sexta-feira, janeiro 18, 2008

Bonanza a velha série...

O acentuar da crise dos mercados financeiros vem confirmar o rigor dos prognósticos que o nosso consultor Pedro Varanda de Castro vem fazendo desde o verão passado no site da MRA Alliance.
A bolsa Euronext Lisboa fechou em queda firme na quarta-feira, evidenciando perdas mais pronunciadas face ao fecho das principais praças da Europa.
O comportamento do PSI-20 saldou-se por uma perda diária de 3,08%, para se fixar nos 11.526,78 pontos base.
Nos principais mercados europeus, a city londrina terminou sessão com perdas de 1,1%, uma amplitude replicada em Frankfurt (DAX), enquanto Paris chegava ao fim da jornada com queda em redor de 0,4%.
O euro aliviou face à divisa dos Estados Unidos ao cotar sobre 1,466 dólares sobre a hora de fecho do mercado accionista.
Tudo indica que as quedas vão continuar e ser agravarão quando começarem a ser publicadas as contas do ano passado.
Os bancos de Wall Street atravessam actualmente a pior fase depois do «crash» bolsista de 1929, seguida da Grande Depressão que, com altos e baixos, durou até ao início da II Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento a banca estadunidense é um dos elos mais fracos do sistema financeiro global. De uma lista de 16 bancos, indicativa dos resultados dos balanços (consolidados) referentes aos 12 meses de 2007, as perdas acumuladas com a crise «subprime» já ultrapassaram os USD 91 mil milhões/bilhões.

Síndrome Subprime

BANCOS

USD

1. Merrill Lynch

$22.1 mm/bi
2. Citigroup

$18 mm/bi
3. UBS

$13.5 mm/bi
4. Morgan Stanley

$9.4 mm/bi
5. HSBC

$3.4 mm/bi
6. Bear Stearns

$3.2 mm/bi
7. Deutsche Bank

$3.2 mm/bi
8. JP Morgan Chase

$3.2 mm/bi
9. Bank of America

$3 mm/bi
10. Barclays

$2.6 mm/bi
11. Royal Bank of Scotland

$2.6 mm/bi
12. IKB

$2.6 mm/bi
13. Freddie Mac

$2 mm/bi
14. Wachovia

$1.1 mm/bi
15. Credit Suisse

$1 mm/bi
16. Paribas

$197 milhões
TOTAL

$91.077 mm/bi

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco emissor americano), Ben Bernanke, admitiu ontem, perante a Comissão do Orçamento da Câmara dos Representantes, que a economia dos Estados Unidos piorou nas últimas semanas.
O chefe da Reserva Federal e pediu ao Congresso a aprovação de um pacote de medidas rápidas e de curto prazo para estimular a economia.
Bernanke disse que “à luz das mudanças recentes no panorama económico e dos riscos para o crescimento (dos EUA), pode ser necessário um afrouxamento adicional da política monetária”. Os mercados reagiram decepcionados ao discurso do presidente do Fed, temendo que não corresponda adequadamente ao esperado novo corte da taxa de juros, antes da próxima reunião da Comissão do Mercado Aberto da autoridade monetária americana, marcada para o final do mês.
Também o presidente George W. Bush anunciou que, muito em breve, o seu governo anunciará uma série de medidas de emergência para revitalizar a economia e tentar evitar a recessão, que alguns analistas dizem já estar em marcha.
Tecnicamente tal acontece quando a economia regista um crescimento negativo durante três trimestres consecutivos.
A última recessão americana ocorreu entre Janeiro e Novembro de 2001, na sequência da chamada “bolha tecnológica”.
O chefe da maioria democrata na Câmara de Representantes, Steny Hoyer, disse ontem que os legisladores do partido estão a preparar um pacote de USD 100 mil milhões/bilhões de apoio à economia, contemplando o reembolso de impostos para os contribuintes da classe média e o alargamento dos subsídios alimentares para os desempregados.

