Noite sem lei nem ordem.
"As guerras da noite do Porto fazem lembrar as histórias dos gangs de Chicago do tempo de Al Capone. As disputas de território, a extorsão, os assassinatos e a incapacidade revelada até agora pelas autoridades policiais para travar esta escalada de violência e apanhar os autores dos crimes são sinais preocupantes que abalam a confiança no Estado de Direito.
Até à notícia do atentado de ontem, em Lisboa não havia tantos sinais de alerta. A PSP tem-se revelado mais eficaz em acções preventivas, como a ‘Operação Polvo’, que há um mês levou à detenção dos principais cabecilhas de uma rede suspeita de extorsão e negócios de prostituição, droga e armas, que também tinha ligações com o caso Passerelle, em julgamento.
Ontem morreu vítima de um atentado à bomba um empresário da noite lisboeta, um crime que se destaca pelo trabalho de especialista de quem colocou o engenho explosivo no automóvel, que só atingiu o condutor. Curiosamente, a vítima mortal de ontem era testemunha de acusação no processo Passerelle. As autoridades estão a investigar a ligação entre o crime de Lisboa e o que se passa no Porto. A verdade é que é urgente resolver estes casos e dar aos cidadãos a certeza de que o Estado de Direito vigora em todo o território, a todas as horas, do dia e da noite."
Armando Esteves Pereira
Até à notícia do atentado de ontem, em Lisboa não havia tantos sinais de alerta. A PSP tem-se revelado mais eficaz em acções preventivas, como a ‘Operação Polvo’, que há um mês levou à detenção dos principais cabecilhas de uma rede suspeita de extorsão e negócios de prostituição, droga e armas, que também tinha ligações com o caso Passerelle, em julgamento.
Ontem morreu vítima de um atentado à bomba um empresário da noite lisboeta, um crime que se destaca pelo trabalho de especialista de quem colocou o engenho explosivo no automóvel, que só atingiu o condutor. Curiosamente, a vítima mortal de ontem era testemunha de acusação no processo Passerelle. As autoridades estão a investigar a ligação entre o crime de Lisboa e o que se passa no Porto. A verdade é que é urgente resolver estes casos e dar aos cidadãos a certeza de que o Estado de Direito vigora em todo o território, a todas as horas, do dia e da noite."
Armando Esteves Pereira
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