Cirurgiões com sida.
"O ministro da Saúde, Correia de Campos, enalteceu esta segunda-feira a posição da Ordem dos Médicos (OM), que defendeu a existência de um parecer que permita aos cirurgiões com HIV continuarem a exercer a sua actividade. Pedro Nunes, bastonário da OM, considerando que o risco de contágio é muito baixo, defendeu a criação de um parecer favorável aos cirurgiões seropositivos para que possam continuar a exercer a sua actividade.Efectivamente somente a nossa ignorância leva a pensar que o que o risco de contágio sendo muito baixo apresenta perigo. Que o diga o paciente do ortopedista francês que devia ter parado de imediato o acto cirúrgico logo que se picou, mas não o fez e continuou, infectando o paciente (mais aqui)." Enfim, coisas do politicamente correcto que atribui às minorias mais direitos que às maiorias, mesmo quando isso coloca em causa a saúde pública.
A iniciativa da OM surgiu na sequência de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, que considerou justificado e legítimo o despedimento de um cozinheiro contaminado com o vírus HIV que trabalhava no hotel Sana. Correia de Campos não quis comentar este caso directamente, mas adiantou que ainda há “muito estigma por ignorância (mais aqui)."
Quanto ao despedimento propriamente dito, o Conselho Superior da Magistratura esclareceu que, no caso do «despedimento de um cozinheiro infectado com HIV», este «não foi objecto de despedimento com justa causa, antes a entidade empregadora considerou a existência de caducidade do contrato de trabalho», pelo que insistir na mesma tecla (despedimento) só tira a pouca credibilidade de quem assim escreve.
Curiosamente ninguém consegue explicar à “Orquestra Vermelha” que os juízes fundamentam os seus Acórdãos na matéria provada e, neste caso, ficou provado que “no facto provado n° 22 pode ler-se que o vírus HIV pode ser transmitido nos casos de haver derrame de sangue, saliva, suor ou lágrimas sobre alimentos servidos em cru ou consumidos por quem tenha na boca uma ferida na mucosa de qualquer espécie”. Ou seja, tal situação não é pacífica na própria classe médica.
Etiquetas: No reino do politicamente correcto.
27 Comments:
O doente é avisado e dá o consentimento para que o médico infectado o opere?
Isso mesmo. O doente é avisado e dá o consentimento para que o médico infectado o opere?
Um medico que tem SIDA e que faz operacoes é um medico IRRESPONSAVEL, se ele tem sida tem que avisar o doente primeiro, se o doente quer ser ou nao operado
O risco existe e os casos de contagio tambem. Parece sensato que um cirurgiao infectado com o HIV possa exercer a profissao de medico mas sem fazer cirurgias. O risco de contagio existe e 3% de risco nao e negligenciavel. Nao ha discriminacao nenhuma. Todos sabemos que um cidadao com Tuberculose nao pode trabalhar em cozinhas. Um piloto de avioes so pode voar se for saudavel e ate aos 60.
O conselho nacional da Ordem irá emitir um parecer com recomendações que incluirão a possibilidade das operações serem feitas na presença de dois cirurgiões. NÃO SE ESTÂO A CRIAR FACILITISMOS, QUE NA PRÁTICA NÃO ACONTECEM, SÓ PARA DEFENDER UMA CLASSE PREVILEGIADA? QUEM PAGA A PRESENÇA DE OUTRO CIRURGIÃO? AS LISTAS DE ESPERA VÃO DUPLICAR... O RISCO MANTÉM-SE.
Médico com HIV pode operar, mesmo que eu não queira correr esse risco, não pode é fazer aborto, mesmo que eu queira...
Nestes casos não se trata de um simples abraço mas sim de sangue... e como todos sabemos os acidentes acontecem por mais precaução que se tome. Ou seja, se agora pagamos para ter um cirurgião, neste caso teremos que começar a pagar para estarem dois cirurgiões presentes pro caso de haver algum descuido..... Estamos mesmo nas mãos do Diabo
Estamos com dois pesos e duas medidas? Se não é seguro ser cozinheiro pode ser cirurgião?...Haja bom senso! Aqui, não se está a excluir o médico, mas,em cirurgia, a prevenção de contágio não é absolutamente segura, ninguém a pode afiançar!...Ou pode?...Espero que não chamem de “ignorantes” a todos que pensam como eu!!!
Quando se faz uma operação faz-se uma análise ao paciente para saber que doenças poderá ter... se o médico tem direito a saber, então um doente que vá ser operado também tem o direito de saber se o médico é portador do HIV. O cozinheiro foi proibido de cozinhar porque tinha sida, o médico pode continuar a exercer (penso eu que poderá haver mais riscos no caso de um médico).
Se o doente estiver lucido e se lhe for dado conhecimento e aceite, tudo bem.Se não for dado conhecimento ao doente e se operar sem a sua autorização, devia ser crime e o(s) prevaricadores serem severamente punidos.
