domingo, dezembro 02, 2007

Breve história de Suinus

Filho de pais albinos, cedo a sua tez rosada lhe criou dúvidas existenciais traumáticas. Primeiro pensou não ser filho daqueles cromos, depois ter sido abandonado algures, e por fim interiorizou ter tido origem numa proveta. O pai era higienista de WC na CP e a mãe, filha única do corcunda de Notre-Dame, pertencia a um grupo de louras mentais, que bolçavam mediocridades ao som duma pseudo música inaudível para ouvidos sãos.

Herdou os cromossomas mais efeminados do lado do avô e os mais hediondos do lado da mãe, incluindo uma penca que, de tão grande e adunca, o impedia de ter visão periférica como qualquer tipo normal (que evidentemente aqui está longe de ser o caso). Nunca gostou de jogar à bola nem de outras brincadeiras masculinas. Gostava era de brincar às casinhas, aonde invariavelmente assumia o papel de mulher, franca demonstração da sua hiper-dotação.

Fazendo jus ao seu nome (Suinus), cedo deixou crescer os cabelos, as unhas dos pés e das mãos. Acumulou sobre a epiderme uma fétida patine acastanhada, mortal mesmo para as mais resistentes pituitárias. Face aquela demonstração alarve, os pais internaram-no num seminário. Cedo ganhou a amizade dos seus colegas, que carinhosamente lhe chamavam Julinha. Granjeou fama entre o corpo docente pela delicadeza dos trinados agudíssimos que brindava o mundo sempre que sofria uma inocente apalpadela na nadegueira.

Nagueira essa que lhe valeu o cargo de chefia numa agência de viagens conhecida como a “Gaiola das Malucas”. Um dia, numa tentativa de elaborar um discurso mais intelectual frente aos seus subordinados, foi acometido de incontinência fecal, que de tão violente, terá dado origem à cor ocre dos prédios da vizinhança e ao seu desaparecimento durante vários anos, para gáudio dos subalternos.

Voltou com novo visual e no apogeu da estupidez. Tornou-se demagogo, escreveu argumentos para o “Bar da Tv.”, Big Brother”, “Acorrentados”, “Quintas das Celebridades” etc. Sempre adorou festas aonde invariavelmente fazia o papel de cavalinho, para grande alegria dos seus amigos “cavaleiros” e dos outros companheiros de sela (com “S”). Ultimamente não se tem sabido dele. Nem ninguém está preocupado. Os seus amigos juraram selar os seus restos “fecais” numa urna de vidro, que será colocada na cripta mais profunda disponível, devido ao seu odor nauseabundo.

2 Comments:

Blogger Elise said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

segunda-feira, novembro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Boa malha sim senhor.

segunda-feira, novembro 28, 2005  

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