MRA, Dep. Data Mining

Tenho um imenso respeito pelo meu amigo Pedro Varanda de Castro, sabe o que diz e nunca se vendeu.
Para quê tanta oração de sapiência?
Afinal estava tudo previsto. Tudo está bem.
Os do costume ficam como os do costume.
Os outros ficam como sempre ficam os outros, morrem de fome, sobrevivem alguns, ou vão vivendo e entretanto matam-se uns aos outros como diz o velho testamento.
É uma questão de livros mais ou menos velhos como a humanidade.
Lembram-se da série o Bonanza? Era a brincar.
O Ben agora é outro.
O FMI, o Consenso de Washington a economia de mercado e o deixem o mercado funcionar?
Aguardo para saber se o a CGD e o BCP se meteram no pântano...
Coisas de toupeira cega...

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Falam os senhores deputados e do Banco Portugal de produtividade. Então como podem estes senhores justificar os vencimentos fabulosos que recebem. Deve de haver penalizações ou mesmo indemnizações visto serem dinheiros públicos. No mínimo, uma redução nas pensões que iram receber por o fraco desempenho. Não existe mesmo seriedade em Portugal!

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Se Constâncio sabia, porque não accionou os meios judiciários? Neste momento, estes ex administradores, estão de barriga cheia a rirem-se do desgraçado, que ficou sem nada!... Levam reformas vitalícias no valor de milhares de euros, como diz no J. Público, reforma vitalícia de 35000€ mensais para P Teixeira Pinto... E os desgraçados dos clientes e accionistas, lesados e extorquiados por este "monstruoso grupo de abutres"! Irão continuar a passar fome e continuarão doentes para toda a sua vida... Aliás; alguns até já morreram de desgosto, por terem sido burlados desta forma enganosa e manipolada... E ainda para cúmulo da pouca vegonha, estes milhares de lesados, estão presos ao banco, porque este lhes tem todos os valores e bens congelados, devido a esses créditos de acções próprias, aquando essa famigerada "Campanha accionista 2000/2001", em que agora se tem provado que existiram ilegalidades...

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Tanto barulho para nada. Afinal era tudo legal, o Banco de Portugal sabia, sempre soube, o BCP não escondeu nada, e não se percebe porque razão se enxovalharam todos (notem bem: todos) os anteriores administradores do BCP.

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A primeira noticia que começa a por ordem neste assunto.Até aqui a demagogia alimentada por alguns,designadamente o sr Santana Lopes por vingança politica e o sr Camilo Lourenço por pura incompetência,t~eem usado a ignorância e a falta de informação para envenenar o ambiente e culpar o Governador do B.P,que por principio não pode divulgar a maioria da informação. Vamos a ver se a formação da maioria dos deputados é suficiente para acabar com esta chicana politica que só nos deixa mal Este artigo já esclarece muito,mas vai ser lido enviesado... Esperamos que a lucidez apareça ....

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Moral da história: ninguém é responsável, muito menos responsabilizado! É o nosso Portugal real de carácter africano, país pequenino, onde reina a impunidade, a corrupção, a falta de justiça e uma tribo politica com líderes ao nível de “Mwai Kibaki” (Quénia).

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Constâncio nunca desempenhou o papel que lhe competia como governador do BdP, de regulador e fiscalizador. Antes de despoletar este caso do BCP já havia esta percepção. Quantos clientes do BCP como eu foram prejudicados (roubados), que reclamaram junto do BdP e tiveram respostas do tipo…”não me chateiem”! Há quanto tempo as organizações de defesa do consumidor alertavam para os abusos da banca.!? Constâncio, que aufere um salário chorudo, foi sempre conivente com aqueles que detêm o poder do dinheiro; não me parece uma pessoa idónea para a responsabilidade que desempenha.