A ordem tudo faz, e disso não temos dúvidas, para proteger a sua classe, e, até aí tudo bem!...Mas está a descorar o seu dever com a sociedade, que é, o de evitar ao máximo a propagação do HIV e não o faz, como revela na noticia. No mínimo deve afastar o profissional médico dos actos cirúrgicos, é o que se chama fazer profilaxia. Essa de usar dois pares de luvas, é atirar areia aos olhos dos cidadãos, leigos na matéria!...
Então um cozinheiro não pode é um cirurgiao já pode???Estes medicos podem tudo e tem uma ordem profissional que os protege sempre podem matar por neglicencia fazer o que lhe apetece que a ordem sempre os protege essa ordem deveria ser extinta pelo governo afronta o poder do Estado e protege tudo o que os medicos fazem mesmo errado.
Há aqui muita confusão. Uma coisa é o infectado não ser segregado, fazer a sua vida em sociedade, normal, pois o vírus não só se transmite por contactos “íntimos” e”biológicos”, como descreve a noticia. Outra coisa, é o infectado ter uma profissão de cirurgião, com risco, mesmo que, eventual, para o doente!!!
O cidadão tem direito a ser operado por um médico são!
O cidadão paga por inteiro, não tem desconto, tem direito a saber comer uma refeição feita por cozinheiro são, a ser operado por médico são, a ser assistido por enfermeiro são! Tem direito à sua integridade psíquica!
Que qualquer pessoa corra o risco, não haverá lei que tal determine, mas um cirurgião ao praticar sua profissão, PODE ter um acidente, onde haverá hipótese de o proprio sangue se misturar, qual será a posição do paciente, dos legisladores, até do próprio cirurgião? Rezar para que o PIOR não aconteça? A pergunta aqui fica.
A ordem dos médicos consegue sempre, com unhas e dentes, defender e proteger a sua classe... Pena que as outras profissões não tenham igual "cobertura"...! Só espero que os doentes deste senhor sejam devidamente informados (sim porque os riscos de contágio, ainda que reduzidos, existem)para lhes ser dada a oportunidade de decidir se querem ou não ser alvo de intervenção cirurgica nestas condições.
A pergunta a que a maioria se refere, pode muito bem ser feita aos cirurgiões portugueses... Façam-na! Se o paciente não puder responder ao termo de responsabilidade, quem o fará, será um familiar. Qual será a pessoa que vai assumir essa responsabilidade... Algum "ILUMINADO", possivelmente!
Repudio esta decisão e digo mais,o doente deveria ser obrigatóriamente informado do estado de saúde(sida) do médico que o vai operar. Porque teve processo disciplinar o outro médico que participou o caso? ESTAMOS A FALAR DE SANGUE, FERIDAS, CORTES E UM CORPO ABERTO E EXPOSTO! A OM aqui falhou por completo! Se precisar de ser operada vou exigir saber se o cirurgião em causa está ou não infectado!
Começa a ser preocupante a maneira como se defende a compatibilidade de certas doenças com determinadas profissões. Antigamente quem estava em contacto com refeitórios tinha uma cédula atestando a sua saúde,sem ela não o podia fazer.Hoje vale tudo,afinal onde está a razão?
A Ordem dos Médicos não proibe. Mas qual é a Companhia de Seguros que faz o seguro do risco de contaminação ?
Há aqui muita confusão!
Primeiro, uma pessoa dita seropositiva não é uma pessoa doente com SIDA. Uma pessoa dita seropositiva é uma pessoa que deu um certo resultado numas determinadas análises, análises estas que diferem de país para país.
Isto é, um seropositvo nos Estados Unidos pode não o ser na Europa ou em África e vice-versa.
A SIDA é uma doença extremamente polémica envolta em muita propaganda. E os testes de seropisitividade servem principalmente para dar dinheiro a quem os vende.
Por fim, mesmo com as teorias mais catastróficas, o perigo de contágio pela SIDA é praticamente nulo se não houver contacto intímo.
A SIDA não se transmite por um beijo, nem pelo suor! Os juízes que julgaram o caso do cozinheiro são incapazes e deixaram-se levar pelos advogados.
Incompetentes e intelectialmente desonestos são aqueles que não percebendo nada de como funcionam os juízes virem escrever tamanhas alarvidades.
Os advogados não fazem prova. Só as testemunhas. E os juízes são obrigados a decidir mediante a prova feita caso contrário a sua decisão é passível de ser anulada pelo tribunal superior.
Os kits de exame de HIV usados tanto para verificar o sangue do doador, componentes de sangue e produtos celulares, e para diagnosticar, tratar e monitorar pessoas com HIV e AIDS são regulados nos Estados Unidos da América pelo en:FDA.
O exame ELISA(do acrónimo inglês de Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay) foi o primeiro exame amplamente empregado. Ele tem uma alta sensibilidade. A baixa especificidade deste teste ocorre porque os anticorpos se ligam aos antígenos nos kits de exame "por acaso", mesmo que a pessoa nunca tenha sido exposta ao HIV. Cerca de 80% dos exames ELISA positivos são seguidos por um exames Western blot negativo e, conseqüentemente, considerados como falso positivo.
