sexta-feira, janeiro 04, 2008

Um texto que não queria escrever...

Cavaco não faz oposição, nem precisa. Dizendo o que pensa, substitui-a com vantagem nos momentos cruciais. Porque, da oposição, Sócrates nada receia. Mas os seus sonhos de grandeza não são compatíveis com um confronto com o PR. E cada vez o serão menos. Porque o que Sócrates perde em prestígio, com as ‘loucuras’ de alguns dos seus ministros, ganha Cavaco automaticamente com as suas denúncias. E, a partir da mensagem do fim do ano, afrontar o PR passa a ser afrontar o País real. Sofredor e maioritário mas sem voz. E destinado a sofrer, impotente, os frutos apodrecidos da democracia.

Também o PR, que não é um “perigoso esquerdista”, não percebe os salários ultrajantes ao lado de bolsas de pobreza, o desemprego, o acentuar das desigualdades sociais, os atrasos na justiça nem para onde vai o País em matéria de cuidados de saúde. E, tal como nós, gostava de perceber.
"Post de Dr. Assur, sobre saúde, Correia de Campos, Cavaco e Sócrates
João Marques dos Santos

As análises sucedem-se e os assassinatos de carácter só são necessários para quem o tem.

Não percebe quem não quer, porque é fácil não querer perceber que o Partido de Espanha manda.

Um senhor “economista”, comentador da TVI, as comas são de propósito, quando perguntado sobre a baixa de impostos, como o IPSS, retorquiu que era impossível, porque iria aumentar o consumo e que era necessário encontrar energias alternativas.
Por um lado não falou da cartelização possível e se aumentar o consumo não aumenta a receita. Para o IVA igual.
Beneficia os espanhóis, como os beneficiaram, os que negociaram o Euro.
Estes são os factos, dignos de serem julgados crimes económicos contra o Estado Português e de Alta Traição.
O homenzinho, de nome Metello, se não estou em erro, é mesmo um asco, baba-se e goza na nossa cara e na dos entrevistadores, que decerto pouco podem fazer, afinal o patrão é espanhol!.

O senhor Cavaco, precisou do Senhor Pinto de Sousa para ganhar as eleições e contou com o jogo e as faltas de índole do Senhor Sampaio.

A falta de probidade de todos foi a causa da desgraça em que estamos.

O Senhor Pinto de Sousa, conhecido em alguns meios por engenheiro Sócrates, beneficiou com tudo e fez o pleno, matou a concorrência interna com a ajuda do geronte Soares e do poeta e afastou as alas, se as há, com a ajuda da lei enunciada mas não seguida pelo Senhor Cavaco, sobre a boa e a má moeda, usando pelo meio, os meios de todos nós, os cargos nas empresas e no Estado que não existe.

As reformas do Senhor Campos, não são dele, são de Pinto de Sousa e de um grupo de gente, ligada há muito, aos quadros intermédios do Ministério da Saúde, muitos deles militantes do PCP, ou então desorientados depois da queda do Muro, como se não conhecessem as crueldades e os mais de 80 milhões de mortos do regime soviético, (antes), agora sofrem de amnésia.
A chamada DGS, ou Direcção Geral de Saúde é, e sempre foi, a toca desta gente e a Escola Nacional de Saúde Pública, um sítio onde há relativamente pouco tempo era necessário ter um cartão vermelho/rosado para lá entrar, para fazer um cursinho e para completar curriculum, habitualmente volumosos e que espremidos são como as bagas de agraço, por mim gosto mais do curriculum escondido.
Infelizmente são conhecidos no meio, mas o medo de muitos, não deixa sair a verdade para fora desta alfurja.
Em 1999 saiu uma lei de reforma dos cuidados de saúde nunca aplicada, porque no seu capítulo II, falava em Associações de Centros de Saúde e ligações aos Hospitais da zona para ser simples e claro, estava no poder a Drª Maria de Belém.
Os do costume meteram na gaveta o decreto, porque de facto não dava para todos contentar.
Acabavam-se as Sub Regiões de Saúde (3 na Região de Lisboa e Vale do Tejo) , hoje serão 22 a que se designou chamar de Agrupamentos, nome muito mais querido na óptica ovelheira de rebanho e de interesses.

Reparem de 3 para 22 com cargos a distribuir pelos desempregados da política e a pagar pelos exauridos cofres do Estado.

Pensem:
Vejam quantas coisas destas vão surgir no país em todas as regiões.
Pelo meio ficam as reformas das chamadas unidades de proximidade que não melhoraram os casos de doentes sem médico, forma baptizadas ( termo não laico) de USFs, Unidades de Saúde Familiar de forma que num Centro de Saúde se fizeram obras, retiraram-se profissionais a utentes, sem perguntar nada a estes e criou-se uma coisa que o BE diz não poder ser, utentes e profissionais de 1ª e de 2ª classe. Corresponderá, se tanto, a um universo de cerca de 10% do total da população, se os cálculos me não falham e se não faltar dinheiro.

No plano das urgências, nunca foi criada antecipadamente uma rede de cuidados, de forma a colmatar a falta dos mesmos, que os encerramentos de SAPs e outros congéneres iriam provocar, misturando confusas atribuições a viaturas médicas com médicos e sem médicos e com problemas de grave resolução como se de telemedicina se tratasse ou pudessem ser tratados casos em e de emergência em directo via Internet ou por rádio.

