://www.lawrei.eu/MRA_Alliance/
Este site é uma maravilha e este meu amigo desenterra coisas...


O problema é a contaminação da economia pelos novos gurus que estão a ficar sem emprego, saíram das faculdades com grandes notas e à semelhança dos patronos enganaram-se, mas o deles já está com eles.
De facto não é uma ciência é uma coisa assim nebulosa, principalmente quando defendem o Consenso de Washington.
A bolsa informa.

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

1.Portugal foi um dos maiores beneficiários do FUNDO DE COESÃO, ao longo de muitos anos. Por favor,comparem a evolução de Portugal com a dos restantes beneficiários do Fundo.Se" desejarem uma "fotografia" mais nítida comparem Sector a Sector. Para uma análise mais "fina" comparem a evolução das regiões portuguesas com as regiões dos Estados beneficiários do Fundo. 2.Chegados a esta situação , mais do que atribuir culpas ao passado ( Monarquia liberal,Primeira República,Estado Novo,Governos,Oposições,etc...) importa enfrentar DE FACTO os desafios do presente/futuro... 3.O nosso modelo económico "mal formado" está esgotado. Ou mudamos mesmo ou vamos ser ultrapassados por alguns dos novos Estados Membros. É a vida.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Quando eu era rapaz dizia-se que era cobardia bater nos mais fracos.É precisamente isso que o governo tem feito. Não aumenta as reformas: os reformados são o elo mais fraco. Prepara-se para retirar os benefícios fiscais concedidos aos deficientes, como se um agregado com um deficiente tivesse as mesmas despesas que uma família de gente saudável e um casal de velhos com os achaques próprios da idade tivesse as mesmas necessidades que um casal de jovens na flor da idade. Entretanto, o governo manda apertar o cinto porque os governantes usam suspensórios. E para justificar o tempo de prosperidade que vivemos falam-nos da Ota e do TVG. Será que os terrenos onde vai passar o TVG já estejam comprados previamente para depois serem expropriados a peso de ouro?

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Vejamos, por mais que procure não é fácil ver onde possa dizer que estejamos bem melhor que a média europeia. O desemprego continua a subir, apesar do Estado, - que não é pessoa de bem - continuar a meter funcionários, logo a despesa continuará a subir em vez de descer, a Saúde deveria chamar-se de Doença tal é o desprezo e desorganização que grassa neste país, a Educação é triste demais para ser comentada aqui, pois sabemos que já quase ninguém sabe que curso que tenha futuro escolher, hoje promete amanhã é o desastre.....Ainda esta semana um engenheiro me dizia, estudei para ser engenheiro ambiental pensando que o futuro prometia, estou a ganhar 650 euros, e para o ano nem sei se tenho emprego...Tudo está a mudar a passos largos, porém o que é triste é verificar que passamos de ser humanos para sermos resumidos a números, como se eles fossem tudo na vida.E depois temos os políticos, irresponsáveis, que nunca produziram nem uma batata mas querem obras faraónicas como Otas, CAV e Casas das Músicas num país que nem dinheiro há para mandar cantar um ceguinho. E quando acham que devem ir e reformar-se, recebem pensões vitalícias e chorudas....Aindas temos a Justiça, que muitas vezes de justa muito pouco tem, e continuamos a assistir a Apitos Dourados, repetições de Casas Pias e sei lá que mais...

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

e mesmo que baixem os impostos as coisas não vão ficar mais baratas na prateleira do supermercado, essa diferença metem as grandes superficies ao bolso, lembram-se da descida do IVA das fraldas de 19% para 5%, pois é, uma grande superficie que não interessa citar, baixou o preço das mesmas ditas fraldas 0.03€. Se os Impostos baixarem, sempre querover essa da fiscalização da já tão famosa A.S.A.E.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Muitas questões:"diminuiu" e "reduziu"?Ou ando muito distraido ou, tudo não passa de intenções.Reorganizar um monstro com 700 mil é não só muito dificil ,como tem de começar por responder às perguntas :o quê?para quê?com que meios?Conhecem alguma resposta?Depois as culpas não saõ dos funcionários,que este governo tem denegrido,mas das pseudo-chefias que todos os partidos têm colocado nas estruturas e que são na maioria apenas incompetentes.Esta Administraçaõ nunca será reorganizada como deve ser,na nossa mentalidade.Estas medidas para saidas antecipadas deveriam ter começado há mais tempo.Basta copiar as empresas privadas.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Reforma na Administração Pública? Só vimos aumento do IVA, do Imposto sobre produtos petrolíferos, aumento do IRS para 42%, aumento do IMI. Cortes na Despesa? Só no investimento público. Mistificações que serão pagas em 2009!