O teste procede pelo método ELISA geral: o soro sanguíneo da pessoa é diluído 400 vezes e aplicado a uma placa com antígenos HIV. Alguns dos anticorpos do soro podem se ligar a estes antígenos. A placa é então lavada para que se removam todos os outros componentes do soro. Então um "anticorpo secundário" especialmente preparado — um anticorpo que se liga a anticorpos humanos — é aplicado à placa, seguido de lavagens. Este anticorpo secundário está antes relacionado quimicamente a uma enzima. Assim a placa irá conter enzima em quantidade proporcional a de anticorpos secundários. Um substrato para a enzima é aplicado, e a catálise da enzima leva a uma mudança de cor ou fluorescência. Como os resultados ELISA são dados em números, o aspecto mais controverso deste teste é decidir o ponto divisor entre positivo e negativo.
O exame Western blot usa o procedimento geral Western blot. Células infectadas por HIV são abertas e as proteínas nelas contidas são colocadas em uma placa de gel à qual uma voltagem é aplicada. Proteínas diferentes irão se mover com velocidades diferentes, dependendo de seu tamanho, enquanto sua carga elétrica é nivelada por uma substância chamada lauril sulfato de sódio. Uma vez as proteínas bem separadas, elas são transferidas para uma membrana e a rotina continua similar ao ELISA: o soro sanguíneo diluído é aplicado à membrana e os anticorpos do soro podem se ligar a algumas das proteínas do HIV. Os anticorpos que não se ligarem são removidos na lavagem, e os anticorpos secundários — anticorpos com capacidade de se ligar aos anticorpos humanos — detectam primeiramente para quais proteínas do HIV a pessoa possui anticorpos.
Não existe um critério universal para a interpretação do exame Western blot: o número de faixas virais que devem estar presentes varia de definição para definição. Se nenhuma faixa viral é detectada, o resultado é negativo. Se pelo menos uma faixa viral para cada um dos grupos de produtos gênicos GAG, POL e ENV estão presentes, o resultado é positivo. Tal critério, porém, não é sensível o suficiente para o uso clínico, já que a ausência de anticorpos para a p24 ou a p31 é relativamente comum até mesmo em pacientes que estão claramente infectados por HIV. Assim a aproximação entre os três produtos gênicos e a interpretação do Western Blot não foi adotada na saúde pública ou na prática clínica. O padrão da Association of State da Territorial Public Health Laboratory Directors (ASTPHLD) e do Centers for Diseases Control and Prevention ignora os resultados p31 e interpreta a presença de faixas gp41 e gp120/160 como um resultado positivo. Exames em que um número de bandas virais menor do que o requerido são tidos como indeterminado. Uma pessoa que teve um resultado indeterminado deve ser testada novamente, já que testes posteriores podem ser mais conclusivos. Quase todas as pessoas infectadas por HIV com resultados Western Blot indeterminados irão desenvolver um resultado positivo quando testadas de novo em um mês. Resultados indeterminados persistentes por um período maior do que seis meses sugerem que os resultados não são devido a uma infecção por HIV.
O exame Western blot é normalmente realizado depois de um teste ELISA positivo, porque muitas amostras que são negativas para o ELISA possuem anticorpos para uma ou mais proteínas do teste Western blot e forneceriam resultados imprecisos, especialmente quando interpretados de acordo com o critério que requer a completa ausência de todas das faixas virais e "não virais" para que um resultado Western blot seja dado como negativo em vez de intermediário
Os testes rápidos de anticorpos são imunoensaios qualitativos objetivados para o uso como um exame laboratorial remoto para o diagnóstico de infecção por HIV. Tais testes devem ser usados em conjunto com a condição clínica, história e fatores de risco da pessoa examinada. A especificidade dos testes rápidos de anticorpos para populações de baixo risco ainda não foi avaliada. Estes testes devem ser usados com algoritmos apropriados designados para a validação estatística de resultados dos testes rápidos de HIV.
Se nenhum anticorpo para o HIV for detectado, isso não necessariamente significa que a pessoa não foi infectada com o HIV. Pode levar vários meses desde a infecção pelo HIV para que a resposta imunológica atinja níveis detectáveis, tempo o qual o teste laboratorial remoto para os anticorpos de HIV não vai identificar a situação de infecção. Uma história de risco compreensiva e um julgamento clínico devem ser considerados antes de se concluir que um indivíduo não está infectado com o HIV.
O OraQuick é um teste de anticorpos que dá o resultado em 20 minutos. O sangue, o plasma ou fluido oral é misturado em uma ampola com uma solução reveladora, e os resultados são lidos de um pequeno aparado na forma de bastão que acompanha o conjunto do teste.
O Orasure é um teste de HIV o qual usa a mucosa secretada de tecidos da gengiva e da bochecha. É um teste de anticorpos que primeiro aplica o ELISA, e então o Western Blot.
Há também um teste de urina; ele emprega tanto o ELISA quanto o Western Blot.
O Home Acces Express HIV-1 é um teste aprovado pelo FDA americano: o paciente coleta uma gota de sangue e a envia pelo correio para o laboratório; os resultados são enviados via telefone.
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