sexta-feira, janeiro 25, 2008

Feira Popular, entre o carrossel e a fartura

"Dizem os principais especialistas imobiliários que o terreno deixado vago há uns anos pela pitoresca Feira Popular é um autêntico ‘filet mignon’ para o promotor imobiliário e para o construtor civil que daquele espaço privilegiado queira fazer um projecto de topo de gama, seja em habitação, escritórios ou galerias comerciais.

É uma zona central da capital, é um quarteirão vasto que permite construir de raiz como poucos espaços em Lisboa e, portanto, os apetites são muitos, alguns inconfessados e inconfessáveis. Basta ver a novela em que a permuta deste terreno com os do Parque Mayer se transformou, já lá vão mais de três anos. A Câmara, afogada até ao pescoço em dívidas, quer anular o negócio feito na altura, mas o processo promete afundar-se nos alçapões da justiça portuguesa por muitos anos. O que vai impedir ou, pelo menos, refrear os ânimos mais optimistas dos investidores imobiliários. Mesmo depois de desactivada a antiga feira, a montanha russa, o poço da morte e o carrossel continuam a assombrar os principais protagonistas nesta nova versão. E as couves que foram surgindo no terreno deverão proliferar até que o cheiro a perfume caro substitua os antigos odores a sardinha assada, frango no churrasco ou farturas
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Nuno Miguel Silva

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Enquanto o vingador advogado estiver atento nada passará...

sexta-feira, janeiro 25, 2008  

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