Correia de Campos dá a cara estafada pelo Senhor Pinto de Sousa e decerto já não tem a força de outrora para partir uma cadeira, o caminho será óbvio, mas aqui o óbvio é pantanoso.

A reforma do estado que o Senhor Cavaco promulgou ao assinar as novas Leis Orgânicas recria um monstro, coisa que Sua Excelência gosta de apascentar, porque é preciso dar muitas na ferradura e muito poucas no cravo, não se sabe é se a besta não vai escoicear.

Para lembrar a quem não sabe, as leis orgânicas criaram neste sítio centenas, de Institutos Públicos (I.Ps), “pecebem”?

As oposições estão como estão, porque caíram nas armadilhas das moedas fortes e fracas e nas da partilha de algum poder aqui e ali, por nepotismo nas câmaras PCP e no Bloco, por agonia na repartição e na impostura.

Se Salazar estiver a ver isto só se poderá rir. Para quem não acredita na alma como os Espinosistas, relembro algumas frases deste Senhor:
Acerca de uma exposição de Cunha Leal:
«Lá recebi uma exposição do Cunha Leal dizendo que tudo quanto fazemos está errado, e o que verdadeiramente corresponde aos interesses nacionais é fazer o que os estrangeiros recomendam». E sublinha com amargura: «Quando penso na minha retirada, pergunto-me o que vai ser o futuro. Depois de mim, vai ser uma confusão!!!»…
Quando de uma remodelação desabafa: « nunca ficam contentes os que saem, e os que quereriam ser ministros e não foram». E conta pormenores: « Homens que há meses e meses me escreveram cartas quase exigindo a exoneração, ficaram furiosos porque agora tirei as cartas da gaveta e lhes satisfiz o pedido. Eu tomo tudo sempre a sério, e tomei a sério as suas cartas. .Mas estão zangaditos. Outros mandaram recados, meteram cunhas para ser ministros, ou para não deixar de o ser. Houve quem solicitasse a intercessão da governanta. Como se eu me determinasse por razões de tal natureza Parece que não me conhecem!» E conclui: « Esses também ficaram zangaditos»
“Quando sair quando voltar os bolsos das calças só encontrará pó”, uma das suas frases preferidas…
Dos cacos deste Estado nada aproveitará.
O clima de tiroteio para o ar e não só, no fim de ano não augura nada de bom…

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Na Bélgica
Quatro estações de comboios evacuadas.

sexta-feira, janeiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Sara pediu à mãe que a deixasse ir à festa dos tios na Passagem de Ano e era já de noite quando se juntou às brincadeiras dos primos, na Quinta do Lavrado, em Lisboa. O tio foi à janela na altura em que a sobrinha se entretinha a apanhar lenha, no antigo bairro da Curraleira – e ainda antes da meia-noite ensaiou os festejos com rajadas da sua pistola-metralhadora Star. A menina de nove anos acabou por morrer com uma bala cravada na cabeça e o tio, que se entregou à Polícia Judiciária (PJ), pouco depois já estava de regresso a casa.

sexta-feira, janeiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

As filhas de Albertina Fernandes Mendes, a mulher de 85 anos que anteontem morreu nas Urgências após quatro horas à espera de médico, acusam o pessoal daquele serviço do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, de “negligência médica” e vão avançar com um processo-crime que “sirva de exemplo”. Este caso motivou ontem várias reacções públicas, entre as quais a do bastonário em exercício da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, que responsabilizou o Governo e o primeiro-ministro pela morte da idosa, atribuindo-a “à errada política de Saúde do Governo” que leva à sobrecarga das Urgências."

sexta-feira, janeiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Caro amigo Toupeira

Desculpe a complementaridade ao seu post, que não é dirigida a si mas a quem eventualmente não saiba e tenha curiosidade em saber:
1. Em 5 de Agosto de 1968 Salazar bateu com a nuca no lajedo do Forte de Santo António, onde todos os verões se alojava pagando do seu bolso ao Instituto de Odivelasdo a renda correspondente à parte do forte que ocupava, por a cadeira em que pertendeu sentar-se se ter partido com o peso do seu corpo;
2. A remodelação governamental referida neste post foi elaborada após essa queda e ficou concluída de modo a ser apresentada e sancionada pelo Presidente da República na reunião de trabalho de ambos que ocorreu no feriado de 15 de Agosto e anunciada ao País pelos jornais no sábado seguinte, 17 de Agosto;
3. O comentário sobre os "zangaditos" terá sido feito por Salazar a Franco Nogueira, no Forte de Santo António, na tarde do domingo dia 18 de Agosto;
4. Em 3 de Setembro Salazar presidiu a um Conselho de Ministros;
5. No dia 4 de Setembro Salazar trabalhou de manhã com o Subsecretário da Presidência e de tarde com os Ministros do Interior e das Finanças. E ao fim da tarde queixou-se de intensas e porlongadas dores de cabêça, não autorizando contudo a governanta a chamar o médico. Apesar disso ela telefonou ao Prof. Eduardo Coelho que compareceu. Segue-se internamento hospitalar, operação para extração de coágulo, com êxito, em 7 e a 16 desse mês de Setembro sofre o acidente vascular que o incapacita defenitivamente acabando por falecer da vida em 27 de Julho de 1970. Faleceu da vida, digo bem, parece-me.

sábado, janeiro 05, 2008  

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