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

É MESMO ASSIM! As instituições de Fiscalização e de Regulação deste país (com letra pequena? sim está bem!)apenas servem para ocupar os grandes (aqui também ponho letra pequena...) gestores da nossa praça, dar-lhes chorudos vencimentos e melhores reformas, para os compensar pelos grandes serviços prestados (aqui estou mesmo a gozar!) ao país enquanto ocuparam cargos politicos... por isso já nada nos deve admirar ou causar qualquer estupefacção. Os cidadãos normais têm de aprender que só uns são impunes a qualquer atropelo aos outros e que a justiça apenas funciona para alguns... Les uns et les autres... Sinceramente, 34 anos depois, já nada mesmo, mesmo nada, justifica estes abusos dos nossos (des)governantes. Será isto a democracia??? Vamos a ver quem mais incompetente é e quem mais rouba! E o último a sair que feche a porta...

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

"O Banco de Portugal e a KPMG, o auditor do BCP, conheciam operações de financiamento da compra de acções do banco por ‘off-shores’ detidas por accionistas desde 2001. E acompanharam a par e passo a situação que foi, de resto, resolvida segundo instruções dadas pelo próprio supervisor.

Segundo correspondência entre o Banco de Portugal e o BCP, a que o Diário Económico teve acesso, em 2001, num relatório de acompanhamento das operações de crédito do BCP, assinado por António Marta, o responsável na altura pelo pelouro da supervisão do sistema financeiro do Banco de Portugal, apareciam já diversas operações de crédito a entidades veículo detidas por accionistas como Goes Ferreira e o Grupo Pereira Coutinho, cuja actividade principal era a compra de acções do banco.

As situações, no entanto, nada tinham de ilegal. Na altura, os financiamentos a ‘off-shores’ para compra de acções próprias não estavam regulamentados, ou seja, eram operações normais, segundo fontes conhecedoras do processo. As regras apenas mudaram em 2005, com a adopção das IFRS, as novas normas contabilísticas, que passaram a obrigar os bancos a consolidar essas operações quando o risco continuava no próprio banco – ou seja, quando as garantias do risco de crédito eram as próprias acções. Antes disso, as normas contabilísticas que os bancos eram obrigados a cumprir eram definidas pelo Banco de Portugal que, em caso de dúvidas, emitia esclarecimentos para situações específicas e que poderiam variar de banco para banco.

No caso do BCP, em relação às ‘off-shores’ detidas por accionistas, as regras apenas foram fixadas no início de 2004.

Nessa altura, em antecipação da entrada em vigor das novas regras, o Banco de Portugal escreveu nova carta dirigida a Jardim Gonçalves em que estabelecia que o BCP teria, gradualmente num período de dois anos, até ao final de 2005, que desfazer as posições. Na altura, o supervisor apenas recomendou que se os créditos concedidos nessas condições superassem 10% do capital total do banco, teriam que ser consolidadas a 50% do seu valor.

O banco ficou, a partir daí, encarregue de submeter relatórios sobre a posição dos créditos concedidos a ‘off-shores’ detidas por membros do conselho superior, ou seja, grandes accionistas. A KPMG passou a entregar um ponto de situação semestral sobre estes créditos, com o valor das provisões que o banco teria de fazer para cobrir a diferença entre o valor da carteira e o valor do crédito concedido.

Embora a KPMG não comente oficialmente o assunto, uma vez que está vinculada a sigilo com o seu cliente, fonte próxima da auditora afasta a ideia de, nessas ‘off-shores’, terem sido cometidas quaisquer ilegalidades do ponto de vista contabilístico. “Podem ter havido más decisões de gestão, mas essas ultrapassam o âmbito da nossa análise”, explica a mesma fonte.

A partir daí, as posições começaram a ser desfeitas. Alguns accionistas, deixando de poder usar as acções do BCP como garantia dos empréstimos, venderam as acções ou deram-nas como garantia noutros bancos, pagando parte da dívida e cessando a actividade das ‘off-shores’. Outros terão substituído garantias. Muitos viram as dívidas perdoadas. No relatório e contas relativo a 2005, na nota 48 relativa às demonstrações financeiras, o banco reconhece uma perda de 54 milhões de euros relativa a sociedades ‘offshore’ que incluiam acções do banco nos seus activos.