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

“O Ministério da Economia criou os «dez mandamentos da gestão financeira para jovens», porque «de pequenino é que se torce o pepino»: 1. Não gastarás mais dinheiro do que aquele que recebes; 2. Gastarás dinheiro tendo em vista o teu futuro assim como o teu presente; 3. Lembrar-te-ás que os juros compostos não são reversíveis; 4. Não coleccionarás cartões de crédito nem os utilizarás descuidadamente; 5. Honrarás sempre as tuas dívidas e os teus compromissos; 6. Desenvolverás um plano de gastos e utilizarás dinheiro em poupanças ou investimentos; 7. Procurarás altas taxas de juro e bons rendimentos; 8. Viverás com moderação e não adorarás o deus do materialismo; 9. Diversificarás os teus investimentos; 10. Procurarás educação financeira para que não sejas enganado por ninguém.” E esta, hem?!? Estes senhores devem pensar que todos os portugueses vivem como eles e os seus jovens?!? Qual poupar??? Poupar o quê??? Para se poupar é preciso ter!!! Onde está o dinheiro??? Saiam à rua, entrem no Portugal real, pelo menos é o Portugal da maioria dos portugueses, e depois falem, e mais importante ainda, tomem atitudes e façam alguma coisa pelo País que é para isso que vocês aí estão...!?! Ou, pelo menos, foi para isso que a maioria dos portugueses vos escolheu!!!

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Como funcionário na periferia, vai-se realmente vendo algumas mudanças, mas ponham os olhos nas chefias que estão a colocar à frente, façam a avaliação e vejam os resultados a que chegam!!!! Haverá situações bem sucedidas, mas há grandes insucessos. Tracem objectivos e coloquem os capazes. Há gastos desnecessário e nada é questionado.tantos interesses

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Sou funcionário público. Já passei por serviços pertencentes a 4 Ministérios e também já andei no sector privado. Não acredito em ninguém e só lamento a ignorância de muita gente, jornalistas e politicos incluídos, quando "bociferam" sobre a função pública. Acreditem ou não, em Portugal há muitas "funções públicas", constituindo uma realidade complexa, diversificada e de culturas várias. No fundo, somos todos portugueses, públicos/privados,cidadãos com defeitos e virtudes que quando devidamente enquadrados, apresentamos resultados. Actualmente, estou num Serviço Público que impõe aos seus "serviços", desde há alguns anos, objectivos anuais, devidamente quantificados e caracterizados que teremos de atingir, no decorrer da nossa actividade. Infelizmente ou não, para muitos portugueses, públicos e privados, tem-se conseguido ultrapassar as metas referidas e já vi economistas, fiscalistas e quejandos a lamentar a eficiência do serviço público onde trabalho, porque na Função Pública também se trabalha e muito se evoluiu desde há 30 e tal anos...só não vê quem não quer, ou então quem fale do que não sabe ou que tenha intenções duvidosas e interesses provocatórios e indecentes, no sentido de esconder miséria alheia. Sou funcionário público, mas recuso o papel de "ovelha negra" que me querem impor. "

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E tem razão.
Repare no que se está a fazer:
Aeroportos com segurança privada no controlo de passageiros e bagagens, depois de se ter vilipendiado as polícias, passa-se aos privados. Pode inferir-se que se não acontece nada como em Madrid é porque se não quer.
Nos hospitais despedem-se funcionários ou pasam-se para os disponíveis ou supranumerários e contrata-se pessoal a empresas de fornecimento de mão de obra,... de quem são as empresas? Há luvas?
A destruição do estado e das elites tem sido levada a cabo por este grupo de criminosos que tomaram de assalto o estado a que chamam com graça estado de direito democrático.
O choque tecnológico, não me fez pagar mais barato pela internet em banda larga e os proprios serviços estatais não funcionam em banda larga.
Os números sobre desempregados são manipulados e o INE é pressionado.
Um conjunto de desertores, de desempregados da política, de incapazes com diplomas falsos, de gestores de ocasião e por pressão depois do favor, de deputados sem qualidade, de indivíduos que estavam afastados e bem pelo regime anterior, porque eram conhecidos como os avós da I república, como a choldra, ladroagem em exílios dourados a ladrar à distância que tinham afinal na gaveta os planos do assalto ao país que sempre desprezaram como Cunhal, com 2 medalhas de altos serviços feitos à ex URSS e que queria transformar isto numa colónia soviética, Soares um incapaz que nunca trabalhou na vida funcionava como agente externo tal como o cavalo branco e tantos outros que até dá nauseas.
Este é o estado em que deixaram e continuam, com o PM e um PR aliados, prepotentes e incompetentes, voltaram a pôr os pés no chão quando acabar a palhaçada da presidência e de um tratado que servirá para rasgar por não ser nada.

terça-feira, novembro 20, 2007  

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