No seu comunicado de 28 de Dezembro, o Banco de Portugal afirma que a recomendação de que os administradores do BCP desde 1999 não fossem nomeados para novo mandato têm por base “factos relacionados com 17 entidades off-shore cuja natureza e actividade foram sempre ocultadas pelo BCP ao Banco de Portugal, nomeadamente em anteriores inspecções”. O mesmo responsável da KPMG afirma desconhecer de que operações se trata.

Ou seja, as ‘off-shores’ – ou pelo menos algumas delas – poderiam até ser as mesmas, mas o eventual ilícito não estaria relacionado com a concessão do crédito mas com outras operações, que poderão incluir eventuais manipulações do preço dos títulos em bolsa, ou condições em que os créditos foram perdoados, mas que não teriam reflexos do ponto de vista contabilístico, não sendo por isso detectáveis pela auditoria. A KPMG admite que dessas situações possam eventualmente resultar punições para alguns responsáveis, mas não qualquer prejuízo adicional para os accionistas, já que as contas do banco reflectem toda a realidade"

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Esclareceu V.Exa mais numa pagina A4 de escrita que, mes(es) de paginas inteiras de "pretensos" jornais, revistas e significa ocupação percentual de antena nos diversos canais de televisão e radio (des)informativa. O Sr Vitor Constancia actuou quando e quanto devia tendo tratado a situação com a racionalidade e mestria que merecia. No minimo merecia qeu Sr. Paulinhos das Feiras e Outros se retratassem e admitissem que pretendiam era gerar factos politicos dado que, em vez de produzirem na materia para que o "regime" lhes paga e bem para contribuirem positivamente para o desenvolviemnto do país, andam a chamar à atenção para outros assuntos ... mas esta já é velha ... chama-mos imcompetente ao vizinha para desviar a atenção das nossa proprias incapacidades. Sr Politicos, aqui o povo agradece qeu V.Exas vão mas é produzir e deixem-se de politicas de sargeta ... que dessa já niguem vai nessa como diria o Antonio Variações

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

os pobres continuao a ser roubados pelos bancos depois vem os politicos { ricos } fazer de robin dos honestos mais cinema depois desta converça ganharam mais um salario minimo {4horas de grande trabalho }

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Como socialista mas sem fantasmas e contestatário do antigo regime, além de que ainda se vive em democracia, creio eu, tenho o direito moral de dizer que Sócrates é um autoritário - não por querer encaminhar bem o país mas porque não tem talento político para além de desertificar o seu sector e fazer dos ministros apenas "ajudantes", como dizia Salazar.Ele não quer a autoridade, nem a usa, para ajudar o país a progredir. Usa a que os empórios lhe consentem para defender os interesses desses mesmos empórios.
Cairá, portanto. Com ou sem a censura que certos órgãos já vão praticando, até já indiscretamente e com sobranceria, com todo o descaramento.
E Portugal vencerá o atraso, sem serem precisos autoritarismos de trazer por casa.
Viva Portugal!

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Quem não respeita o povo cairá mais tarde ou mais cedo. Infame primeiro ministro que nos governa ou desgoverna. Odiosa criatura que fomenta clientelas tolas com um só olho na testa. Espero que caia humilhantemente antes que a tristeza vença neste país que ele tanto despreza. Viva a gente de Braga!!!

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O Sr.José Sócrates, só tem o que merece, dado o desprezo que tem demonstrado pelos PORTUGUESES, só lhe batem palmas quem come à CONTA, e os seus parceiros de Partido, que pena tenho deste Partido Socialista

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Anonymous Anónimo said...

E foi bem vaiado, pois socrates é o pior 1º ministro dos últimos 40 anos , sendo em alguams coisas pior que marcelo caetano.
Socrates que só tem destruído tudo em que mexe,é na saúde,na justiça,no mundo do trabalho,na restrição á liberdade e democracia, como a nova lei das autarquias, muitas vezes acompanhado e aplaudido pelo seu ex psd, consegue igualar o nível de autoritarismo de salazar que também começou por reduzir o defice e depois reduziu a liberdade a pó.

sexta-feira, janeiro 18, 2008  

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